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Mulher pesquisando mitos sobre autismo na internet. Ela está com a mão esquerdo no queixo e se mostra focada na leitura.

11 grandes mitos sobre autismo

Quantos mitos sobre autismo você já ouviu na sua vida? Entre os mais conhecidos, temos o fato de as vacinas causarem autismo, que pessoas autistas são super dotadas, que não podem aprender ou que são emocionalmente distantes.

Mesmo com cada vez mais informação sobre o TEA (Transtorno do Espectro do Autismo), ainda hoje existem muitos estereótipos sobre a pessoa com autismo, que vão desde a forma do diagnóstico até mesmo as características que alguém pode ou não ter.

Por isso, separamos os 11 maiores mitos sobre autismo que as pessoas precisam saber, independente se tem uma ligação mais próxima ao transtorno ou não. Só assim conseguiremos aumentar as informações verdadeiras sobre TEA e acabar com fake news. Leia e compartilhe com alguém que também precisa dessa informação!

Os 11 mitos sobre autismo mais conhecidos

Como os sinais do TEA podem aparecer de forma diferente para cada pessoa, podem surgir dúvidas e questões sobre possíveis mitos do autismo, sobre essas diferenças em cada pessoa no espectro. Dessa forma, é preciso expor essas informações falsas e sanar as dúvidas que surgem a partir disso.

Esses mitos ligados ao autismo podem atrapalhar a divulgação de informações verdadeiras e criar dúvidas e visões erradas sobre as pessoas no espectro. Assim, é fundamental existirem espaços com dados verdadeiros e conteúdos com embasamento científico ou de profissionais específicos sobre o tema.

Vamos conhecer os mitos e saber quais são as informações verdadeiras por trás de cada um!

1 – Alguma vacina é causadora do autismo em crianças

Essa informação é completamente falsa. Não existe nenhuma comprovação científica que ligue o transtorno autista com vacinas utilizadas para imunização de crianças. Por isso não, vacinas não causam autismo!

Mesmo que toda essa história tenha sido esclarecida, ainda hoje é comum ver pais e pessoas cuidadoras com o receio de vacinar as crianças achando que isso pode causar autismo.

Inclusive, apesar de muitos estudos sobre o tema, ainda não temos nada que comprove exatamente sobre as causas do autismo. O que existem são estudos ligados à genética e fatores ambientais, principais fatores de risco quando falamos do transtorno.

Precisamos lembrar que: as vacinas, por outro lado, além de não causarem autismo, são essenciais para garantir a segurança e saúde de crianças em todo mundo.

2 – A falta de carinho e amor dos pais causa o autismo

Não existe nenhuma evidência que a falta de afeto seja uma possível causadora de autismo. Esse mito sobre autismo surgiu com a Teoria da Mãe-Geladeira, que afirmava que a falta de amor e carinho maternal é a causa do transtorno.

Isso foi algo ligado a uma afirmação do médico Leo Kanner que chamou a atenção ao dizer que “pessoas autistas teriam sido filhas de mães emocionalmente distantes”. Posteriormente, Kanner disse ter sido mal compreendido e tentou se retratar em seu livro Em Defesa das Mães.

Vale salientar que os pais não têm culpa nenhuma sobre o autismo em seus filhos, e o autismo não tem nada a ver com a falta de amor. Não existe nenhuma ligação com o emocional dos pais como resultado do diagnóstico de seus filhos.

3 – Traumas psicológicos causam autismo

As causas do autismo ainda não foram totalmente esclarecidas, mas muitos estudos e pesquisas apontam que a genética tem um papel fundamental no desenvolvimento do TEA, assim como variáveis ambientais também podem se tornar fatores de risco para o diagnóstico.

Por isso, não é possível afirmar que qualquer tipo de trauma psicológico é responsável pelo diagnóstico de autismo de uma criança. Infelizmente ainda é muito comum ouvir algumas pessoas associarem o transtorno a um castigo ou trauma, o que é totalmente falso!

4 – Deve-se permitir que crianças com sinais precoces de autismo cresçam sem intervenção até que o diagnóstico seja concluído

Sabemos que a intervenção precoce nos primeiros anos de vida tem impacto significativo sobre o funcionamento e desenvolvimento das crianças, sendo ela autista ou não.

Por isso, antes mesmo de obter um diagnóstico de autismo, é importante que a família procure maneiras de incluir na rotina intervenções focadas no desenvolvimento da criança e comece o mais rápido possível.

5 – Autistas vivem em seu próprio mundo

Apesar do transtorno desenvolver dificuldades na socialização, é perfeitamente possível que o autista viva com interação social. Existem graus específicos de autismo, e todos exigem tratamento.

Afinal, os autistas vivem no mesmo mundo que todos nós, apenas a forma de se desenvolver é diferente, pois pessoas com TEA precisam de acompanhamento de profissionais especializados. Aliás, nenhuma pessoa se desenvolve como a outra: somos todos diferentes.

6 – Pessoas autistas são incapazes de amar e ter empatia

Embora uma das características mais marcantes do autismo seja a dificuldade na interação social, muitas pessoas diagnosticadas com TEA desenvolvem relações e preocupação com os sentimentos dos outros.

É muito comum que a pessoa sinta e experimente emoções, porém, apresenta dificuldade de nomear, expressar e demonstrá-las. Cada pessoa tem sua maneira de se expressar e trazer sentimentos, isso não quer dizer que alguém é mais ou menos capaz em algo do que o outro.

Autista podem precisar de um suporte maior para demonstrar seus sentimentos, mas isso não os torna menos humanos. Muito pelo contrário, pessoas autistas também precisam aprender a lidar com suas emoções e entender como expressá-las.

7 – Autistas não se desenvolvem intelectualmente, ou seja, não aprendem

O autista possui formas diferentes de aprendizado, todos são capazes de aprender e se desenvolver dentro do seu contexto apropriado.

Encontramos grandes profissionais autistas no mundo desempenhando trabalhos fantásticos, como, por exemplo, a ativista e escritora Temple Grandin.

Com o apoio adequado, intervenções corretas, estratégias personalizadas e compreensão por parte dos educadores, crianças e jovens no espectro alcançam excelentes desempenhos acadêmicos.

8 – Não existe tratamento adequado para o TEA

Na lista de mitos sobre autismo também temos que não existem tratamentos ou estratégias para o desenvolvimento de pessoas com TEA, o que é mentira!

As terapias mais indicadas de tratamento para autismo são aquelas cujas práticas são baseadas em evidências científicas. Isso significa que os pesquisadores forneceram um nível aceitável de pesquisa que mostra que a prática produz resultados positivos para crianças, jovens e ou adultos com TEA.

Existem métodos de intervenção realizados por uma equipe multiprofissional sendo: psicólogos, fonoaudiólogos, médicos e terapeutas ocupacionais. Tudo sempre de acordo com as necessidades individuais e as oportunidades de aprendizagem.

O autismo não é uma doença, por isso não existe cura, mas existem, sim, estratégias baseadas em evidências que auxiliam a pessoa a ter muito mais qualidade de vida.

Lembre-se: a utilização de medicamentos só é prescrita quando existe alguma comorbidade, ou seja, algum outro transtorno associado, e/ou sintomas mais graves que tragam prejuízos a pessoa.

9 – Autista tem que estudar e trabalhar em locais especializados

Autistas podem frequentar espaços regulares. Por exemplo, jovens são capacitados a cursar universidades e adultos a trabalhar no mercado comum.

É possível, no entanto, que uma pessoa diagnosticada com autismo seja incluída em cotas nas universidades, ou trabalhe via PCD (pessoas com deficiência) nas empresas.

Mas não existe nenhum espaço que é destinado apenas para pessoas típicas ou atípicas, isso só reforçaria a ideia de que a neurodivergência precisa estar separada do resto da sociedade.

10 – Autistas são super dotados

Pessoas com autismo muitas vezes apresentam interesses específicos – que chamamos de hiperfoco, o que contribui para a impressão de super inteligência.

Porém, suas capacidades podem ser muito variadas e não são considerados como super dotados. Dizer e esperar que todos os autistas sejam superdotados ou muito inteligentes é reforçar um estereótipo comum no imaginário.

Embora alguns possuam habilidades excepcionais em determinados assuntos, a gama de talentos no espectro é vasta e diversificada. Reconhecer e apoiar os interesses individuais é mais importante do que categorizar todos os autistas sob uma única perspectiva.

11 – Todas as pessoas autistas são iguais

Um dos mitos sobre autismo bastante difundidos é de que “autismo tem cara” ou todos os autistas são iguais. Falar que autismo tem cara e tentar definir uma “aspecto padronizado” para o TEA é redutor e pode levar a estereótipos prejudiciais, já que o espectro autista abrange uma infinidade de indivíduos com experiências e características distintas.

Cada pessoa é única, seja ela típica ou atípica. A diversidade faz parte da condição humana, somos todos diferentes em determinados aspectos, e isso não é diferente no TEA.

São múltiplas as expressões no espectro que vão além do que os estereótipos podem capturar, abrangendo variações significativas em termos de habilidades sociais, comunicação e interesses.

A importância de acabarmos com os mitos sobre autismo

Esses mitos sobre autismo são uma forma de disseminar desinformação, medo e dúvidas em famílias, pessoas cuidadoras e na sociedade. Quando falamos algo desse tipo, estamos reforçando estereótipos sobre o autismo, além de alimentar o preconceito existente contra PCDs.

É importante criarmos espaços de diálogo e conscientização sobre o TEA, para que cada vez mais pessoas se sintam incluídas e possam compartilhar suas experiências, aumentando o contato de outros com o tema.

Dessa forma, conseguimos mostrar que o autismo, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é algo ruim, apenas diferente do imaginado, e que apesar das barreiras e desafios, as oportunidades de aprendizado é um fator fundamental para que crianças no espectro possam se tornar pessoas realizadas e independentes.

Conclusão

Desmistificar os mitos sobre autismo é uma jornada essencial para promover uma compreensão mais profunda e empática do transtorno, e diminuir as fake news espalhadas por aí.

Pais, profissionais de saúde e a sociedade em geral podem, e devem, desempenhar um papel vital ao educar-se sobre o autismo, celebrar a diversidade no espectro e trabalhar juntos para criar ambientes inclusivos e de apoio.

O conhecimento é a chave para quebrar estereótipos e construir uma sociedade mais inclusiva para todos.

Lembre-se que conhecer a fundo uma pessoa diagnosticada com autismo pode trazer um aprendizado especial em nossas vidas. Pessoas autistas precisam e merecem ser acolhidas, cuidadas e estimuladas.

Compartilhe essas informações para desconstruirmos esses e tabus do autismo

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