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duas crianças brincando no chão com peças de tangram

Tangram: um quebra-cabeça milenar que ajuda crianças com autismo

Hoje em dia, utilizar brinquedos e suportes visuais divertidos nas intervenções para pessoas autistas é mais comum do que imaginamos. Um clássico brinquedo utilizado nas sessões é o Tangram.

Também conhecido como “quebra-cabeça chinês”, ele é composto por sete peças geométricas, que oferecem uma infinidade de possibilidades para criar formas surpreendentes!

Neste artigo, exploraremos como o Tangram tem sido uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento de habilidades, especialmente em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Confira!

História do Tangram

imagem de tangram de madeira

O tangram é um quebra-cabeça bem antigo de origem chinesa, utilizado desde mesmo na época do Grande Império Chines.

Apesar de não ter uma data precisa sobre o surgimento do tangram, há registros nos livros chineses sobre o uso do quebra-cabeça a partir do século XVII. Entretanto, sua popularização ganhou força após o contato com países da Europa, que se apaixonaram pelas possibilidades das formas do tangram.

Ao todo, ele possui sete peças com diversas formas geométricas (como triângulos, retângulos e quadrados), que podem ser exploradas com infinitas combinações, gerando inúmeras formas ao serem encaixadas uma ao lado da outra.

O tangram era bem popular nas “brincadeiras de rua”, gerando até mesmo pequenas competições entre amigos e familiares.
No livro originário do tangram, é possível observar o exemplo de mais de 1700 figuras, dentre elas principalmente animais, porém, hoje em dia já foi registrado a possibilidade de compor mais de 5000 figuras distintas.

Hoje em dia, além de divertir, o tangram é usado em sala de aula por professores de matemática, geometria e até educação artística.

Quais habilidades o uso do Tangram pode desenvolver em autistas?

mão de criança brincando com peças coloridas

Além de ser uma valiosa ferramenta para o aprendizado de matemática e geometria, o Tangram oferece uma gama de benefícios, incluindo o desenvolvimento motor e cognitivo das pessoas autistas.

O ato de manipular e combinar suas sete peças geométricas não só estimula o raciocínio lógico, mas também aprimora a coordenação motora fina.

A coordenação motora fina, que envolve a habilidade precisa, delicada e coordenada dos pequenos músculos, especialmente das mãos, é aprimorada de forma notável com o Tangram.

Essa habilidade não apenas melhora o desempenho no quebra-cabeça, mas também tem um impacto significativo em outras habilidades, como:

  • Recorte;
  • Desenho;
  • Pintura;
  • Alimentação (manuseio de talheres);
  • Escovação dos dentes e
  • Escrita.

Além disso, o Tangram estimula o desenvolvimento da orientação espacial, ajudando as pessoas a compreender as relações no espaço que as rodeia. Ele ensina a distinguir o que está à direita ou à esquerda, à frente ou atrás, acima ou abaixo, bem como noções de paralelismo, entre outras.

Quando incorporado à sala de aula, o Tangram não apenas aprimora o aprendizado individual, mas também promove interações sociais valiosas entre alunos neurotípicos e neuroatípicos.

O trabalho colaborativo em grupos permite uma exploração mais rica e ampla das possibilidades de criação.

Uma característica notável do Tangram é a maneira como ele desafia a criatividade. Suas peças geométricas podem representar figurativamente animais ou personagens, mas de maneira não convencional.

Um coelho pode ser formado com um triângulo, por exemplo, estimulando a imaginação e incentivando a “pensar fora da caixa”.

Além disso, o Tangram promove a generalização, permitindo que as mesmas peças sejam combinadas de várias maneiras para representar o mesmo objeto ou ação de diferentes formas.

Isso estimula a flexibilidade cognitiva e a capacidade de ver a variedade de possibilidades em qualquer situação.

Portanto, o Tangram não é apenas um quebra-cabeça chinês, mas uma ferramenta multifacetada que desencadeia o desenvolvimento motor, cognitivo e criativo, com benefícios que vão além das peças geométricas que o compõem.

Tangram como suporte visual em casa

O tangram pode ser utilizado dentro de casa, sem a necessidade dessa imersão na área de exatas, apenas como um momento lúdico, que promove e estimula a imaginação da pessoa com TEA.

Isso justamente por suas peças coloridas de diversas formas serem utilizadas como um suporte visual, por exemplo: a família pode contar uma história a partir das figuras que surgirem, oferecendo ainda mais espaço para a imaginação!

Quais brinquedos são indicados para autismo?

Existem outros brinquedos para o autismo que também fortalecem o processo de aprendizagem, minimizam comportamentos desafiadores e ajudam na regulação emocional durante comportamentos desafiadores, como, por exemplo, as crises.

Quando o assunto é comprar ou escolher brinquedos para pessoas no espectro, é preciso observar os interesses, gostos pessoais e senso de identificação.

Vale ressaltar que não existe uma diferença entre brinquedo para crianças neurotípicas e brinquedos para crianças atípicas; brinquedo é brinquedo.

Aqui em nosso blog temos um conteúdo específico sobre brinquedos para crianças no espectro.

Conclusão

O tangram não é apenas uma fonte de diversão, mas uma valiosa ferramenta para o desenvolvimento de habilidades em pessoas autistas!

Desde sua história intrigante até suas capacidades de estimular a imaginação e promover interações sociais significativas, o tangram oferece uma jornada única de descoberta. Além disso, pode ser um suporte visual lúdico em casa.

Dessa forma, o tangram destaca-se como uma ferramenta versátil que continua a desbloquear potenciais ocultos e inspirar a criatividade em crianças e adultos no espectro autista.

Quer aprender mais sobre formas de desenvolvimento através de brincadeiras? Acesse o conteúdo em nosso YouTube:

Conheça nosso atendimento para autismo

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