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Autismo severo: conheça mais sobre o autismo nível 3

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que muda a forma como a pessoa vê e interage com o mundo e com as outras pessoas. As dificuldades em comunicação e interação social resultam em dificuldades de socialização e de conexão com o mundo à sua volta.

De acordo com a 5ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), da Associação Americana de Psiquiatria, o diagnóstico de autismo leva em consideração o nível de necessidade de suporte de cada pessoa no espectro, são os chamados graus de autismo. Entre eles, está o autismo nível 3, também conhecido como autismo severo.

Neste artigo, explicamos mais sobre o autismo severo, critérios para o diagnóstico, intervenções e mais.

Conheça os graus de autismo

O DSM-5 classifica os Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) em níveis que vão do 1 ao 3. São eles:

  • Autismo Nível 1: menor necessidade de apoio no dia a dia
  • Autismo Nível 2: popularmente conhecido como autismo moderado, nesse nível a pessoa precisa de um pouco mais de  apoio em sua rotina
  • Autismo  Nível 3: conhecido como autismo severo, a pessoa precisa de mais apoio para as atividades da vida diária.

Vale reforçar que essa classificação tem como principal função entender o nível de necessidade de suporte que aquela pessoa vai precisar para realizar o que chamamos de atividades da vida diária (AVDs) e se relacionar com o mundo e as pessoas.

O que é autismo severo?

O termo “autismo severo” não existe dentro da classificação do DSM-5. No documento, as pessoas com mais comprometimento em algumas questões, e que vão precisar de mais necessidade de suporte, estão dentro do nível 3.

No entanto, como uma forma de simplificar o entendimento do diagnóstico e até mesmo explicar a condição da pessoa, muitos profissionais e famílias chamam o autismo nível 3 de autismo severo.

Pessoas com autismo nível 3   podem ser mais dependentes de seus cuidadores para realizar as chamadas atividades da vida diária (AVDs). Ou seja, mesmo as tarefas mais simples, como se vestir, tomar banho ou comer demanda que os pais ou quem estiver com eles precisem ajudar em suas execuções.

Características do autismo severo

Pessoas com autismo nível 3 precisam de apoio substancial nas tarefas do dia a dia. Por isso, elas têm graves déficits na comunicação e interação social e também nos padrões de comportamentos restritos e repetitivos. Algumas das características comuns em pessoas com autismo severo são:

Comunicação

  • Déficits na comunicação social causam prejuízos notáveis
  • Déficits graves nas habilidades de comunicação social verbal
  • Déficits graves nas habilidades de comunicação social não-verbal
  • Dificuldade para iniciar interações sociais
  • Exemplos claros de respostas atípicas ou sem sucesso a aberturas sociais de outros

Comportamentos restritos e repetitivos

  • Inflexibilidade de comportamentos causa interferência significativa no funcionamento em um ou mais contextos
  • Extrema dificuldade em lidar com a mudança
  • Comportamentos restritos e repetitivos interferem acentuadamente no funcionamento em todas as grandes esferas
  • Grande sofrimento ou dificuldade para mudar o foco ou as ações

Autismo severo: quais são os sinais?

De modo geral, os sinais do autismo severo podem ser mais perceptíveis do que os de outros graus do espectro, como o autismo leve. Ainda assim, é importante que desde a primeira infância os pais estejam atentos aos seguintes sinais:

  • Pouco ou nenhum contato visual
  • Apresentar resistência ao toque
  • A criança apresenta predileção por objetos que não causam interesse em outras pessoas
  • Brincar de maneira diferente das outras crianças (exemplo: colocar o carrinho de ponta cabeça e girar as rodinhas
  • Não desenvolver a fala ou desenvolver pouco até os 2 anos

Existem ainda outros sinais que podem contribuir para a busca do diagnóstico de autismo.

Quem pode dar o diagnóstico de autismo nível 3?

Assim como qualquer outro diagnóstico, o laudo de autismo nível 3 só pode ser emitido por médicos especialistas depois que a pessoa passa por uma série de avaliações com uma equipe multidisciplinar formada por:

  • Terapeuta ocupacional
  • Psicólogo
  • Enfermeiro
  • Fonoaudiólogo
  • Nutricionista
  • Entre outros

Por isso, o mais indicado é que, ao perceber ou ser alertada dos sinais de TEA, a família busque ajuda do pediatra, neuropediatra ou (neurologista infantil) ou psiquiatra infantil.

Vale reforçar que a intervenção pode ser iniciada imediatamente, sem precisar esperar pelo diagnóstico. Isso porque, quanto antes começarem, maiores são os ganhos devido à neuroplasticidade.

profissional clínica assoprando bolhas de sabão com menino feliz ao lado

Como a família precisa se adaptar para ajudar o autista nível 3?

Independente do nível de necessidade de suporte que uma pessoa no espectro do autismo tem, é importante que você entenda que todos podem aprender e se desenvolver. Assim, uma das primeiras coisas que a família deve fazer é acreditar no potencial de desenvolvimento daquela criança.

Além disso, é importante começar o quanto antes a fazer as intervenções necessárias e buscar aquelas que são baseadas em práticas com evidências científicas. Você  pode também tomar algumas iniciativas que serão essenciais no desenvolvimento da criança:

  • Incentive a independência:, fazendo a criança praticar atividades no dia a dia
  • Faça parte de uma comunidade: conheça pessoas que vivem uma realidade parecida e troque experiências e desabafos
  • Invista no treinamento de pais: esse serviço é essencial e vai te ajudar a lidar com comportamentos no dia a dia

Na Genial Care temos um serviço de treinamento e acolhimento para quem cuida de crianças no TEA que pode te ajudar nessa jornada de descobrimento e desenvolvimento.

Conheça nosso atendimento para autismo

10 respostas para “Autismo severo: conheça mais sobre o autismo nível 3”

  1. Ola,
    O meu filho tem autismo nível 3
    Com 8/9 meses comecei a notar que ele não respondia ao nome dele, não interagia com as pessoas, não falava, não olhava direitamente. Fui ao medico e expliquei as minhas inquietações eu como mãe na minha cabeça já sabia q o meu filho era autista mas não entendia nada de níveis.
    Ele teve uma infeção com 1 mês e ficamos internado 15dias. O médico disse q não podia ter febres nem vómitos ou seja não poderia frequentar a creche para evitar certas viroses. Com 1 anos fui outra vez ao mesmo médico e fiz uma comparação com as outras crianças na realidade ou estava resumindo para falar que o meu filho é autista só assim ele aceitou liberou a creche e marcou uma consulta com especialista. Hoje o meu filho tem 2 anos começou a creche e a terapia ocupacional e deu um avanço enorme, é difícil muito difícil, é uma pessoa que não fala você não sabe o que ele quer, tem selectividade alimentar mas Graças a Deus estou a conseguir.
    Faço sempre uma comparação com ele mesmo de 2 meses atrás com o hoje para ver o quanto ele desenvolveu, já brinca e interage melhor com as irmãs quando quer uma coisa se tiver ao alcance dele tira, uma coisa que faço é tentar deixar o mais independente possível. A médica já liberou e vai começar a terapia da fala.

    • Olá, Miraldina. Como vai? Esperamos que muito bem.

      Miraldina, primeiramente, gostaríamos de agradecer por compartilhar seu relato. É muito importante falar/escrever e saiba que estamos aqui para ouvi-la!

      Desejamos o melhor para você e que seu filho alcance o máximo potencial.

      Abraço!

  2. A irmã da minha namorada tem autismo severo. Acontece que a minba garota dá o maior duro pela família (ela, a irma e a mae) pois infelizmente o pai dela faleceu. A mae dela fica em casa cuidando mas a minha namorada está sempre preocupada. Ela sente falta do pai. Eu queria tanto poder ajudá-la, não temos muitas condições ainda e eu estou correndo atrás do conhecimento sobre autismo para tentar fazer algo por ela. Obrigado pela divulgação de informação aqui.

  3. Meu filho foi diagnosticado há 2 semanas com autismo nível 3 de suporte (com 2 anos e 3 meses). Estou aprendendo ainda como lidar com ele em momentos de crise, pois ele não aceita nada e só para depois de hora(s). Como eu sei que quando começa e difícil para parar eu tento o máximo que ele fique irritado que é quando começa.

  4. boa tarde tudo bem acontece comigo isso tambem mas aprendir que quando ele estiver em crise tenta mudar o foco dele pra algpo que ele goste que chame a atencao dele isso me ajuda bastante ou vai e da um abraco de urso outra tatica tambem
    no caso meu menino gosta do toque so nosso e de mas ninguem espero ter ajudado

    • Olá, Alexandre. Como vai? Esperamos que muito bem!

      Agradecemos seu comentário. É muito bom saber que você pratica ações para amenizar as crises sensoriais do seu filho.

      Temos um texto que aborda as crises no espectro autista. Se nos permite, gostaríamos de indicar:

      Tudo sobre crises no autismo: aprenda a identificar e lidar com crises em crianças autistas
      https://genialcare.com.br/blog/crises-no-autismo/

      Esperamos que fiquem bem e que tenham um ótimo final de ano.

      Abraço!

  5. Nunca liguei pra isso até um sobrinho meu ser diagnóstico de autismo 3
    Procuro ajudar no que posso .
    Ele tem crises, ajudo a levar pro médico e terapeutas.
    Mas na hora da crise me sinto impotente.
    Gostaria de poder ajudar melhor.

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