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Você sabe o que é recusa escolar? Esse é um comportamento muito comum em crianças, típicas ou atípicas, que sentem uma angústia relacionada ao ambiente educacional e não querem mais ir para a escola de jeito nenhum.
Quando falamos de famílias atípicas, esse pode ser um momento ainda mais delicado, já que essa recusa escolar pode estar diretamente relacionada a ansiedades, estresse infantil e crises.
Isso porque muitas crianças no espectro apresentam dificuldades de interação e comunicação social, fazendo com que a inclusão na escola seja ainda mais demorada.
Além disso, esse momento representa uma separação da família, pais e pessoas cuidadoras, espaço onde a criança se sente mais segura, confortável e amparada. Por isso, é muito importante entender como lidar com esse comportamento e garantir um aprendizado saudável para pessoas autistas.
Para ajudar, neste texto separamos algumas informações importantes sobre como manejar essa vontade de não ir à escola. Acompanhe na leitura!
O que pode causar a recusa escolar?
Primeiro, é importante entender que existe uma diferença entre a recusa escolar e uma vontade de não ir à aula em dias específicos. Quando a criança autista manifesta angústia real, ansiedade, estresse e até sinais físicos, é hora de entender com mais atenção o que está acontecendo.
Essa sensação ligada à recusa escolar pode ir crescendo e variando, até gerar um agravamento emocional maior, que impeça a criança de sair de casa, dificultando sua interação social e desenvolvimento de habilidades para uma vida autônoma.
É bastante comum esse desejo de não ir à escola aparecer após longos períodos longe do ambiente escolar, como início do ano letivo, mudança de instituição e volta de férias, por exemplo.
Além disso, podem existir outros motivos ligados a falta de vontade do seu filho de ir para escola, como:
- Bullying;
- Sentir-se sobrecarregado com atividades;
- Mudanças de sala ou turma;
- Falta de segurança naquele ambiente;
- Espaço com muitas pessoas ou estímulos.
Dessa forma, a manifestação da recusa escolar pode ser uma forma do pequeno comunicar que está evitando a escola por algum motivo específico.
Recusa escolar: o que fazer nessa situação?
A recusa escolar é um dos fatores que mais distanciam as crianças da escola, e por isso é muito importante entender como lidar com ela, sempre contando com o apoio dos profissionais de educação desse espaço.
Para crianças com autismo, pode ser ainda mais difícil manifestar verbalmente o que está acontecendo. Por isso, é importante conhecer algumas estratégias que podem ajudar a identificar o motivo por trás desse distanciamento.
Mas lembre-se: manter o diálogo com a escola e a equipe multidisciplinar que acompanha o desenvolvimento da criança é fundamental. Esses profissionais podem, e devem, ajudar com ações que vão ser benéficas nessa situação.
1. Ouça a criança e entenda os motivos
A comunicação é peça-chave quando estamos falando com situações desafiadoras em famílias atípicas. Por isso, caso a recusa escolar seja frequente, esteja disponível para conversar com a criança e entender seus motivos de resistência, isso ajudará a pessoa autista a ter mais confiança e comunicar dificuldades.
2. Transmita segurança
Nesses momentos desafiadores é muito importante manter a calma e conseguir transmitir confiança e segurança para a criança. Dessa forma, incentivá-la a vivenciar o ambiente escolar da melhor forma possível, perguntando sobre como está indo o aprendizado e potencializando a busca pelo conhecimento.
3. Estimule o contato com professores
Acolhimento e conforto entre professores e alunos é fundamental para criança um laço de confiança no ambiente escolar. Portanto, permite e estimule que o pequeno tenha esse contato, sempre com muito carinho e respeito. Isso o ajudará a se sentir seguro e protegido na escola.
4. Esteja presente na vida escolar
A participação da família no ambiente escolar é muito importante para o desenvolvimento da criança. Por isso, sempre que possível, procure se envolver nas atividades e estimule o convívio e proximidade nesse sentido. Assim, seu filho também estará mais motivado a descobrir tudo que a escola pode oferecer.
5. Não faça que o momento em casa seja mais atraente que ir à escola
Em momentos em que a criança está em casa ao invés da escola, é importante que ela entenda que não ficará o dia todo brincando ou assistindo televisão, por exemplo. É benéfico que ela saiba que a escola é importante para o seu desenvolvimento e essa troca não será algo frequente.
Lembre-se: essas são apenas algumas dicas que podem ajudar nesse momento. Não existe nenhuma receita perfeita, já que cada criança é única e vive uma experiência diferente. O essencial é respeitar os limites da criança, entender seus motivos e criar um espaço seguro para trocas!
A escola é um espaço que a pessoa no espectro precisa frequentar, já que ela proporciona o desenvolvimento cognitivo e da comunicação, além de contribuir para o convívio social.
Por isso, é importante que a família busque uma escola com profissionais capacitados e tenha uma troca constante com todos que estão envolvidos na educação da criança.
Aqui em nosso blog temos um conteúdo completo sobre adaptação escolar e como ajudar a criança autista nesse momento, vale ler:
2 respostas para “5 dicas para lidar com a recusa escolar em crianças autistas”
Meu filho estava indo muito bem para escola e de repente não quer ir mais ele tem autismo o que faço
Olá, Lilian. Como vai você? Esperamos que muito bem!
Lilian, a recusa escolar pode ser um grande desafio. É importante entender que essa resistência pode ter diversas causas, desde dificuldades sensoriais até questões sociais ou de aprendizado.
O primeiro passo é tentar identificar a causa:
– Converse com seu filho: tente entender os motivos da recusa, mesmo que a comunicação seja desafiadora. Use recursos visuais, como desenhos ou pictogramas, para facilitar a expressão;
– Converse com a escola: mantenha uma comunicação aberta com os professores e equipe escolar. Eles podem fornecer percepções sobre o comportamento do seu filho na escola e sugerir estratégias.
Esperamos ter ajudado.