Pesquisar
torne-se
3
especialidades
5
data-curso-360
2
5
07-curso
Dias
Horas
Min
Dias
Horas
Min
Criança posando para fotografia sorrindo. Mostra estar com falta de autonomia em suas brincadeiras.

A falta de autonomia sobre a comunicação atrapalha o desenvolvimento de crianças com TEA?

A falta de autonomia pode ser prejudicial para o bem-estar e o desenvolvimento da criança no espectro autista. É muito importante promover atividades que estimulem a comunicação, e isso não só por meio da fala, pois esses estímulos refletem – principalmente – nas atividades da vida diária.

É importante lembrar que quando falamos sobre a criança se comunicar, não estamos reduzindo essa ação ao “falar” propriamente dito, mas também a comunicação não verbal, onde a criança aponta o dedo, mostra com os olhos, faz caretas, etc; que são formas capazes de transmitir uma mensagem, e que precisam ser trabalhadas ainda nos anos iniciais do pequeno.

E quais são as consequências que a falta de autonomia trazem? É o que vamos abordar neste texto.

O que é autonomia sobre comunicação?

A comunicação é uma das áreas mais comprometidas em uma pessoa com TEA. Ainda na infância, é possível observar a dificuldade em se comunicar, como por exemplo, o atraso na fala, onde a criança demora mais tempo para falar do que se é esperado, baseado, por exemplo, nos marcos do desenvolvimento da fala.

Alguns autistas até conseguem falar palavras e frases curtas, porém isso não quer dizer que eles saibam especificamente o que a palavra significa e/ou consigam transmitir a informação de maneira funcional, ou seja, garantir que o outro entendeu o que de fato eles queiram dizer, dificultando o processo de comunicação com uma terceira pessoa. A criança, por exemplo, pode emitir a palavra “cenoura”, mas sem transmitir uma mensagem, ou fazer um pedido que esteja diretamente ligado à leguminosa.

A autonomia sobre a comunicação acontece quando a criança aprende a se comunicar de forma verbal ou não verbal. Na forma verbal, é estabelecida a autonomia da fala quando a criança consegue:

  • Estabelecer diálogos;
  • Transmitir ou de receber ideias;
  • Compartilhar conhecimentos;
  • Transmitir mensagens;
  • Fazer perguntas;
  • Compartilhar informações.

Já a autonomia na forma de comunicação não verbal acontece quando a criança passa a:

  • Compreender gestos e/ou olhares;
  • Entender que pode se expressar através do choro para indicar que está com dor, ou até mesmo triste;
  • Consegue compreender figuras e desenhos que representam algum sentimento ou ação.

Voltando ao exemplo da palavra “cenoura”, a criança pode aprender por etapas a criar frases a partir do que conhece. Por exemplo, é possível fazê-la compreender que “cenoura” se refere ao alimento mesmo, ou até uma refeição. Mais além: quem sabe também não é a hora de assistir um desenho, que esteja ligado a um personagem animalzinho que se alimenta do legume?

É preciso que a família entenda o porquê de tanta repetição da palavra e em qual situação ela está sendo dita, para que assim possa intervir e ajudar a criança a criar autonomia para se comunicar. E isso tudo é saber reconhecer as singularidades do outro, para que as intervenções sejam feitas de forma adequada, promovendo efeitos positivos.

Quais dificuldades a criança vai encontrar pela falta de autonomia?

A falta de autonomia da comunicação pode trazer consequências para o desenvolvimento e bem-estar da criança autista. Quando não há o suporte e estímulo na área de comunicação, a criança pode se sentir perdida e, principalmente, frustrada por não conseguir ser compreendida ao fazer um pedido, ou até mesmo expressar um sentimento.

A comunicação fortalece a relação de todo ser humano, é através dela que conseguimos nos relacionar com as pessoas de nossa casa, nosso trabalho e em lugares que habitamos de forma rotineira. Assim acontece para a criança, quando ela utiliza a autonomia da comunicação para se expressar com a pessoa cuidadora, com os amigos na escola, os professores e em momentos preciosos de brincadeira e troca.

Afastar a criança desse espaço de aprendizagem, e evitar que ela explore a fala e a linguagem, pode afetar diretamente no desenvolvimento psicossocial da criança. Além de tudo isso, a autonomia em atividades da vida diária pode não acontecer, e ela se tornará completamente dependente de um “agente tradutor” (nesse caso pode ser a própria pessoa cuidadora, ou um irmão), que interpreta cada palavra ou gesto confuso que possa vir a surgir.

Como estimular a autonomia na comunicação de uma criança autista?

Já entendemos o quanto é prejudicial à falta de autonomia na comunicação, mas como posso ajudar a minha criança a se desenvolver? Um importante passo é procurar um profissional da fonoaudiologia que vai acolher e entender os pontos principais que precisam ser trabalhados na comunicação da criança.

Afinal, a fonoaudiologia no autismo tem a função de ajudar, principalmente, na área da comunicação, como o desenvolvimento da fala, a audição, a linguagem escrita, além de auxiliar a reconhecer expressões faciais, que também são uma forma de comunicação!

Mas não só na comunicação, viu? Os fonoaudiólogos auxiliam em atividades da vida diária também, como:

Podendo se estender para outras funções, auxiliando na qualidade de vida quando se trata de problemáticas envolvendo a:

  • Deglutição (ato de engolir);
  • Respiração;
  • Mastigação.

O profissional é responsável pela promoção da saúde, prevenção, avaliação e diagnóstico, orientação, terapia (habilitação e reabilitação), e pode também se dedicar no campo de ensino, pesquisa e áreas administrativas.

Quanto às dicas que você cuidador pode incluir no dia a dia, que vão reforçar todas as intervenções desenvolvidas pela fonoaudiologia, são:

Fortaleça a comunicação

Sempre que possível, reforce com a criança a importância da comunicação para expressar um pedido, um desejo ou um sentimento. Reforce sempre, por exemplo: “filho, o que você quer? Aponte pra mim ou tente me dizer o que deseja”, assim que a criança responder, seja verbal ou não-verbal, reforce a ideia do pensamento: “ah, você quer comer? Então pode me dizer ‘estou com fome’, assim vou entender”.

Aposte na comunicação visual

Os suportes visuais são um ótimo recurso para auxiliar a criança a desenvolver autonomia na comunicação e melhorar a interação com a família. Ele é um aliado como instrumento de rotina, assim a criança pode se expressar quando precisa de ajuda para cumprir algumas tarefas da vida diária, como escovar os dentes, ir ao banheiro, etc. Quando a criança tem previsibilidade da rotina, e entende o que precisa fazer, facilita a interação com a pessoa cuidadora, principalmente na hora de solicitar alguma ajuda.

Estimule o lazer social

Entenda o que a criança gosta de fazer, e com que atividades se identifica. Se ela gosta de ouvir histórias, um passeio por uma livraria que possui contação de histórias pode ser um ótimo estímulo para desenvolver o lado lúdico da criança, além de gerar identificação, ela é estimulada pela imagem do livro, fala e expressões da pessoa contadora de histórias. Além de, é claro, estar em um ambiente de socialização.

Classifique itens e ações

Fortaleça as informações da rotina da criança, com as ações rotineiras que ela precisa cumprir, desde atividades da vida diária, ou até mesmo o processo antes da ida para a escola. Você também pode criar um quadro de rotina com algumas atividades que ela faz na escola, para que ela possa compreender a importância de seguir uma rotina estruturada para seu desenvolvimento.

Em nosso blog falamos sobre intervenções para crianças no espectro autistas, que resultam em um desenvolvimento mais saudável e eficaz, sempre

baseadas em evidências científicas. Se você quer saber mais, acesse nossos conteúdos clicando no botão abaixo.

Blog Genial

Conheça nosso atendimento para autismo

Esse artigo foi útil para você?

MEC: novas diretrizes para educação de crianças com autismo Just Dance + 3 jogos virtuais para conscientização da neurodiversidade Pessoas com TEA tem direito ao Benefício de prestação continuada (BPC)? 20/10 | Dia Mundial de combate ao Bullying Diagnóstico de autismo: por onde começar? Bradesco Saúde: novo plano de saúde parceiro da Genial Care Apraxia da fala: como ela impacta pessoas autistas? 4 Sinais de AUTISMO em bebês 13/10: dia do terapeuta ocupacional Dia mundial da Saúde Mental Jornada da Terapia Ocupacional – Integração Sensorial 29/10 – ONLINE Debate sobre neurodivergência na Alesp: veja como foi 21/09: Luta Nacional das Pessoas com Deficiências (PCDs) Rock in Rio: sala sensorial para pessoas autistas e com deficiências ocultas Omint: novo plano de saúde parceiro da Genial Care O que é rigidez cognitiva? Como usamos a CAA aqui na Genial Care? Dia do Psicólogo: entenda a importância do profissional no autismo Psicomotricidade: saiba o que é e qual sua relação com Autismo 3 séries sul-coreanas sobre autismo pra você conhecer! 5 atividades extracurriculares para integração social de crianças no TEA Existe reembolso para autismo pelo plano de saúde? Como ajudar crianças com TEA a treinar habilidades sociais? Câmara aprova projeto que visa contratação de pessoas autistas O que é Integração sensorial de Ayres? Olimpíadas 2024: conheça a história e atletas com TEA Dia Mundial de Conscientização da Síndrome do X Frágil Dia Nacional do Futebol: inclusão e emoções das pessoas com TEA Se o autismo não é uma doença, por que precisa de diagnóstico? Aprovado Projeto de Lei que obriga SUS aplicar a escala M-CHAT em crianças de 2 anos Dia mundial do Rock: conheça 5 bandas com integrantes autistas Como aproveitar momentos de lazer com sua criança autista? Senado: debate público sobre inclusão educacional de pessoas com TEA Emoções no autismo: saiba como as habilidades emocionais funcionam Dia do cinema nacional: conheça a Sessão Azul Por que precisamos do Dia do Orgulho Autista? Conheça o estudo retratos do autismo no Brasil 2023 | Genial Care Dia Mundial do Meio Ambiente: natureza e a interação de crianças TEA Pessoas com TEA tem direito ao Benefício de prestação continuada (BPC)? Cássio usa camiseta com número em alusão ao Autismo Marcos Mion visita abrigo que acolhe pessoas autistas no RS Existem alimentos que podem prejudicar a saúde de pessoas autistas? Escala M-CHAT fica de fora da Caderneta da Criança O que são níveis de suporte no autismo? Segunda temporada de Heartbreak High já disponível na Netflix Símbolos do autismo: Veja quais são e seus significados Dia Mundial de Conscientização do Autismo: saiba a importância da data Filha de Demi Moore e Bruce Willis revela diagnóstico de autismo Brinquedos para autismo: tudo que você precisa saber! Dia internacional das mulheres: frases e histórias que inspiram Meltdown e Shutdown no autismo: entenda o que significam Veja o desabafo emocionante de Felipe Araújo sobre seu filho autista Estádio do Palmeiras, Allianz Parque, inaugura sala sensorial Peça teatral AZUL: abordagem do TEA de forma lúdica 6 personagens autistas em animações infantis Canabidiol no tratamento de autismo Genial Care recebe R$ 35 milhões para investir em saúde atípica Autismo e plano de saúde: 5 direitos que as operadoras devem cobrir Planos de saúde querem mudar o rol na ANS para tratamento de autismo Hipersensibilidade: fogos de artifício e autismo. O que devo saber? Intervenção precoce e TEA: conheça a história de Julie Dutra Cezar Black tem fala capacitista em “A Fazenda” Dia do Fonoaudiólogo: a importância dos profissionais para o autismo Como é o dia de uma terapeuta ocupacional na rede Genial Care? O que é rigidez cognitiva? Lei sugere substituição de sinais sonoros em escolas do Rio de janeiro 5 informações que você precisa saber sobre o CipTea Messi é autista? Veja porque essa fake news repercute até hoje 5 formas Geniais de inclusão para pessoas autistas por pessoas autistas Emissão de carteira de pessoa autista em 26 postos do Poupamento 3 torcidas autistas que promovem inclusão nos estádios de futebol Conheça mais sobre a lei que cria “Centros de referência para autismo” Como a Genial Care realiza a orientação com os pais? Dia das Bruxas | 3 “sustos” que todo cuidador de uma criança com autismo já levou Jacob: adolescente autista, que potencializou a comunicação com a música! Síndrome de asperger e autismo leve são a mesma coisa? Tramontina cria produto inspirado em criança com autismo Como a fonoaudiologia ajuda crianças com seletividade alimentar? Genial Care Academy: conheça o núcleo de capacitação de terapeutas Como é ser um fonoaudiólogo em uma Healthtech Terapeuta Ocupacional no autismo: entenda a importância para o TEA Como é ser Genial: Mariana Tonetto CAA no autismo: veja os benefícios para o desenvolvimento no TEA Cordão de girassol: o que é, para que serve e quem tem direito Como conseguir laudo de autismo? Conheça a rede Genial para autismo e seja um terapeuta de excelência Educação inclusiva: debate sobre acompanhantes terapêuticos para TEA nas escolas Letícia Sabatella revela ter autismo: “foi libertador” O que é discalculia e qual sua relação com autismo? Rasgar papel tem ligação com o autismo? Quem é Temple Grandin? | Genial Care Irmãos gêmeos tem o mesmo diagnóstico de autismo? Parece autismo, mas não é: transtornos comumente confundidos com TEA Nova lei aprova ozonioterapia em intervenções complementares Dicas de como explicar de forma simples para crianças o que é autismo 5 livros e HQs para autismo para você colocar na lista! Como é para um terapeuta trabalhar em uma healthcare? Lei n°14.626 – Atendimento Prioritário para Pessoas Autistas e Outros Grupos Como fazer um relatório descritivo?