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“Mas ele nem parece autista”: Veja 5 expressões capacitistas para tirar do vocabulário

Você já ouviu falar em expressões capacitistas? Esses termos que, infelizmente, fazem parte do vocabulário de muitas pessoas, estão relacionados com falas discriminatórias e preconceituosas como forma de se dirigir a pessoas com deficiência ou neurodivergentes.

Mas, felizmente, ao longo dos anos acompanhamos a evolução das discussões sobre inclusão, diversidade e discriminação, e como a extinção dessas falas ajuda na reflexão sobre as atitudes da sociedade para a criação de ambientes mais seguros.

Por isso é tão importante entender que expressões como “Mas ele nem parece autista” precisam ser abolidas do vocabulário, ajudando na revisão de ditados ofensivos para determinadas comunidades, e criando espaços de representatividade e informações verdadeiras para uma população mais consciente.

Para ajudar você a entender o que é capacitismo e quais expressões cortar do seu dia a dia, criamos esse conteúdo completo sobre o tema. Acompanhe a leitura!

O que é capacitismo?

Por definição, o capacitismo é a descriminalização de pessoas com deficiência (PCD) — seja ela física ou mental — com um olhar de superioridade, como se elas fossem incapazes ou tivessem menos valor como pessoas. Dessa forma, usar de expressões capacitistas é manifestar um preconceito social por suposição.

Geralmente, a principal característica do capacitismo é o uso de termos, falas ou expressões que pretendem inferior PCDs se comparados com pessoas neurotípicas. Pode ser que muitas pessoas que usam essas expressões capacitistas nem saibam, mas essas falas são uma forma de opressão.

Isso acontece porque muitas vezes essas expressões associam as deficiências a fatos negativos, como forma de ofender ou diminuir alguém. Precisamos lembrar que o capacitismo atinge PCDs de maneiras diferentes, desde limitar o acesso inclusive a direitos básicos até mesmo criar novas barreiras para que eles possam realizar atividades de forma independente.

Além disso, essas falas discriminatórias ajudam a tratar pessoas como incapazes, dependentes, infantilizando e até mesmo tirando a voz que elas têm para comunicar suas vontades e necessidades.

Portanto, eliminar essas palavras, expressões e frases do nosso vocabulário é uma forma de ajudar a construir ambientes mais respeitosos, inclusivos e diversos!

5 Expressões capacitistas para excluir do seu dia a dia

1. Ele nem parece autista

Infelizmente essa é uma expressão capacitista bastante ouvida por autistas, seus familiares ou pessoas cuidadoras. Mas, precisamos entender que é algo bastante inadequado e cruel de ser dito.

Essa fala é capaz de invalidar todas as dificuldades e barreiras que autistas e suas famílias têm. Precisamos lembrar que: não existe característica diagnóstica que seja física e o laudo não é feito pela aparência de alguém.

Por isso, não existe uma “cara” para autismo, não existe autismo melhor ou pior. O que existe são níveis de necessidade e suporte diferente, além das individualidades e unicidades de cada pessoa no espectro.

2. Falar que alguém está “muito autista”

Essa é uma expressão que as pessoas usam para definir um comportamento de distração, ausência ou isolamento. Usar o nome de um diagnóstico ou transtorno como uma característica física de forma pejorativa reforça estereótipos que pessoas com autismo são imperfeitas, incapazes ou distantes emocionalmente.

Não queremos isso! Ser autista não é uma coisa ruim, mas sim ser diferente em alguns aspectos. Além disso, essa ideia de que todo autista é igual e distante, é totalmente errada. Cada pessoa apresentará sinais diferentes e terá seu próprio repertório social.

3. Fingir demência

Assim como o autismo, a demência também é um diagnóstico médico. Ela se refere a perda geral das habilidades mentais de uma pessoa, como linguagem, raciocínio e memória.

Então, usar de um laudo como característica diminutiva ao falar de uma situação no qual algo não foi compreendido, é uma forma de expressar o capacitismo. O ideal é trocar essa expressão por frases como: “se fingir de desentendido”.

4. Retardado

Historicamente, essa palavra está associada a uma forma pejorativa de tratar pessoas com deficiência intelectual. Portanto, usar esse termo para se definir quando alguém faz algo de “errado” ou para xingar e ofender é uma forma clara de manifestar preconceito, reforçando essa ideia de superioridade entre pessoas típicas e atípicas.

É importante pararmos de criticar a capacidade de outras pessoas, e até nós mesmas, entendendo que todo mundo erra e que precisa existir espaço para avaliar e aprender.

5. Dar uma de João sem braço

Não ter um braço, ou qualquer outra parte do corpo, é uma condição física e não comportamental. Dessa forma, isso não significa que uma pessoa é mais ou menos disposta a ajudar ou a assumir alguma responsabilidade.

Essa é uma das expressões capacitistas mais fáceis de eliminar do seu vocabulário, basta dizer que alguém “deixou de fazer algo” ou “fugiu da responsabilidade”.

Expressões capacitistas ajudam a reforçar uma falsa “normalidade”

Esses são apenas alguns exemplos comuns que ainda ouvimos no nosso dia a dia. É muito importante entendermos o porquê essas falas são prejudiciais e verbalizam capacitismo na nossa sociedade.

Falar que alguém nem parece PCD, ou que algo é normal ou anormal é uma forma de reforçar que ter um transtorno ou deficiência é algo ruim e que deve ser escondido.

Precisamos expandir as conversas sobre acessibilidade, inclusão e diversidade para que a sociedade entenda cada vez mais que não existe algo normal, mas sim diferente da expectativa do outro.

Já falamos aqui que todas as pessoas são capazes de aprender e da potencialidade de encontrar oportunidade de aprendizado. Por isso, excluir essas falas é uma forma de diminuir barreiras e dar espaço para o desenvolvimento humano.

Em nosso blog já fizemos um conteúdo sobre como melhorar a comunicação entre pessoas neurotípicas e atípicas que pode ajudar nesse processo, acesse e confira:
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