Genial Care

Pesquisar
Dias
Horas
Minutos
Família com mãe, pai e dois meninos jogando um jogo de tabuleiro. Todos sorriem

Autismo e família: a importância do núcleo familiar na vida de crianças autistas

Muitas intervenções podem beneficiar o desenvolvimento de crianças com TEA, dentre elas estão as intervenções em ABA, fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outras.

Dentro dessas áreas e estratégias existem as intervenções diretas com a criança e aquelas que são mediadas pelos pais ou pessoas cuidadoras.

Esse texto foca justamente na importância da família e das pessoas cuidadoras na vida e desenvolvimento de crianças autistas.

O papel da família na vida e rotina de pessoas com autismo

Quando pensamos na criação e desenvolvimento saudável de qualquer criança, rapidamente nos remetemos ao papel no núcleo familiar e de todos os adultos envolvidos no seu cuidado.

Isso não é diferente quando nos voltamos para a realidade de crianças com TEA, que precisam de todo apoio, suporte e afeto, assim como qualquer outra criança.

Acontece que, no contexto do TEA, o papel da família fica evidente quando compreendemos que mesmo as intervenções diretas com a criança só têm o efeito desejado quando são mantidas em todos os ambientesque a criança vive; é o que chamamos de generalização.

É por isso que tanto se fala sobre o trabalho de

orientação parental, quando falamos sobre autismo.

Qual o foco da orientação de pais?

O trabalho com pais ou com as pessoas cuidadoras tem como objetivo ensinar os princípios básicos do comportamento e estratégias comportamentais, para capacitá-los a fazer o manejo adequado do comportamento de seus filhos.

É assim que todo o núcleo familiar ganha autonomia para oferecer o ambiente adequado para o desenvolvimento saudável da criança autista.

Além disso, é nesse contexto que são dadas informações importantes sobre quais são as práticas parentais positivas na criação dos filhos.

O que a ciência tem a dizer sobre o papel da família no desenvolvimento da criança com TEA?

Não são poucos os estudos que têm como foco estudar práticas positivas na criação de filhos.

Acontece que quando falamos de pais de crianças atípicas o número de estudos nesse campo baixa drasticamente, revelando uma ausência de evidências que poderiam ajudar, ainda mais, as famílias que convivem com TEA, e as próprias pessoas autistas.

A seguir são citados alguns estudos que nos ajudam a entender qual o papel e importância da família na vida da criança no espectro.

Positive parenting of children with developmental disabilities: A meta-analysis

(Parentalidade positiva de crianças com transtornos de desenvolvimento: Uma metanálise)

Apesar de não haver consenso na literatura científica sobre o que define a parentalidade positiva, os autores deste artigo descrevem alguns comportamentos já reconhecidos como relevantes para o desenvolvimento saudável de qualquer criança.

Dentre eles estão ser:

  • receptivo;
  • caloroso;
  • envolvido;
  • sensível;
  • responsivo;
  • cuidadoso;
  • empático.

Além disso, foram descritas três dimensões da parentalidade positiva:

  1. Suporte parental e conexão: interações calorosas, sensíveis, previsíveis e acolhedoras entre pais e filhos.
  2. Regulação comportamental: como os pais estabelecem a estrutura em torno do comportamento da criança, como limites e consequências previsíveis para seus comportamentos.
  3. Respeito pela individualidade: reconhecer o desenvolvimento da criança, evitando comportamentos parentais intrusivos, explosivos e manipulativos.

Ainda segundo os pesquisadores, esses comportamentos parentais se relacionam com o desenvolvimento de comportamentos pró-sociais, como cooperação, autorregulação e empatia.

Em contrapartida, uma educação que não apresenta essas características está associada a dificuldades sociais, depressão e ansiedade infantil.

Pensando nas evidências científicas focadas especialmente na parentalidade de crianças com TEA, aparentemente os estudos focam apenas em comportamentos maternos positivos. Dentre eles observou-se associação entre comportamentos responsivos maternos e ainteração social da criança.

Os autores defendem, após a revisão e análise dos estudos na área, que as características da parentalidade positiva tem impacto semelhante independentemente da criança ter algum transtorno ou deficiência.

Ou seja, os traços parentais que beneficiam o desenvolvimento de crianças com desenvolvimento típico, também beneficiam crianças com desenvolvimento atípico.

Parenting stress reduces the effectiveness of early teaching interventions for autistic spectrum disorders

(Estresse parental diminui a efetividade de intervenções precoces para o transtorno do espectro autista).

Nesse estudo os autores apresentam evidências de que alguns comportamentos da família podem mediar a efetividade das intervenções precoces diretas com a criança. Essa afirmação é particularmente importante para compreendermos a importância da família no desenvolvimento da criança autista.

Dentre as características familiares já estudadas pela ciência é destacado o nível de estresse parental, como uma variável importante no aprendizado de novas habilidades pela criança.

Além disso, os autores descrevem que os resultados encontrados no estudo demonstram que as intervenções precoces mais intensivas em termos de horas não foram tão efetivas quando os níveis de estresse dos pais eram altos.

Ainda não se sabe ao certo como e porque que o estresse dos pais impacta na efetividade da intervenção com a criança, mas algumas hipóteses são levantadas como, por exemplo:

É possível que pais com altos níveis de estresse não consigam manter as intervenções de maneira sistemática no dia a dia da criança, prejudicando assim que haja generalização dos ganhos obtidos na terapia.

O núcleo familiar e sua importância no desenvolvimento infantil

Considerando os dados apresentados, fica claro que quando pensamos em desenvolvimento infantil, sobretudo de crianças no espectro, estamos falando de todo o núcleo familiar e dos adultos que fazem parte do cuidado com a criança.

Não existe intervenção para o desenvolvimento infantil que seja efetiva sem que a família esteja envolvida.

Para saber mais sobre intervenções

baseadas em evidências para autismo.

Conheça nosso atendimento para autismo

Esse artigo foi útil para você?

Escala M-CHAT fica de fora da Caderneta da Criança O que são níveis de suporte no autismo? Segunda temporada de Heartbreak High já disponível na Netflix Símbolos do autismo: Veja quais são e seus significados Dia Mundial de Conscientização do Autismo: saiba a importância da data Filha de Demi Moore e Bruce Willis revela diagnóstico de autismo Lei obriga SUS a aplicar Escala M-chat para diagnóstico de autismo Brinquedos para autismo: tudo que você precisa saber! Dia internacional das mulheres: frases e histórias que inspiram Meltdown e Shutdown no autismo: entenda o que significam Veja o desabafo emocionante de Felipe Araújo sobre seu filho autista Estádio do Palmeiras, Allianz Parque, inaugura sala sensorial Cássio usa camiseta com número em alusão ao Autismo Peça teatral AZUL: abordagem do TEA de forma lúdica 6 personagens autistas em animações infantis Canabidiol no tratamento de autismo Genial Care recebe R$ 35 milhões para investir em saúde atípica Se o autismo não é uma doença, por que precisa de diagnóstico? Autismo e plano de saúde: 5 direitos que as operadoras devem cobrir Planos de saúde querem mudar o rol na ANS para tratamento de autismo Hipersensibilidade: fogos de artifício e autismo. O que devo saber? Intervenção precoce e TEA: conheça a história de Julie Dutra Cezar Black tem fala capacitista em “A Fazenda” Dia do Fonoaudiólogo: a importância dos profissionais para o autismo Como é o dia de uma terapeuta ocupacional na rede Genial Care? O que é rigidez cognitiva? Lei sugere substituição de sinais sonoros em escolas do Rio de janeiro 5 informações que você precisa saber sobre o CipTea Messi é autista? Veja porque essa fake news repercute até hoje 5 formas Geniais de inclusão para pessoas autistas por pessoas autistas Como usamos a CAA aqui na Genial Care? Emissão de carteira de pessoa autista em 26 postos do Poupamento 3 séries sul-coreanas sobre autismo pra você conhecer! 3 torcidas autistas que promovem inclusão nos estádios de futebol Conheça mais sobre a lei que cria “Centros de referência para autismo” 5 atividades extracurriculares para integração social de crianças no TEA Como a Genial Care realiza a orientação com os pais? 5 Sinais de AUTISMO em bebês Dia das Bruxas | 3 “sustos” que todo cuidador de uma criança com autismo já levou Jacob: adolescente autista, que potencializou a comunicação com a música! Síndrome de asperger e autismo leve são a mesma coisa? Tramontina cria produto inspirado em criança com autismo Como a fonoaudiologia ajuda crianças com seletividade alimentar? Genial Care Academy: conheça o núcleo de capacitação de terapeutas Como é ser um fonoaudiólogo em uma Healthtech Terapeuta Ocupacional no autismo: entenda a importância para o TEA Como é ser Genial: Mariana Tonetto CAA no autismo: veja os benefícios para o desenvolvimento no TEA Cordão de girassol: o que é, para que serve e quem tem direito Como conseguir laudo de autismo? Conheça a rede Genial para autismo e seja um terapeuta de excelência Educação inclusiva: debate sobre acompanhantes terapêuticos para TEA nas escolas Letícia Sabatella revela ter autismo: “foi libertador” Divulgação estudo Genial Care O que é discalculia e qual sua relação com autismo? Rasgar papel tem ligação com o autismo? Quem é Temple Grandin? | Genial Care Irmãos gêmeos tem o mesmo diagnóstico de autismo? Parece autismo, mas não é: transtornos comumente confundidos com TEA Nova lei aprova ozonioterapia em intervenções complementares Dicas de como explicar de forma simples para crianças o que é autismo 5 livros e HQs para autismo para você colocar na lista! Como é para um terapeuta trabalhar em uma healthcare? Lei n°14.626 – Atendimento Prioritário para Pessoas Autistas e Outros Grupos Como fazer um relatório descritivo? 7 mitos e verdades sobre autismo | Genial Care Masking no autismo: veja porque pessoas neurodivergentes fazem Como aproveitar momentos de lazer com sua criança autista? 3 atividades de terapia ocupacional para usar com crianças autistas Apraxia da fala (AFI): o que é e como ela afeta pessoas autistas Por que o autismo é considerado um espectro? Sala multissensorial em aeroportos de SP e RJ 18/06: dia Mundial do orgulho autista – entenda a importância da data Sinais de autismo na adolescência: entenda quais são Diagnóstico tardio da cantora SIA | Genial Care Autismo e futebol: veja como os torcedores TEA são representados MMS: entenda o que é o porquê deve ser evitada Tem um monstro na minha escola: o desserviço na inclusão escolar Autismo e esteriótipos: por que evitar associar famosos e seus filhos Diagnóstico tardio de autismo: como descobrir se você está no espectro? Autismo e TDAH: entenda o que são, suas relações e diferenças Eletroencefalograma e autismo: tudo que você precisa saber Neurodivergente: Saiba o que é e tire suas dúvidas Como ajudar crianças com TEA a treinar habilidades sociais? Prevalência do autismo: CDC divulga novos dados Show do Coldplay: momento inesquecível para um fã no espectro Nova temporada de “As Five” e a personagem Benê Brendan Fraser e seu filho Griffin Neuropediatra especializado em autismo e a primeira consulta Dia da escola: origem e importância da data comemorativa Ecolalia: definição, tipos e estratégias de intervenção Park Eun-Bin: descubra se a famosa atriz é autista Síndrome de Tourette: entenda o que aconteceu com Lewis Capaldi 10 anos da Lei Berenice Piana: veja os avanços que ela proporcionou 7 passos para fazer o relatório descritivo da criança com autismo Diagnóstico tardio de autismo: conheça a caso do cantor Vitor Fadul Meu filho foi diagnosticado com autismo, e agora? Conheça a Sessão Azul: cinema com salas adaptadas para autistas Síndrome sensorial: conheça o transtorno de Bless, filho de Bruno Gagliasso