Pesquisar
torne-se
3
especialidades
5
data-curso-360
2
5
07-curso
Dias
Horas
Min
Dias
Horas
Min
crises de agressividade no autismo: criança segura o rosto com as mãos

Crises de agressividade no autismo: aprenda a lidar com elas

As crises de agressividade no autismo, também conhecidas como crises comportamentais ou comportamentos desafiadores, referem-se a episódios em que uma pessoa com autismo apresenta comportamentos agressivos, como agredir fisicamente outras pessoas, atacar objetos ou ferir a si mesma.

Essas crises podem ocorrer devido a diferentes fatores e podem variar em intensidade e duração.

É importante ressaltar que nem todas as pessoas com autismo experimentam crises de agressividade, e cada indivíduo é único em suas características e comportamentos.

No entanto, algumas pessoas com autismo podem ter dificuldade em expressar suas necessidades, emoções ou frustrações de maneira verbal, ou socialmente aceita, o que pode levar ao surgimento dessas crises.

Neste artigo, explicamos mais sobre essas crises, e também quais estratégias podem ajudar a família e profissionais a reduzi-las usando os princípios da Análise do Comportamento Aplicada (ABA).

Os prejuízos das crises de agressividade em pessoas autistas

duas crianças brigando na sala de casa

As crises de agressividade em pessoas autistas podem ter vários prejuízos, tanto para própria pessoa, como para as pessoas ao seu redor.
Alguns dos prejuízos comuns são:

  • Risco de lesões;
  • Isolamento social;
  • Dificuldades no ambiente escolar;
  • Estresse e desgaste para cuidadores;
  • Dificuldades no acesso a serviços e suporte;
  • Limitações nas oportunidades de participação.

Isolamento do núcleo familiar

É importante reconhecer que as crises de agressividade não são uma escolha consciente ou um traço inerente ao autismo. Elas são um sinal de que a pessoa está enfrentando desafios significativos em sua capacidade de se comunicar, regular emoções e lidar com o ambiente.

É essencial buscar apoio profissional para entender as causas subjacentes das crises de agressividade e desenvolver estratégias eficazes de manejo e suporte.

Um deles é justamente o isolamento de todo núcleo familiar. Esse tema já foi abordado em alguns estudos como o “Home Sweet Home? Families’ experiences with aggression in children with Autism Spectrum Disorders” (Lar, doce lar. As experiências das famílias com agressividade de crianças com TEA, em tradução livre).

De acordo com a publicação, os principais motivos para esse isolamento são a segurança da pessoa e de outras pessoas que podem estar por perto no momento da crise.

Além disso, muitas dessas famílias contam com apoio profissional limitado, e se sentem inseguras em lidar com os comportamentos agressivos.

Como identificar as crises de agressividade no autismo?

Um comportamento só pode ser modificado e substituído por um novo comportamento mais adequado e funcional quando o observamos e entendemos todos os detalhes sobre ele.

Por isso, quando uma crise de agressividade acontecer, o primeiro passo é analisar cada comportamento que a compõe. Além da observação, é interessante anotar e descrever esses comportamentos.

Veja aqui um exemplo de como fazer isso:

O que você consegue observar na imagem acima?

A criança está chorando. Mas é importante detalhar cada comportamento:

  • Ela chora;
  • Está deitada ao chão;
  • Segura um dos braços;
  • Tem a boca aberta, provavelmente porque está gritando.

Ao observar a imagem da primeira vez, de forma superficial, a primeira percepção é de que uma criança está chorando. Mas quando olhamos os detalhes e os anotamos, parece claro que essa criança pode ter caído e se machucado, certo?

Da mesma forma que fizemos com essa imagem, é possível fazer com as crises de agressividade. A criança chora? Grita? Se joga no chão? Atira objetos? Entender qual o padrão dos comportamentos que compõem a crise é o passo inicial para conseguir criar estratégias que vão ajudar a reduzi-las e, mais tarde, evitar que elas aconteçam.

Isso faz parte de uma estratégia conhecida como ABC, que são as siglas em inglês para Antecedent (Antecedente) -> Behavior (Comportamento) -> Consequence (Consequência). Agora que você já sabe identificar os comportamentos, vamos falar sobre as outras duas esferas.

O que provoca as crises de agressividade?

As crises de agressividade no autismo podem ser desencadeadas por uma série de fatores, tais como:

  • Sobrecarga sensorial: Sensibilidades sensoriais podem levar a uma sobrecarga de estímulos, como barulhos altos, luzes fortes ou texturas desconfortáveis, que podem desencadear uma resposta agressiva.
  • Dificuldades na comunicação: As pessoas com autismo podem ter dificuldades em se comunicar efetivamente e expressar suas necessidades e frustrações. Isso pode levar à frustração e ao comportamento agressivo como uma forma de tentar comunicar suas necessidades não atendidas.
  • Mudanças na rotina: Alterações na rotina diária ou em ambientes familiares podem causar estresse e ansiedade, resultando em crises comportamentais e agressividade.
  • Dificuldades na regulação emocional: Algumas pessoas com autismo podem ter dificuldades em regular suas emoções, o que pode levar a reações intensas e explosivas.
  • Falta de compreensão e apoio adequado: Se a pessoa com autismo não recebe o suporte necessário para lidar com suas necessidades e dificuldades, isso pode aumentar o risco de crises comportamentais.

É fundamental que os cuidadores e profissionais que trabalham com pessoas com autismo procurem compreender as causas antecedentes das crises de agressividade, para entender a melhor intervenção a se fazer no momento das crises.

O envolvimento de profissionais especializados em autismo pode ser de grande ajuda para desenvolver estratégias personalizadas de acordo com as singularidades da pessoa autista.

Conhecendo e identificando os antecedentes

Banner sobre a Rede Genial de terapeutas com mulher acompanhando uma criança em suas brincadeiras.

Como o próprio nome já diz, antecedente é tudo aquilo que acontece antes do comportamento. Para conseguir identificar qual ou quais são os antecedentes de uma crise de agressividade também é preciso prestar atenção ao que ocorre antes dela.

Muitas crises de agressividade podem ser ocasionadas porque a pessoa autista não quer fazer algo ou tem um desejo negado, por exemplo. Mas podem existir outros motivos, como estar em um local muito barulhento ou com muitos estímulos visuais.

Por isso, preste atenção ao que pode estar acontecendo e, assim como no comportamento, quando identificar um padrão, você terá um antecedente.

Como lidar com as crises de agressividade de pessoas no TEA?

criança gritando em frente a uma janela

Lidar com as crises de agressividade em pessoas com TEA pode ser desafiador, mas existem estratégias eficazes que podem ajudar a minimizar essas crises e apoiar a pessoa autista.

Mantenha a calma

É essencial manter a calma e evitar reações negativas ou agressivas em resposta ao comportamento da pessoa autista. Responder com calma e serenidade pode ajudar a diminuir a intensidade da crise.

Procure um ambiente seguro

Priorize a segurança da pessoa autista e de outras pessoas presentes no ambiente. Se necessário, remova objetos perigosos ou afaste-se de situações que possam ser prejudiciais.

Identifique os gatilhos

Procure identificar os gatilhos que desencadeiam as crises de agressividade. Isso pode envolver observar padrões de comportamento, mudanças na rotina ou situações sensoriais aversivas. Ao identificar os gatilhos, será possível adotar medidas preventivas para evitar ou minimizar as crises.

Comunique-se de forma clara e simples

Utilize uma linguagem clara e simples ao se comunicar com a pessoa autista durante e após a crise. Evite instruções complexas e dê tempo suficiente para que a pessoa se acalme e compreenda as informações.

Ofereça apoio e compreensão

Mostre empatia e compreensão em relação às dificuldades da pessoa autista. Reconheça que as crises de agressividade são uma expressão de frustração ou desafios de comunicação. Esteja presente e ofereça apoio, evitando julgamentos ou críticas.

É importante lembrar que cada pessoa com autismo é única, portanto, as estratégias de manejo podem variar de acordo com as necessidades individuais. O envolvimento de profissionais especializados é fundamental para desenvolver um plano de suporte personalizado e eficaz.

Como saber quais são as consequências?

Consequência é tudo aquilo que acontece depois do comportamento escolhido para ser analisado. Todo comportamento acontece por um motivo, tem uma razão, e quer te comunicar algo.

O que acontece, muitas vezes, é que as consequências servem como um reforçador para o comportamento. Por exemplo:

Vamos imaginar que após identificar o comportamento e o antecedente nesta imagem, a mãe ou pai da criança tenha entendido que o que provocou a crise foi o fato dela estar cansada de andar e querer ser pega no colo.

Se os pais cederem à vontade da criança e a pegarem no colo logo após a crise, ela pode entender que esses comportamentos funcionam para o objetivo de ser pega no colo. Assim:

Assim, podemos dizer que o fato dos pais cederem ao desejo da criança após o comportamento de choro é o que reforça para que o comportamento ocorra mais vezes no futuro.

Agora vamos imaginar como esse comportamento pode ser modificado após as intervenções. O objetivo vai ser que a criança consiga comunicar aos pais que está cansada de andar e precisa de ajuda, sem precisar emitir esses comportamentos para conseguir colo. Ou seja, ela terá uma forma melhor de comunicar aos pais seu desejo.

Terapeutas: preencham já nosso formulário e seja parceiro da Rede Genial

Se você é um profissional de Terapia ocupacional e busca uma oportunidade inovadora para fazer a diferença na vida de crianças com autismo e suas famílias, a Rede Genial de Terapeutas é o lugar perfeito para você.

Somos uma rede de cuidado de saúde atípica referência na América Latina. Especializada no cuidado e desenvolvimento de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e suas famílias.

Unimos modelos terapêuticos avançados, suporte educacional e tecnologia própria para maximizar a qualidade de vida e o bem-estar de todas as pessoas envolvidas no processo de intervenção. Existimos para garantir que toda criança atinja o seu máximo potencial.

Oferecemos um ambiente de trabalho colaborativo, infraestrutura moderna e recursos atualizados para o desenvolvimento profissional contínuo.

Além disso, você terá a chance de ser parceiro de uma equipe experiente de especialistas, incluindo psicólogos e terapeutas ocupacionais, proporcionando uma abordagem abrangente e integrada em todo o processo.

Se você deseja ser um terapeuta parceiro de uma equipe apaixonada por transformar vidas e contribuir para o avanço da fonoaudiologia no autismo, acesse nossa página agora mesmo.

Conclusão

As crises de agressividade no autismo podem ter um impacto significativo tanto na vida da pessoa autista quanto naqueles ao seu redor. Esses episódios podem resultar em lesões físicas, isolamento social, dificuldades na escola, estresse para os cuidadores e limitações nas oportunidades de participação.

É muito importante compreender que as crises de agressividade não são uma escolha consciente, mas sim um sinal de que a pessoa está enfrentando desafios em sua comunicação, regulação emocional e interação com o ambiente.

Além disso, a sociedade precisa ter cada vez mais consciência das dificuldades vivenciadas pelas pessoas autistas e trabalhar para fornecer um ambiente inclusivo, compreensivo e acolhedor.

Com o suporte apropriado, as pessoas autistas podem desenvolver estratégias de enfrentamento, habilidades sociais e emocionais, possibilitando uma vida mais plena e participativa!

Conheça nosso atendimento para autismo

Esse artigo foi útil para você?

Jornada da Terapia Ocupacional – Integração Sensorial 29/10 – ONLINE Debate sobre neurodivergência na Alesp: veja como foi 21/09: Luta Nacional das Pessoas com Deficiências (PCDs) Rock in Rio: sala sensorial para pessoas autistas e com deficiências ocultas Omint: novo plano de saúde parceiro da Genial Care O que é rigidez cognitiva? Apraxia da fala: como ela impacta pessoas autistas? Como usamos a CAA aqui na Genial Care? Dia do Psicólogo: entenda a importância do profissional no autismo Psicomotricidade: saiba o que é e qual sua relação com Autismo 3 séries sul-coreanas sobre autismo pra você conhecer! 5 atividades extracurriculares para integração social de crianças no TEA Existe reembolso para autismo pelo plano de saúde? Como ajudar crianças com TEA a treinar habilidades sociais? Câmara aprova projeto que visa contratação de pessoas autistas O que é Integração sensorial de Ayres? Olimpíadas 2024: conheça a história e atletas com TEA Dia Mundial de Conscientização da Síndrome do X Frágil Dia Nacional do Futebol: inclusão e emoções das pessoas com TEA Se o autismo não é uma doença, por que precisa de diagnóstico? Aprovado Projeto de Lei que obriga SUS aplicar a escala M-CHAT em crianças de 2 anos Dia mundial do Rock: conheça 5 bandas com integrantes autistas Como aproveitar momentos de lazer com sua criança autista? Senado: debate público sobre inclusão educacional de pessoas com TEA Emoções no autismo: saiba como as habilidades emocionais funcionam Dia do cinema nacional: conheça a Sessão Azul Por que precisamos do Dia do Orgulho Autista? Conheça o estudo retratos do autismo no Brasil 2023 | Genial Care Dia Mundial do Meio Ambiente: natureza e a interação de crianças TEA Pessoas com TEA tem direito ao Benefício de prestação continuada (BPC)? Cássio usa camiseta com número em alusão ao Autismo Marcos Mion visita abrigo que acolhe pessoas autistas no RS Existem alimentos que podem prejudicar a saúde de pessoas autistas? Escala M-CHAT fica de fora da Caderneta da Criança O que são níveis de suporte no autismo? Segunda temporada de Heartbreak High já disponível na Netflix Símbolos do autismo: Veja quais são e seus significados Dia Mundial de Conscientização do Autismo: saiba a importância da data Filha de Demi Moore e Bruce Willis revela diagnóstico de autismo Brinquedos para autismo: tudo que você precisa saber! Dia internacional das mulheres: frases e histórias que inspiram Meltdown e Shutdown no autismo: entenda o que significam Veja o desabafo emocionante de Felipe Araújo sobre seu filho autista Estádio do Palmeiras, Allianz Parque, inaugura sala sensorial Peça teatral AZUL: abordagem do TEA de forma lúdica 6 personagens autistas em animações infantis Canabidiol no tratamento de autismo Genial Care recebe R$ 35 milhões para investir em saúde atípica Autismo e plano de saúde: 5 direitos que as operadoras devem cobrir Planos de saúde querem mudar o rol na ANS para tratamento de autismo Hipersensibilidade: fogos de artifício e autismo. O que devo saber? Intervenção precoce e TEA: conheça a história de Julie Dutra Cezar Black tem fala capacitista em “A Fazenda” Dia do Fonoaudiólogo: a importância dos profissionais para o autismo Como é o dia de uma terapeuta ocupacional na rede Genial Care? O que é rigidez cognitiva? Lei sugere substituição de sinais sonoros em escolas do Rio de janeiro 5 informações que você precisa saber sobre o CipTea Messi é autista? Veja porque essa fake news repercute até hoje 5 formas Geniais de inclusão para pessoas autistas por pessoas autistas Emissão de carteira de pessoa autista em 26 postos do Poupamento 3 torcidas autistas que promovem inclusão nos estádios de futebol Conheça mais sobre a lei que cria “Centros de referência para autismo” Como a Genial Care realiza a orientação com os pais? 5 Sinais de AUTISMO em bebês Dia das Bruxas | 3 “sustos” que todo cuidador de uma criança com autismo já levou Jacob: adolescente autista, que potencializou a comunicação com a música! Síndrome de asperger e autismo leve são a mesma coisa? Tramontina cria produto inspirado em criança com autismo Como a fonoaudiologia ajuda crianças com seletividade alimentar? Genial Care Academy: conheça o núcleo de capacitação de terapeutas Como é ser um fonoaudiólogo em uma Healthtech Terapeuta Ocupacional no autismo: entenda a importância para o TEA Como é ser Genial: Mariana Tonetto CAA no autismo: veja os benefícios para o desenvolvimento no TEA Cordão de girassol: o que é, para que serve e quem tem direito Como conseguir laudo de autismo? Conheça a rede Genial para autismo e seja um terapeuta de excelência Educação inclusiva: debate sobre acompanhantes terapêuticos para TEA nas escolas Letícia Sabatella revela ter autismo: “foi libertador” O que é discalculia e qual sua relação com autismo? Rasgar papel tem ligação com o autismo? Quem é Temple Grandin? | Genial Care Irmãos gêmeos tem o mesmo diagnóstico de autismo? Parece autismo, mas não é: transtornos comumente confundidos com TEA Nova lei aprova ozonioterapia em intervenções complementares Dicas de como explicar de forma simples para crianças o que é autismo 5 livros e HQs para autismo para você colocar na lista! Como é para um terapeuta trabalhar em uma healthcare? Lei n°14.626 – Atendimento Prioritário para Pessoas Autistas e Outros Grupos Como fazer um relatório descritivo? 7 mitos e verdades sobre autismo | Genial Care Masking no autismo: veja porque pessoas neurodivergentes fazem 3 atividades de terapia ocupacional para usar com crianças autistas Por que o autismo é considerado um espectro? Sala multissensorial em aeroportos de SP e RJ 18/06: dia Mundial do orgulho autista – entenda a importância da data Sinais de autismo na adolescência: entenda quais são Diagnóstico tardio da cantora SIA | Genial Care