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Lupa em busca de dados para concluir qual a prevalência do autismo no Brasil

Qual a prevalência do autismo no Brasil?

A prevalência do autismo no Brasil é um assunto que vem sendo discutido há muito tempo, principalmente porque os dados mais recentes estimam que no Brasil, 2 milhões de pessoas têm autismo. 

É muito importante lembrar que o número de pessoas autistas aumentou por conta do avanço da ciência, que busca estudar e entender esse transtorno. 

Além disso, por conta do avanço da ciência, as informações a respeito do Transtorno do Espectro Autista (TEA) se tornaram mais acessíveis. Mas de onde vem esses dados? E como saber se são verdadeiros ou não? Vamos falar sobre isso nesse texto!

Quantas pessoas autistas têm nos Estados Unidos?

Nos Estados Unidos, o órgão responsável por identificar e pesquisar o número de pessoas com autismo é o CDC (Center of Deseases Control and Prevention – Centro de Controle e Prevenção de Doenças, em tradução livre).

De acordo com o mais recente relatório do CDC, divulgado em 2021 (com dados observados em 2018) 1 em cada 44 crianças é autista. Os resultados foram comparados em 11 estados norte-americanos e os dados são baseados exclusivamente em declarações de diagnóstico de TEA documentadas, com crianças de 3 a 8 anos, que são assegurados por profissionais clínicos.

A prevalência de autismo nos EUA demonstrou diferença nos resultados entre os grupos raciais e étnicos, pois as crianças americanas/nativas do Alasca, representaram um resultado muito maior de crianças com TEA, do que as brancas-não hispânicas. E em vários locais, as crianças hispânicas apresentaram menor prevalência de TEA do que crianças brancas e crianças negras não hispânicas. 

Por que isso acontece? O CDC reforça a necessidade de aprofundar os estudos dos resultados, a fim de entender o porquê há tanta diferença no diagnóstico de autismo quando comparado a regiões geográficas (estados, cidades, bairros, etc) e diferenças raciais. 

Além de serem significativos, os resultados divulgados contribuem de forma científica, fazendo com que mais estudos sejam realizados sobre o TEA. Assim, é possível descobrir mais sobre o transtorno e investigar suas causas, que hoje são apontadas como genéticas e ligadas a fatores ambientais.

Quantas pessoas autistas têm no Brasil?

De acordo com a OMS, estima-se que dentre 200 milhões de habitantes, cerca de 2 milhões de autistas, mas essas informações estão desatualizadas.

Vale lembrar que, a princípio, a OMS classificou o transtorno como doença em 1993. Hoje, sabemos que o autismo não é uma doença, por isso não tem cura. Mas foi somente em 2013 que o TEA passou a constar na nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, a CID (ICD na sigla em inglês para International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems).

O documento se alinha à alteração feita em 2013 na nova versão do DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais), da Associação Americana de Psiquiatria. Nele, todos os diagnósticos de autismo estão dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA)

profissional clínica assoprando bolhas de sabão com menino feliz ao lado

Dados do IBGE

Como falamos acima, estima-se que há cerca de 2 milhões de autistas no Brasil.  A população total no país é de 200 milhões de habitantes, o que significa que 1% da população estaria no espectro.

Para comprovar esse número, e entender qual é a prevalência do autismo no Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), colocou – pela primeira vez – o autismo no radar das estatísticas, com o objetivo de mapear quantas pessoas vivem com o transtorno autista e quantas podem ter, mas ainda não receberam o diagnóstico.

Esse dado foi incluído após a sanção da Lei 13.861/19, que obriga o IBGE a inserir perguntas sobre o autismo no Censo de 2020. Esses dados deveriam ter sido mapeados em 2020, mas foram adiados para 2022 por conta da pandemia do COVID-19.

Dificuldade no diagnóstico

Mitos e preconceitos também se relacionam com a dificuldade de entregar um diagnóstico preciso. Um exemplo disso é a descoberta de alguns pesquisadores de que talvez seja mais difícil diagnosticar o autismo em meninas. Isso porque geralmente, meninas não se encaixam na maioria dos estereótipos do TEA, e tendem a ter os sintomas muito mais mascarados do que meninos. Esse é o caso do comportamento social, um dos maiores fatores para identificar o transtorno.

Alguns transtornos também podem ser confundidos com o TEA, principalmente por apresentarem dificuldades no desenvolvimento, principalmente o social e de comunicação. 

  • Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) – quando a pessoa tem dificuldade para prestar atenção, concluir tarefas, ou é muito agitada e impulsiva. Depende do diagnóstico fornecido pelo médico. 
  • Síndrome de Savant – quando a pessoa possui uma capacidade de memorização elevada e resolução de problemas matemáticos, mas apresenta um déficit de inteligência em alguns aspectos e dificuldades de interação social.
  • Síndrome X-Frágil – síndrome parecida com o autismo, pois os sintomas mais característicos são os distúrbios de comprometimento intelectual e comportamento, em diferentes graus, desde leve dificuldade no aprendizado ou até mesmo deficiência mental grave, mas a SXF e o autismo são diferentes por causa da genética. 

Por conta dessa falta de conscientização e informação, muitas famílias não conseguem perceber os  primeiros sinais de autismo, que podem surgir antes da criança completar um ano. 

Por isso, é muito comum que adultos recebam o diagnóstico tardio, que costuma acontecer – principalmente – após se identificarem com pessoas que conhecem que estão no espectro (filhos, amigos, colegas de trabalho), ou até mesmo com personagens de séries e filmes. Por isso a conscientização e a representatividade são muito importantes!

Combatendo a desinformação

Ao receber o diagnóstico de autismo, a família passa por um turbilhão de emoções que vão desde a aceitação até o início da jornada pela busca de profissionais que vão apoiá-la nesta jornada.

Buscar terapias para autismo com práticas baseadas em evidências científicas é muito importante! E entender que as intervenções utilizadas pelos profissionais que acompanham a criança e a família, podem variar muito, principalmente, que nenhuma criança é igual a outra. Então lembre: nada de comparar os resultados de uma criança com a outra.

Aqui na Genial Care possuímos uma equipe multidisciplinar, que se importa de verdade com o desenvolvimento da criança autista! Se você é da grande São Paulo, e quer conhecer os nossos serviços, preencha o formulário abaixo:
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