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Autismo tem cura: Menino deitado em um parque com diversas folhas.

Autismo tem cura? É possível sair do espectro?

Você já se perguntou se autismo tem cura? Essa é uma das principais perguntas de famílias e pessoas cuidadoras que se deparam pela primeira vez com a possibilidade da criança estar no Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A angústia do momento faz com que muitos busquem por soluções milagrosas que vão auxiliar a criança a ter um desenvolvimento típico o mais rápido possível. Aliás, muitos ainda questionam se seria possível que a criança saia do espectro, mesmo após o diagnóstico.

Para te ajudar a entender mais sobre o assunto e responder essas perguntas, este artigo explica sobre o que é autismo, quais os primeiros sinais identificados e também quais as possibilidades de intervenção.


Terapeuta em clínica de autismo. Ela está com menina autista.

Afinal, autismo tem cura ou não?

Para responder a essa pergunta, é preciso retomar a um assunto que já abordamos no nosso blog: autismo não é doença. Assim, não existe cura para o autismo.

Ao contrário disso, o que existem são intervenções que possibilitam à pessoa com autismo se desenvolver, adquirir habilidades sociais e conquistar autonomia e independência.

É importante ressaltar que cada criança é única e tem suas singularidades.

Por isso, é importante que a equipe envolvida nas intervenções trace estratégias e crie um caminho de desenvolvimento identificando as dificuldades de aprendizagem e habilidades de cada uma para alcançar seus objetivos.

Além disso, é essencial que os planos estejam conforme as práticas baseadas em evidências científicas já estudadas e validadas para o autismo.

O que é autismo e como identificar os sinais em crianças?

p>O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que muda como a pessoa vê e interage com o mundo. As principais características que compõem o diagnóstico estão na chamada díade do autismo, ou seja:

  • Dificuldades na interação e comunicação social;
  • Presença de padrões de comportamentos restritos e repetitivos.

Dentro disso, existem inúmeros sinais que precisam ser observados e avaliados pela equipe multidisciplinar para fechar um diagnóstico.

Mas o importante é que muitos sinais de autismo podem surgir ainda nos primeiros meses de vida do bebê. Entre os mais comuns identificados pela família e por especialistas estão:

  • Bebê não faz contato visual ou evita esse tipo de ação mesmo quando uma pessoa está bem próxima e fala com ela;
  • Apresentar resistência ao toque: como abraços e beijos. Isso acontece, porque muitos autistas têm hipo ou hipersensibilidade, e o toque gera desconforto, mas eles são, sim, capazes de demonstrar afeto à sua maneira;
  • A criança tem predileção por objetos que causam indiferença à maioria e brinca com eles ou com brinquedos de forma não usual. Exemplo: virar o carrinho de ponta cabeça e ficar girando as rodinhas;
  • Atraso na fala, notado especialmente próximo aos 2 anos;
  • Criança apresenta repetições comuns: fala com certa frequência as frases que ouve em desenhos ou filmes e que não tem contexto com a comunicação estabelecida no momento;
  • A criança repete movimentos, seja com o corpo ou com a fala. Exemplos disso são ficar estalando o dedo, abanando as mãos ou balançando o corpo.

É possível sair do espectro depois do diagnóstico?

Outro questionamento muito comum das pessoas que têm algum contato com uma pessoa autista é saber se, com ajuda das intervenções, é possível que a pessoa saia do espectro, mesmo após o diagnóstico. Para esta pergunta, a resposta também é não.

Mas, assim como nas terapias para o desenvolvimento, é possível que a pessoa consiga caminhar no espectro e conquistar habilidades novas a cada dia, dentro das suas possibilidades.

Esse não é um caminho linear, e haverá dias muito difíceis, tanto para a pessoa quanto para a família. Mas é preciso persistir e acreditar nas estratégias e na equipe clínica que acompanha a criança.

Além disso, é importante que todos os ambientes e pessoas que têm contato com ela possam identificar e replicar as oportunidades de aprendizagem, garantindo que ela receba estímulos e aprenda todos os dias.

É possível reverter o autismo leve?

Outra dúvida muito comum e pesquisada por pessoas no começo do diagnóstico de autismo e que também tem a mesma resposta, não existe nenhum tipo de “reversão” quando falamos em TEA!

O termo “autismo leve” é frequentemente usado para descrever casos com diagnóstico de nível de necessidade e suporte 1, ou seja, que a pessoa precisa de menos apoio na rotina para realizar ações diárias.

Assim, embora a pessoa consiga realizar mais ações sem apoio, ela continua no espectro autista e pode caminhar dentro dele. É importante que a gente quebre esse mito de que existe algum tipo de cura para autismo ou reversão de “graus de autismo”.

Isso apenas contribui para construção de estereótipos e mitos sobre o transtorno, além de dificultar a acessibilidade de informações verdadeiras e intervenções de qualidade.

Não busque soluções milagrosas para curar o autismo

Num momento de desespero e querendo auxiliar a criança, muitos pais podem chegar a acreditar em soluções milagrosas que prometem fazer com que a criança passe a ter um desenvolvimento considerado típico.

O problema é que muitas destas soluções não têm embasamento científico, já que não é possível curar o autismo. Além disso, elas podem ser extremamente perigosas e fazer a criança correr risco de vida ou serem exorbitantemente caras.

O caminho possível mais indicado por quem conhece e respeita a ciência e a vida de pessoas autistas são as intervenções que vão auxiliá-la a se desenvolver.

Conclusão

Agora você já sabe a resposta para a pergunta: o autismo tem cura e entendeu que ele é um transtorno e não doença, por isso, não existe nenhum tipo de “cura”. É preciso encontrar o apoio correto, intervenções adequadas e entendimentos para a pessoa autista alcançar seu máximo potencial.

A chave está em focar no desenvolvimento de habilidades, na inclusão social e no apoio contínuo, promovendo qualidade de vida para um futuro com muito mais independência e autonomia.

Se você tem dúvidas ou precisa de mais informações sobre o assunto, não hesite em consultar especialistas em autismo e buscar fontes confiáveis, como estudos científicos e instituições de referência. Estamos aqui para ajudar você nisso!

Entre em contato com nossa rede de cuidado e saúde atípica e entenda mais como as intervenções baseadas em evidências podem garantir oportunidades de aprendizagem para sua criança:

Rede de cuidado de saúde atípica

Conheça nosso atendimento para autismo

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