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A Análise do Comportamento Aplicada, ou ABA, é a ciência de aprendizagem indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para as pessoas com desenvolvimento atípico, como o TEA.
Assim, quando falamos em terapias para crianças com autismo, essa ciência é frequentemente mencionada. E mesmo sendo uma abordagem altamente eficaz, muitas pessoas se questionam se ABA é só para autismo e se suas intervenções só podem ser aplicadas em sessões com pessoas que estão no espectro.
Mas isso não é verdade! A ABA pode ser usada em diversas áreas, para entender e desenvolver comportamentos de muitas pessoas, sejam elas típicas ou atípicas.
Neste artigo, vamos explorar a terapia ABA em profundidade, destacando seus benefícios para crianças com autismo, bem como entender melhor quais são as aplicações e para quem é indicada. Acompanhe!
Mas afinal, o que é ABA?
A ABA — sigla da língua inglesa para Applied Behavior Analysis — é uma ciência da aprendizagem que estuda os comportamentos humanos que são socialmente relevantes.
Dessa forma, seu principal objetivo é entender, analisar e explicar as relações entre os comportamentos humanos com o ambiente e aprendizagem.
Esse tipo de abordagem ajuda os profissionais a entenderem 3 pontos básicos:
- Como funciona o comportamento de alguém?
- De que forma esse comportamento reflete pelo meio em que essa pessoa vive?
- Como acontece o aprendizado?
Assim, a ABA busca observar e desenvolver os impactos das situações reais de pessoas autistas, fazendo com que os comportamentos desejáveis e úteis para as atividades da vida diárias possam ser aplicados, potencializando, assim, o processo de aprendizagem.
Essa terapia comportamental baseada em evidências científicas visa melhorar habilidades sociais, linguísticas e comportamentais de pessoas com autismo. Dessa forma, o método ABA tem se mostrado altamente eficaz na promoção de mudanças significativas no comportamento e no desenvolvimento dessas crianças.
Na dúvida se ABA é só para autismo, muitas pessoas acreditam até mesmo que essas estratégias podem robotizar a criança ou criar um certo padrão específico, o que também não é verdade!
Por isso, cada terapeuta precisa considerar o repertório do indivíduo e criar um planejamento único para atender as necessidades daquela pessoa e também do núcleo familiar.
ABA é uma ciência, não método ou terapia!
Muitas pessoas conhecem a ABA como um método ou terapia. No entanto, a forma mais correta de definir essa área, composta de pressupostos filosóficos, conceitos e técnicas, é ciência da Análise do Comportamento ou, se preferir, ciência ABA.
Aqui estamos falando em ABA como um método para facilitar, mas é importante lembrar que ela não é um conjunto de intervenções fechado, mas uma ciência de investigação dinâmica, que evolui constantemente quando novas descobertas são feitas.
Onde a ABA surgiu?
Como a ABA é uma aplicação da Análise do Comportamento — abordagem da psicologia com objetivo de estudar todo o comportamento humano —, ela está diretamente ligada com duas outras frentes, que são:
- Behaviorismo Radical: filosofia que entende as noções do comportamento;
- Análise Experimental do Comportamento: campo de estudos responsável pelos testes e comprovações das situações em que o comportamento acontece.
Já quando pensamos na ABA ligada às condições do desenvolvimento, os primeiros estudos foram realizados nos anos 1960. Em 1968 foi criado o JABA (Journal of Applied Behavior Analysis), renomada revista científica, que existe até hoje, e promove a divulgação dos estudos e avanços na área da Análise Comportamental.
Porém, essa ciência ficou ligada ao autismo em 1987, quando o psicólogo clínico Ivar Lovaas publicou novo estudo sobre a conexão de seus princípios com pessoas com TEA.
Das 19 crianças que participaram, 47% tiveram sucesso na reintegração das escolas regulares por meio da ABA. Em contrapartida, ao olharmos outras intervenções, apenas 2% mostraram o mesmo resultado.
ABA é só para autismo?
Muitas pessoas pensam que ABA é só para autismo, já que essa ciência é indicada pela OMS para as pessoas com desenvolvimento atípico. Porém, a terapia ABA pode ser usada em diversas demandas que vão além das sessões de pessoas com TEA.
De forma geral, as aplicações de seus fundamentos podem ser indicadas para quaisquer situações relacionadas com:
- Psicologia educacional;
- Saúde mental para pessoas consideradas neurotípicas, sem nenhum transtorno ou condição;
- Psicologia hospitalar;
- Psicologia das organizações.
Então, mesmo sendo usada como método de ensino de novas habilidades e redução de comportamento desafiador nas intervenções de pessoas com autismo, todas as suas estratégias têm resultados comprovados quando pensamos no desenvolvimento de autonomia para todas as pessoas.
Suas estratégias podem ser usadas para pessoas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), atrasos no desenvolvimento e dificuldades de aprendizagem ou outros fatores da vida. Assim, não existe mais dúvida se ABA é só para autismo!
Quem pode aplicar a terapia ABA?
Seja para pessoas com TEA ou pessoas típicas, o tratamento por meio da ABA é geralmente feito multidisciplinarmente, com diversos profissionais especializados. Entre eles estão:
- Psicólogos;
- Fonoaudiólogos;
- Terapeuta ocupacional;
- Pedagogos;
- Fisioterapeuta;
- Educador físico.
É claro que a configuração dessa equipe irá mudar conforme as necessidades de aprendizagem e desenvolvimento de cada pessoa.
No Brasil, atualmente não existe uma certificação ABA oficial. Porém, os profissionais podem fazer vários cursos focados ou até mesmo uma pós-graduação na área. Além disso, algumas pessoas escolhem se certificar com o BCBA — certificação ABA internacional.
Como garantir que a terapia ABA é de qualidade?
O mais importante é escolher uma clínica e/ou profissionais ABA que consigam criar intervenções individualizadas e focadas na necessidade da criança e da família. Como a terapia ABA é algo bem estruturado. É preciso considerar alguns aspectos, como:
- Que tipo de estrutura clínica funciona melhor (mais controlado ou mais natural?);
- Quantas horas de terapia serão feitas;
- Quais ambientes serão usados;
- Quais estratégias serão usadas;
- Há barreira de aprendizagem ou não;
- Serão necessários outros tipos de atendimento (exemplo: orientação parental, acompanhamento escolar etc).
Para isso, a melhor maneira é manter a comunicação aberta e tirar todas as dúvidas sobre o assunto!
Pergunte sempre sobre o cronograma de terapia e de avaliações, entendendo cada etapa e também conhecendo e recebendo os progressos da pessoa com TEA durante cada sessão. Além disso, entenda se você, como pessoa cuidadora, receberá as orientações para serem aplicadas nos ambientes diários da criança.
Caso não seja possível visualizar uma evolução, não quer dizer que a pessoa autista não pode aprender. É preciso entender o que está acontecendo, mudar a perspectiva e ver o que precisa ser ajustado no planejamento terapêutico.
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Conclusão
O método ABA é uma abordagem altamente eficaz para as intervenções de crianças com autismo e também pode ser aplicado para outras pessoas e desafios comportamentais. Seu foco é entender e desenvolver comportamentos, sempre com base no repertório e necessidade de cada um.
Na Genial Care, essa terapia é oferecida como parte de sua abordagem com rigor clinico, visando transformar a vida de crianças e suas famílias, potencializando-as para um futuro com mais autonomia, independência e inclusão.
Se você está buscando apoio para o desenvolvimento da sua criança, independente do diagnóstico, saiba que a ciência ABA pode ser a chave para desbloquear o potencial dela e auxiliá-la em seu crescimento emocional, social e cognitivo.
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