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Emoções no autismo: Menino sorri para espelho e observa o próprio reflexo.

Emoções no autismo: como a fonoaudiologia ajuda crianças a reconhecer expressões faciais?

Desenvolver as emoções no autismo é tão importante quanto desenvolver habilidades motoras, sensoriais e/ou comportamentais, principalmente para que pessoas autistas consigam compreender as expressões faciais, que também são uma ferramenta de comunicação e interação social.

Além disso, assim como todas as pessoas típicas, pessoas atípicas também precisam de apoio para compreenderem as próprias emoções e, como consequência, passam a entender emoções e expressões de pessoas com quem interagem.

E por que é tão importante desenvolver essa habilidade? Neste artigo falaremos sobre isso. Confira!

Autistas não têm emoções?

menino de jaqueta amarela olhando para frente

Embora seja comum pensar que pessoas no espectro autista têm dificuldades em expressar emoções e compreender expressões faciais, essa afirmação não é verdadeira.

Pessoas no Espectro do Transtorno Autista (TEA) são sim capazes de compreender e expressar as emoções, assim como qualquer pessoa típica.

O que acontece é que muitas possuem formas diferentes de se comunicar e se expressar, ou possuem dificuldades em se comunicarem com outras pessoas.

É importante observar as particularidades de cada pessoa autista, pode ser que ela busque outras formas de dizer o que está sentindo, através de desenhos ou outros gestos (apontando para algum objeto, por exemplo).

Por isso, uma das funções da fonoaudiologia e/ou da psicologia, é auxiliar o autista numa maneira de se expressar, que esteja ligada e faça sentido para as pessoas que ele convive, como o cuidador, por exemplo, facilitando assim o entendimento da comunicação.

Lidando com as Emoções e Expressões Faciais no Autismo

As crianças no espectro autista podem ter mais dificuldades para reconhecer e utilizar de expressões faciais e outras expressões não verbais para interagir com alguém, como, por exemplo:

  • Imitações;
  • Posturas;
  • Gestos;
  • Expressões faciais;
  • Contato visual;
  • Tom de voz;
  • Ironia.

É importante ressaltar que expressões faciais são muito importantes nas interações sociais e na comunicação com outras pessoas.

Inclusive, é comum que bebês usem as expressões faciais para se comunicarem com os pais e serem compreendidos; por isso é tão importante atentar-se na falta de desenvolvimento dessas habilidades em crianças atípicas.

Para auxiliar a pessoa autista, é preciso lembrar de utilizar sempre uma comunicação direta, verbal, sem ironia e figuras de linguagem. Um exemplo de usar comunicação direta está em nosso Instagram, em uma história compartilhada pela Debbie Cruz:

Ela contou que não tomava banho quando a mãe dizia “jogue uma água no corpo”, como figura de linguagem para tomar banho, pois, para Debbie, a ação era literalmente jogar água no corpo, então era isso que fazia.

Banner sobre a Rede Genial de terapeutas com mulher sorrindo com o rosto pouco inclinado para sua esquerda.

Emoções no autismo e expressões faciais: como as pessoas com TEA lidam

Pessoas autistas podem ter diferenças na forma de compreender e expressar as emoções em comparação com pessoas típicas e neurotípicas. Essas diferenças podem estar relacionadas a vários aspectos do TEA, como a dificuldade de comunicação social e a sensibilidade sensorial.

Expressões Faciais

As expressões faciais podem ser complexas e sutis — visualmente falando — envolvendo uma combinação de músculos faciais e expressões específicas dos olhos, boca e outras partes do rosto. Pessoas autistas podem ter dificuldade em captar esses detalhes e interpretar corretamente as emoções que estão sendo expressas.

Além disso, podem apresentar menos expressões faciais espontâneas ou podem ter expressões faciais que não correspondem necessariamente às emoções que estão sentindo.

Isso pode levar a mal-entendidos por parte dos outros, que podem interpretar erroneamente as emoções da pessoa com TEA com base em suas expressões faciais.

Lidar com Emoções

Pessoas com TEA podem experimentar emoções da mesma forma que pessoas neurotípicas, mas podem ter dificuldade em identificar, nomear e expressar suas emoções, o que pode complicar a compreensão das emoções dos outros.

A falta de habilidades sociais e de comunicação pode tornar desafiador o compartilhamento de emoções e a expressão emocional. Por exemplo, algumas pessoas autistas podem ter dificuldade em expressar emoções de forma convencional, como chorar quando estão tristes ou sorrir quando estão felizes.

Eles podem encontrar maneiras alternativas de expressar suas emoções, como através de comportamentos repetitivos, estereotipados ou de interesse intenso em certos tópicos.

É importante notar que o TEA é um espectro, ou seja, cada pessoa autista é única em termos de suas características e experiências. Nem todas as pessoas terão as mesmas dificuldades ou habilidades em relação às emoções e expressões faciais.

Algumas pessoas com TEA podem desenvolver estratégias e habilidades para lidar com suas emoções ao longo do tempo, enquanto outras podem precisar de apoio adicional para entender e expressar suas emoções de maneira adequada.

A importância de desenvolver o socioemocional de pessoas autistas

terapeuta e criança em sessão aprendendo sobre expressões no autismo

A falta de desenvolver habilidades emocionais, podem prejudicar a pessoa autista, resultando na dificuldade em expressar e entender os próprios sentimentos, além disso, saber reconhecer as emoções no autismo promove e explora o lado lúdico do indivíduo, principalmente quando se trata de usar a imaginação.

Outros sentimentos que podem agravar, caso não haja suporte para desenvolver a emoção, são:

  • Ansiedade – a pessoa com TEA fica relutante em entender seus próprios sentimentos, criando
    um caos dentro de si;
  • Irritabilidade – as crises podem aparecer com certa frequência;
  • Baixa tolerância à frustração – não saber reconhecer os limites, ou não conseguir expressar tristeza, gera frustração em excesso, por não entender onde recorrer;
  • Interação limitada – quando não há compreensão das emoções, não há como a pessoa com TEA se envolver socialmente com outras pessoas ao redor, principalmente por existir um limite na comunicação;
  • Ataques de pânico e medo em excesso – reconhecer as expressões faciais resulta, principalmente, no autoconhecimento, sem esse desenvolvimento, a pessoa no espectro fica ainda mais insegura e impossibilitada de interagir, pois não conhece seus limites e não vai além do que está acostumada.

Dessa forma, é possível afirmar que desenvolver habilidades socioemocionais no autismo é muito importante e pode impactar no bem-estar do indivíduo, principalmente por que ajuda na identificação dos próprios sentimentos (autoconhecimento), além de auxiliar na comunicação, tornando-a mais funcional e assertiva.

Além disso, quando desenvolvidas, as habilidades socioemocionais promovem um aprendizado de autocontrole.

Como ajudar crianças autistas a reconhecerem expressões faciais?

Embora existam obstáculos com aspectos sociais e emocionais, além das limitações que variam de acordo com o desenvolvimento da pessoa com TEA, é possível sim trabalhar as emoções no autismo, bem como estimular o desenvolvimento socioemocional.

Muitas atividades podem ser realizadas por profissionais da fonoaudiologia, ou até mesmo em casa, onde as pessoas cuidadoras estimulam através de brincadeiras e ações rotineiras que fazem toda a diferença.

Algumas dicas que podem ajudar:

  • Usar cartões, quadros e imagens – o contato com o uso de figuras e imagens que expressem os sentimentos podem auxiliar no processo de conhecimento das expressões. Uma boa forma para incentivar essa proximidade é colar as figuras em quadros em lugares visíveis para a criança, no quarto, na sala e até mesmo no banheiro.
  • Promover jogos de imitação – o uso dos quadros com imagem também pode ser alinhado com outra atividade: uma brincadeira de imitação. Ao solicitar que uma criança imite a imagem do quadro, reforce qual é a emoção que a imagem transmite.
  • Usar espelhos – o processo de imitação pode ser feito de frente para o espelho, promovendo assim o autoconhecimento da criança, e reforçando ainda mais a expressão para uma determinada emoção.
  • Desenhar – os desenhos podem ser outra forma de ajudar a aprender sobre uma expressão, além de ser um momento lúdico, que estimula a imaginação, a criança se familiariza com as emoções.
  • Promover autonomia – ao designar uma tarefa rotineira para a criança, ela ganha senso de responsabilidade, e entende que determinado comportamento resulta em uma harmonia por toda a casa, por exemplo, ao arrumar os brinquedos, ela auxilia na rotina de limpeza da pessoa cuidadora. E isso promove a relação socioemocional no núcleo familiar (principalmente), que desencadeia na percepção de expressões faciais e emoções.
  • Reforçar a importância de ter empatia – essa ajuda com as tarefas diárias podem ser de grande ensino para a que criança com autismo aprenda a ter empatia e respeito com o próximo; outra característica do desenvolvimento socioemocional.

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Conclusão

Desenvolver habilidades emocionais em pessoas com autismo é importantíssimo para o seu bem-estar.

A fonoaudiologia desempenha um papel importante no auxílio ao reconhecimento de emoções no autismo, expressões e na promoção do desenvolvimento socioemocional. Com atividades e estratégias adequadas, é possível estimular o aprendizado das emoções no autismo, tornando a comunicação mais funcional e a interação social mais satisfatória.

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