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Desenvolvimento Motor no autismo - pai e mãe brincam com seus filhos usando pinos e bola de plástico para simular um jogo de boliche

Desenvolvimento motor: 7 atividades para fazer em casa

O desenvolvimento motor de crianças com autismo pode apresentar atraso, tanto na motricidade fina quanto na motricidade grossa. Isso significa que elas têm dificuldades para tomar decisões e executar movimentos, desde os mais simples até os mais complexos.

Para a criança, desenvolver essas habilidades é fundamental, já que gera impactos cognitivos, sociais e culturais. Permite assim que ela interaja com o ambiente adquirindo maior independência e na socialização como durante o brincar onde cria-se relações mais efetivas com outras crianças.

Sendo assim, os prejuízos motores em crianças com autismo podem variar bastante, causando déficits na socialização, na comunicação e em sua independência na realização das atividades de vida diária (AVDs).

Por isso, neste artigo vamos falar sobre a importância da Terapia Ocupacional como suporte de desenvolvimento dessas habilidades, e como impulsionar a criança com atividades dentro de casa.

Terapia Ocupacional e o autismo

A Terapia Ocupacional no autismo tem o objetivo de promover, manter e desenvolver habilidades necessárias para que as crianças consigam se adaptar de forma funcional ao dia a dia e em diferentes ambientes, como em casa e na escola, por exemplo.

O desenvolvimento da autonomia e independência da criança em atividades da vida diária também é uma especialidade da terapia ocupacional. Dentro disso, algumas das principais habilidades que a T.O. busca estimular para a criança são:

Focando nas singularidades de cada criança e entendendo seu desenvolvimento físico, emocional, sensorial e cognitivo, a terapia ocupacional ajuda em diversos momentos importantes para a criança, seja ela atípica ou neurotípica.

O que é desenvolvimento motor?

O desenvolvimento motor representa a ação de todos os nossos músculos, as quais são controladas e ativadas a partir do sistema nervoso central de cada pessoa. A partir dos comandos enviados, conseguimos nos mover e realizar todas as ações; principalmente do cotidiano.

Para cada atividade motora que realizamos, há uma rede de neurônios localizados nos lobos frontais, no cerebelo e nos núcleos da base, que se ativam e dão início a ação; ao movimento. Esses neurônios controlam cada performance da ação, desde o início até o término dela, além de determinar a intensidade que ela deve ser feita.

Há uma relação bastante próxima entre desenvolvimento motor e socialização, pois desenvolvendo essas habilidades é que conseguimos nos comunicar com as pessoas ao redor, seja por meio de brincadeiras, partilha de materiais, prática de esportes, etc.

Existem dois tipos de motricidade. Acompanhe!

Motricidade ampla (grossa)

Está relacionada ao controle corporal global, sendo responsável pela manutenção da nossa postura e do equilíbrio estático e dinâmico. Essa habilidade promove a capacidade de caminhar em postura ereta e bípede, além de ter o controle corporal dinâmico, sendo capaz de reproduzir atividades como:

  • Caminhar;
  • Jogar bola;
  • Dançar;
  • Engatinhar;
  • Andar em zigue-zague.

Motricidade fina

Essa habilidade diz respeito aos movimentos de maior precisão, que resultam do controle de pequenos músculos. Dessa forma, usamos principalmente as mãos, os dedos ou as pontas dele, e até mesmo o braço todo. São movimentos menores, que precisam ser feitos de forma mais precisa.

Quanto mais complexa a atividade que precisa ser executada, maior o trabalho que o sistema nervoso central deve desempenhar para controlar as áreas motoras, por isso é tão importante estimular essa motricidade.

São exemplos de motricidade fina:

  • Escrever;
  • Desenhar;
  • Lavar as mãos;
  • Escovar os dentes;
  • Girar a maçaneta;
  • Dobrar e cortar papel.

Quais são os sinais de atraso do desenvolvimento motor no autismo?

Apesar de alguns dos sinais de atraso do desenvolvimento motor serem bem discretos, já é possível observar algumas alterações nos primeiros 18 meses de vida da criança. Essas observações podem ser feitas pela própria família, mas um profissional de Terapia Ocupacional pode oferecer todo apoio que os cuidadores precisam.

Alguns sinais importantes para observar são:

  • Será que a criança sustenta a cabeça?
  • Ela consegue sentar sozinha?
  • Já engatinha e/ou anda sem apoio?

É preciso entender também se a criança de até 18 meses já tem uma noção para manter o próprio equilíbrio. Caso negativo, é melhor buscar um T.O. para auxiliar nessa jornada.

Além disso, é possível observar se a criança apresenta outros sinais, que são muito comuns para indicar o atraso no desenvolvimento motor, como as apraxias (distúrbios motores da fala), caminhar na ponta dos pés, que corresponde a uma mescla entre alterações motoras e sensoriais, e dificuldade em pegar no lápis para pintar, desenhar e grafar letras.

Além disso, duas outras queixas muito comuns observadas pelas famílias são:

  • Criança baba em excesso o que é muito comum, e normalmente é decorrente de um comprometimento funcional (tônus) da musculatura facial;
  • Criança cai sozinha com dificuldade – o atraso no desenvolvimento motor, resulta na menor capacidade de manter o equilíbrio, o que frequentemente provoca “quedas inexplicáveis”.

Além dos 18 meses

Com crianças acima dos 18 meses, também é possível observar os sinais de atraso no desenvolvimento motor. Alguns deles podem ser percebidos no dia a dia:

  • Dificuldade para andar;
  • Manipular objetos;
  • Escrever;
  • Balançar;
  • Pular;
  • Manter a postura;
  • Imitar os movimentos de outras pessoas.

É importante observar se a criança possui atraso do desenvolvimento motor, pensando justamente nas habilidades que ela pode ter mais dificuldade em desenvolver. Por exemplo, se a criança não tem equilíbrio para manter a postura, dificilmente ela vai conseguir ficar sentada em uma roda de amigos, ou em uma atividade com o grupo escolar. Além de afetar o desenvolvimento físico da criança (causando uma má postura, por exemplo), desfavorece o momento de interação social entre os amigos.

Como desenvolver a coordenação motora no autismo?

Além de ter a ajuda do profissional de Terapia Ocupacional, a criança pode desenvolver essas atividades no cotidiano. A motricidade fina desenvolve-se, essencialmente, na interação da criança com o meio e na relação com os objetos.

Por exemplo, durante a refeição, o agarrar do garfo ou do copo desenvolve a capacidade de coordenação motora fina.

O brincar também é muito importante! A partilha do espaço, de brinquedos, a possibilidade de avaliar, tomar decisões, brincar ao faz de conta, etc, ajudam a criança a crescer de forma estruturada, divertida e confiante. Além de promoverem uma relação essencial de família e um ambiente divertido.

Dicas de atividades para o desenvolvimento motor para fazer em casa

Todo trabalho desenvolvido pelo Terapeuta Ocupacional pode ser estimulado dentro de casa; em família. Separamos sete dicas que podem ser benéficas para promover bem-estar para a criança atípica e seus cuidadores.

  1. Batata quente – a tradicional brincadeira ajuda a estimular a interação e a musicalização da criança. Basta sentar no chão e utilizar uma batata, ou um objeto que represente a batata, e passar de mão em mão enquanto canta a música;
  2. Imitação de gestos e ações – Faça gestos corporais e peça para a criança imitar. Além da criança entender os limites do próprio corpo ao fazer o movimento, ela será estimulada a mexer outros músculos que não está habituada ainda;
  3. Fazer brigadeiro de enrolar – O movimento de enrolar o brigadeiro ajuda a estimular a coordenação motora fina. Mesmo que a criança não queira tocar no brigadeiro, inclua ela na observação das etapas da realização da receita, além de influenciá-la a conhecer as diferentes texturas, como do leite condensado e do chocolate em pó;
  4. Desenhos – Estimule a criança a desenhar no papel ou em uma lousinha, ofereça giz de cera ou normal em tamanhos menores, desenvolvendo assim o movimento de pinça dos dedos (coordenação motora fina);
  5. Boliche caseiro – Que tal construir o próprio jogo de boliche com garrafa pet e uma bola de pelúcia? Essa atividade estimula os músculos da criança, promovendo o desenvolvimento da coordenação motora grossa, além de ser um ótimo exercício!
  6. Para os bebês, procure oferecer atividades mais sensoriais – A massinha caseira, feita de farinha e água, ajuda a fortalecer a coordenação motora fina do bebê, que aperta e modifica de acordo com a vontade do momento. Você também pode sugerir que ele faça bolinhas ou cobrinhas com a massinha, além de apertar e cortar em diferentes formas;
  7. Também para os bebês, estimule na hora do banho – leve o pequeno a experimentar novas sensações, por exemplo: acrescente um brinquedo na banheirinha, assim ele moverá o corpo para tentar alcançar. Caso ele pegue o brinquedo, a coordenação motora fina vai ser desenvolvida durante a exploração ao apertar o material borrachudo.

Essas são algumas dicas que podem ser feitas pela própria família, mas é sempre importante lembrar de consultar o Terapeuta Ocupacional para entender quais atividades podem, de fato, favorecer o desenvolvimento motor da criança.

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