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gravidez: mulher segura a barriga a mostra

Problemas na gravidez podem aumentar “risco” de autismo? Entenda se existe relação entre a gestação e o TEA

O processo de gravidez é um tema bastante estudado para buscar respostas para as causas do autismo. Isso porque o que se sabe é que a criança já nasce com o transtorno, e os primeiros sinais podem aparecer ainda na primeira infância.

Embora até hoje ainda não seja claro o que pode fazer com que bebês nasçam com TEA, sabe-se que a genética, assim como os fatores ambientais, têm importante papel para a condição. Neste artigo, explicamos mais se existe relação entre a gravidez e o autismo

criança e terapeuta ocupacional brincando

O que é autismo? 

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado, principalmente, pela maneira diferente que as pessoas no espectro têm de ver e interagir com o mundo. 

Para que o diagnóstico seja traçado, segundo manuais como DSM e a CID, é preciso que o indivíduo tenha características que se enquadram na chamada díade do autismo: 

  1. Dificuldades na interação e comunicação social;
  2. Presença de padrões de comportamentos restritos e repetitivos – as chamadas estereotipias

Alguns dos principais sinais de autismo notados pelas famílias ainda na primeira infância são: 

As intervenções mais indicadas para pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) são práticas baseadas em evidências científicas, como a ABA (Análise do Comportamento Aplicada). 

Tem relação entre gravidez e autismo? 

Essa pergunta ainda não tem uma resposta concreta. Mas vários estudos realizados trazem como hipótese alguns fatores presentes na gravidez que podem contribuir para aumentar o risco de desenvolvimento do autismo em bebês. A seguir, abordamos alguns deles a título de informação. 

Idade dos pais 

Alguns estudos relacionam a idade dos pais como um possível fator risco para o TEA. De acordo com essas publicações, as taxas de diagnóstico tendem a aumentar quando a criança é filha de: 

  • Mulheres adolescentes e homens mais velhos;
  • Pais com mais de 50 anos.

Parto prematuro

Outros estudos ainda relacionam o diagnóstico de autismo com o parto prematuro. De acordo com várias publicações, bebês que nascem antes da gestação completar 37 semanas podem apresentar uma série de complicações no desenvolvimento. 

Uma pesquisa publicada em 2015 demonstrou que o nascimento prematuro pode alterar a conectividade em diferentes regiões do cérebro e causar atrasos leves no desenvolvimento da fala e interação social. Quando esses atrasos são mais profundos, é possível que a criança seja diagnosticada com autismo mais tarde. 

Diabetes materna

Um estudo publicado no periódico Jama em 2015 analisou crianças cujas mães tiveram diabete gestacional na 26ª semana de gravidez e concluiu um risco 42% maior de desenvolver algum tipo de transtorno do espectro autista.

Para conduzir o estudo, os pesquisadores examinaram registros eletrônicos de saúde de mais de 300 mil crianças nascidas nos centros médicos da Califórnia (Estados Unidos), entre janeiro de 1995 e dezembro de 2009 e as acompanharam durante cerca de 5,5 anos. 

Uso de álcool e drogas na gravidez

Já pesquisadores da Universidade de Ottawa (Canadá) apontaram uma possível relação entre o consumo materno de maconha durante a gravidez e o risco de autismo no bebê. 

De acordo com a pesquisa publicada na revista científica Nature Medicine, os cientistas explicam que a incidência do transtorno foi de 4 entre 1 mil pessoas por ano em comparação com 2,42 a cada 1 mil entre crianças não expostas à canábis. 

Todos esses fatores na gravidez causam mesmo autismo?

Uma importante consideração sobre todos esses estudos é o fato de que eles ainda são considerados inconsistentes para afirmar uma relação causal entre a gravidez e o autismo. 

Até o momento, as únicas causas confirmadas do TEA são a genética e a combinação com alguns fatores ambientais, como a idade dos pais, já citada anteriormente. 

Por isso, evitar todos esses aspectos durante a gravidez não é uma garantia de que o bebê não apresentará sinais e terá um diagnóstico de autismo. Para saber mais sobre o autismo, continue no nosso blog.

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