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Criança posando para fotografia sorrindo. Mostra estar com falta de autonomia em suas brincadeiras.

A falta de autonomia sobre a comunicação atrapalha o desenvolvimento de crianças com TEA?

A falta de autonomia pode ser prejudicial para o bem-estar e o desenvolvimento da criança no espectro autista. É muito importante promover atividades que estimulem a comunicação, e isso não só por meio da fala, pois esses estímulos refletem – principalmente – nas atividades da vida diária.

É importante lembrar que quando falamos sobre a criança se comunicar, não estamos reduzindo essa ação ao “falar” propriamente dito, mas também a comunicação não verbal, onde a criança aponta o dedo, mostra com os olhos, faz caretas, etc; que são formas capazes de transmitir uma mensagem, e que precisam ser trabalhadas ainda nos anos iniciais do pequeno.

E quais são as consequências que a falta de autonomia trazem? É o que vamos abordar neste texto.

O que é autonomia sobre comunicação?

A comunicação é uma das áreas mais comprometidas em uma pessoa com TEA. Ainda na infância, é possível observar a dificuldade em se comunicar, como por exemplo, o atraso na fala, onde a criança demora mais tempo para falar do que se é esperado, baseado, por exemplo, nos marcos do desenvolvimento da fala.

Alguns autistas até conseguem falar palavras e frases curtas, porém isso não quer dizer que eles saibam especificamente o que a palavra significa e/ou consigam transmitir a informação de maneira funcional, ou seja, garantir que o outro entendeu o que de fato eles queiram dizer, dificultando o processo de comunicação com uma terceira pessoa. A criança, por exemplo, pode emitir a palavra “cenoura”, mas sem transmitir uma mensagem, ou fazer um pedido que esteja diretamente ligado à leguminosa.

A autonomia sobre a comunicação acontece quando a criança aprende a se comunicar de forma verbal ou não verbal. Na forma verbal, é estabelecida a autonomia da fala quando a criança consegue:

  • Estabelecer diálogos;
  • Transmitir ou de receber ideias;
  • Compartilhar conhecimentos;
  • Transmitir mensagens;
  • Fazer perguntas;
  • Compartilhar informações.

Já a autonomia na forma de comunicação não verbal acontece quando a criança passa a:

  • Compreender gestos e/ou olhares;
  • Entender que pode se expressar através do choro para indicar que está com dor, ou até mesmo triste;
  • Consegue compreender figuras e desenhos que representam algum sentimento ou ação.

Voltando ao exemplo da palavra “cenoura”, a criança pode aprender por etapas a criar frases a partir do que conhece. Por exemplo, é possível fazê-la compreender que “cenoura” se refere ao alimento mesmo, ou até uma refeição. Mais além: quem sabe também não é a hora de assistir um desenho, que esteja ligado a um personagem animalzinho que se alimenta do legume?

É preciso que a família entenda o porquê de tanta repetição da palavra e em qual situação ela está sendo dita, para que assim possa intervir e ajudar a criança a criar autonomia para se comunicar. E isso tudo é saber reconhecer as singularidades do outro, para que as intervenções sejam feitas de forma adequada, promovendo efeitos positivos.

Quais dificuldades a criança vai encontrar pela falta de autonomia?

A falta de autonomia da comunicação pode trazer consequências para o desenvolvimento e bem-estar da criança autista. Quando não há o suporte e estímulo na área de comunicação, a criança pode se sentir perdida e, principalmente, frustrada por não conseguir ser compreendida ao fazer um pedido, ou até mesmo expressar um sentimento.

A comunicação fortalece a relação de todo ser humano, é através dela que conseguimos nos relacionar com as pessoas de nossa casa, nosso trabalho e em lugares que habitamos de forma rotineira. Assim acontece para a criança, quando ela utiliza a autonomia da comunicação para se expressar com a pessoa cuidadora, com os amigos na escola, os professores e em momentos preciosos de brincadeira e troca.

Afastar a criança desse espaço de aprendizagem, e evitar que ela explore a fala e a linguagem, pode afetar diretamente no desenvolvimento psicossocial da criança. Além de tudo isso, a autonomia em atividades da vida diária pode não acontecer, e ela se tornará completamente dependente de um “agente tradutor” (nesse caso pode ser a própria pessoa cuidadora, ou um irmão), que interpreta cada palavra ou gesto confuso que possa vir a surgir.

Como estimular a autonomia na comunicação de uma criança autista?

Já entendemos o quanto é prejudicial à falta de autonomia na comunicação, mas como posso ajudar a minha criança a se desenvolver? Um importante passo é procurar um profissional da fonoaudiologia que vai acolher e entender os pontos principais que precisam ser trabalhados na comunicação da criança.

Afinal, a fonoaudiologia no autismo tem a função de ajudar, principalmente, na área da comunicação, como o desenvolvimento da fala, a audição, a linguagem escrita, além de auxiliar a reconhecer expressões faciais, que também são uma forma de comunicação!

Mas não só na comunicação, viu? Os fonoaudiólogos auxiliam em atividades da vida diária também, como:

Podendo se estender para outras funções, auxiliando na qualidade de vida quando se trata de problemáticas envolvendo a:

  • Deglutição (ato de engolir);
  • Respiração;
  • Mastigação.

O profissional é responsável pela promoção da saúde, prevenção, avaliação e diagnóstico, orientação, terapia (habilitação e reabilitação), e pode também se dedicar no campo de ensino, pesquisa e áreas administrativas.

Quanto às dicas que você cuidador pode incluir no dia a dia, que vão reforçar todas as intervenções desenvolvidas pela fonoaudiologia, são:

Fortaleça a comunicação

Sempre que possível, reforce com a criança a importância da comunicação para expressar um pedido, um desejo ou um sentimento. Reforce sempre, por exemplo: “filho, o que você quer? Aponte pra mim ou tente me dizer o que deseja”, assim que a criança responder, seja verbal ou não-verbal, reforce a ideia do pensamento: “ah, você quer comer? Então pode me dizer ‘estou com fome’, assim vou entender”.

Aposte na comunicação visual

Os suportes visuais são um ótimo recurso para auxiliar a criança a desenvolver autonomia na comunicação e melhorar a interação com a família. Ele é um aliado como instrumento de rotina, assim a criança pode se expressar quando precisa de ajuda para cumprir algumas tarefas da vida diária, como escovar os dentes, ir ao banheiro, etc. Quando a criança tem previsibilidade da rotina, e entende o que precisa fazer, facilita a interação com a pessoa cuidadora, principalmente na hora de solicitar alguma ajuda.

Estimule o lazer social

Entenda o que a criança gosta de fazer, e com que atividades se identifica. Se ela gosta de ouvir histórias, um passeio por uma livraria que possui contação de histórias pode ser um ótimo estímulo para desenvolver o lado lúdico da criança, além de gerar identificação, ela é estimulada pela imagem do livro, fala e expressões da pessoa contadora de histórias. Além de, é claro, estar em um ambiente de socialização.

Classifique itens e ações

Fortaleça as informações da rotina da criança, com as ações rotineiras que ela precisa cumprir, desde atividades da vida diária, ou até mesmo o processo antes da ida para a escola. Você também pode criar um quadro de rotina com algumas atividades que ela faz na escola, para que ela possa compreender a importância de seguir uma rotina estruturada para seu desenvolvimento.

Em nosso blog falamos sobre intervenções para crianças no espectro autistas, que resultam em um desenvolvimento mais saudável e eficaz, sempre

baseadas em evidências científicas. Se você quer saber mais, acesse nossos conteúdos clicando no botão abaixo.

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