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duas mulheres aparecem brincando com uma criança em frente a uma mesa de vidro com varios blocos coloridos

Como ajudar uma criança autista? Confira 9 dicas para realizar em casa

Uma das maiores preocupações da família de uma criança autista é sobre o desenvolvimento, pensando em situações futuras e como eles poderão se tornar cada vez mais independentes e autônomos em suas rotinas.

Esse é um sentimento bastante comum de muitas famílias, independente do momento em que ela está, seja de descoberta de um diagnóstico, onde os desafios são muito grandes, até uma rotina mais estruturada com um autista já adulto.

É importante que as pessoas cuidadoras entendam que são agentes de transformação na vida de pessoas autistas, atuando como peças fundamentais na contribuição do desenvolvimento de jovens e crianças com TEA.

Nesse aspecto, conseguimos criar oportunidades de estímulos em todos os momentos, fora do é proposto nas intervenções terapêuticas e ambientes clínicos, buscando colocar em prática ações do dia a dia que possam ajudar no desenvolvimento dentro do núcleo familiar e no ambiente da casa.

Pensando nisso, 3 profissionais do nosso time clínico separaram dicas para ajudar você a estimular e ajudar no desenvolvimento da criança autista dentro de casa: Thalita Sanchez, terapeuta ocupacional, Caroline Rorato, coordenadora ABA e Victória Girão, coordenadora de fonoaudiologia.

Como faço para ajudar meu filho autista no seu desenvolvimento?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social e pela presença de padrões de comportamentos restritos e repetitivos. Por isso, além de trazer dificuldades nas interações sociais, ele também muda a forma como a pessoa no espectro percebe e se comunica com o mundo.

Dessa forma, as intervenções para autismo são a maneira mais assertiva de garantir que o indivíduo diminua as possíveis barreiras no repertório e potencialize o desenvolvimento de habilidades. Com uma equipe multidisciplinar, é possível ter estratégias compostas por profissionais de áreas diversas, alinhados em conquistar objetivos semelhantes e complementares no tratamento de uma mesma pessoa.

Mas elas não podem se limitar apenas ao espaço clínico, e a família precisa garantir que ambientes como a casa, escola e espaços de lazer, também funcionem como oportunidades de aprendizagem, já que esses estímulos, em diferentes ambientes, ajudam no aprendizado, uma vez que pessoas autistas podem apresentar dificuldade de generalização.

Já que quando falamos de desenvolvimento de novas habilidades, ela é uma peça fundamental para que os comportamentos aprendidos sejam mantidos ao longo do tempo de maneira autônoma.

Conheça 9 dicas de como ajudar uma criança autista

Sabemos que é fundamental entender a individualidade de uma criança autista, mas é muito importante também lembrarmos que cada criança tem um perfil específico já avaliado pela equipe que acompanha o desenvolvimento dela.

Por isso, é essencial alinhar todas as dicas com essa equipe antes de colocar em prática, entendendo se isso se encaixa na rotina, repertório e perfil de aprendizado dessa criança.

Banner sobre a Rede Genial de terapeutas com mulher acompanhando uma criança em suas brincadeiras.

Dicas de Terapia Ocupacional

A Terapia Ocupacional é um campo de conhecimento de intervenção em saúde, educação e esfera social que foca na autonomia de pessoas que apresentam dificuldades na participação e inclusão da vida social.

Seu objetivo principal é promover, manter e desenvolver habilidades necessárias para que pessoas com TEA possam se adaptar de forma funcional ao dia a dia em diferentes ambientes.

Para ajudar pais com filho autista, a terapeuta ocupacional da Genial Care, Thalita Sanchez, separou 3 dicas que você pode aplicar no dia a dia da sua família.

  1. Caça ao tesouro: use potes de diferentes aberturas para retirar peças de brinquedos, quebra-cabeças e outros objetos que sejam reforçadores para a criança. Essa atividade pode contribuir para o desenvolvimento da integração motora bilateral (uso das duas mãos), graduação de força, motricidade fina e coordenação olho-mão.
  2. Circuito motor: você pode elaborar um caminho utilizando materiais que tem em casa, como, por exemplo: almofadas, puffs, cadeira e sofá. Com esse espaço é possível estimular a subida, descida, pulos e o engatinhar. Essa é uma brincadeira que além de muito divertida, auxilia no desenvolvimento motor e práxis (ideação, planejamento e execução motora)
  3. Utilização dos talheres: que tal proporcionar momentos de utilização independente com os talheres na hora da comida? Aqui é possível usar a colher para comer um danone, garfo para espetar frutas cortadas, faca sem serra para cortar alimentos macios, sempre com supervisão constante. Essa atividade vai promover um grau maior de independência em uma atividade de vida diária, que é a alimentação.

Além disso, um ponto reforçado pela Thalita é o de usar atividades da vida diária para criar oportunidades de aprendizado e desenvolvimento de habilidades. Essas são ações recorrentes e que podem ser exploradas com pouco esforço para promover independência e estimular hábitos saudáveis.

“Deixe que a criança escove os dentes dela, mesmo que não seja uma escovação completa, permitindo que ela explore a boca, a escova, a pasta de dente. Essa é uma atividade que ajuda a promover independência e estimular as habilidades da escovação.”

Dicas de Fonoaudiologia

A Fonoaudiologia é a especialidade que trabalha com diferentes aspectos da comunicação humana, focando em diminuir barreiras de linguagem e distúrbios da fala. Seu principal objetivo é ajudar pessoas a se comunicarem de maneira mais funcional, auxiliando na qualidade de vida e bem-estar.

Quando pensamos na fonoaudiologia no autismo, estamos falando de profissionais que integram a equipe multidisciplinar visando viabilizar a comunicação, especialmente a aquisição e o desenvolvimento da linguagem, além de habilitar e reabilitar, quando necessário, aspectos relacionados à audição, alimentação e voz.

A coordenadora de fonoaudiologia da Genial Care, Victória Girão, também separou 3 dicas que você pode aplicar no dia a dia do seu filho autista.

  • 4. Crie situações para que a sua criança tenha a oportunidade de fazer pedidos: você pode colocar itens de preferência (objetos, brinquedos, fruta, por exemplo) em um local que ela não consiga pegar sem precisar da sua ajuda. Ao perceber que ela está tentando fazer isso, se aproxime e aguarde ela te chamar para pegar o item. Nesse momento ajude a criança a apontar e diga a ela o nome do objeto e/ou “me ajuda”. Dessa forma, é possível favorecer o entendimento da criança de você como um parceiro de comunicação que ela pode recorrer para pedir ajuda sempre que precisar, fazer pedidos de coisas que deseja alcançar e/ou compartilhar outras informações.
  • 5. Nomeie itens enquanto faz tarefas: Enquanto você e seu filho autista estão fazendo tarefas que participam normalmente juntos em casa, obtenha a atenção dele e nomeie o que vocês estão fazendo (principalmente os itens/objetos). Por exemplo: Enquanto você o ajuda a tomar banho, descreva as ações: “Estou lavando o seu pé”, “Vou abrir o chuveiro”. Dessa forma, estamos oferecendo oportunidade de ampliar o vocabulário (conhecimento das palavras) da criança.
  • 6. Estímulo à participação na rotina de casa: sempre que possível, peça ao seu filho que participe das rotinas da casa e ofereça a ele oportunidades de compreender ações simples que estão sendo pedidas. Por exemplo: Chame-o para montar a mesa do almoço. Ofereça a instrução: “Pegue/pega a colher!”. Outro exemplo pode ser o momento da escolha da roupa que seu filho vai usar: “Pegue a calça”. Depois de usar os brinquedos, solicite: “Guarda a bola na caixa”. Dessa forma, você consegue estimular a compreensão (ou entendimento) das palavras que estão sendo ditas com frequência para ele.

Dicas de ABA

A ABA (Análise do Comportamento Aplicada) é a ciência da aprendizagem utilizada como embasamento para o atendimento de pessoas com transtornos do desenvolvimento como, por exemplo, o autismo. Seu foco está em promover o ensino de novas habilidades e a ajuda a lidar com comportamentos desafiadores.

Por meio dessa ciência, os profissionais analisam o comportamento de uma pessoa, entendendo como e porque eles acontecem, observando assim quais são as influências ambientes que se relacionam com esses comportamentos e como é possível criar estratégias para ensinar novas habilidades.

A coordenadora de ABA da Genial Care, Caroline Rorato, também separou 3 dicas que você pode aplicar no dia a dia do seu filho autista para ajudar no desenvolvimento.

  • 7. Previsibilidade é tudo: é muito importante para a criança autista entender como vai ser o dia dela, se puder adicionar imagens nesse aspecto, com um suporte visual, melhor ainda. Caso tenha um evento diferente na rotina, conte como vai ser, mostre fotos, quem vai estar, como vão se locomover até lá. Quanto mais previsibilidade, melhor.
  • 8. Ofereça modelos de fala durante ações: caso note uma dificuldade de fala, tente dar um modelo de exemplo do que a criança está querendo dizer. Por exemplo, se você entregou um brinquedo e ela empurrou com a mão, você pode verbalizar a frase modelo: “não quero mamãe” e dizer que entendeu o que ela está comunicando. Aqui também é muito importante dar o entendimento de gestos sociais, sinalizando junto da fala, como: oi, tchau, vem, espera, não, sim, etc.
  • 9. Deixe os brinquedos disponíveis: quando deixamos tudo guardado e arrumado, diminuímos o contato e consequentemente a motivação das crianças com os brinquedos ou objetos que podem ser itens de aprendizado durante o dia. Além disso, é interessante deixar os itens à mostra em caixas transparentes, estimulando que ele peça por eles, apontado ou verbalizando.

Se você é pai, mãe ou cuidador de um filho autista e está procurando intervenções para ajudar no desenvolvimento da criança autista, nós podemos ajudar. Acesse o banner abaixo e preencha o nosso formulário de serviço para conhecer um pouco mais sobre a Genial Care.

Conheça nosso atendimento para autismo

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