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O acompanhante terapêutico escolar ou AT, como é popularmente conhecido, é um profissional muito importante para o desenvolvimento e aprendizagem de crianças com autismo, já que através da sua formação consegue favorecer a inclusão pedagógica e social.
Isso porque, a jornada de desenvolvimento de uma criança com autismo pode ser desafiadora, mas também muito mais assertiva quando o apoio adequado é fornecido.
Como sabemos o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social, exatamente por isso, é fundamental que crianças no espectro tenham esse acompanhamento escolar de acordo com suas necessidades educativas.
O AT conseguem trabalhar em conjunto da equipe multidisciplinar e núcleo familiar, levando essas intervenções para outros ambientes, trazendo para a sala de aula as mesmas estratégias e ações focadas nesse desenvolvimento de habilidades sociais e aprendizagem como um todo.
Neste texto, você vai entender melhor sobre o trabalho de um acompanhante terapêutico, sua importância na rotina de uma pessoa autista e quais legislações falam sobre o tema. Acompanhe!
O que é um acompanhante terapêutico?
O acompanhante terapêutico (AT) é um profissional que atua nas áreas da saúde ou educação junto de uma pessoa que tenha dificuldades psicossociais, promovendo a inclusão social, aprendizagem e desenvolvimento da sociabilidade, promovendo competências e autonomia.
Esses profissionais são especializados e capacitados para atuar diretamente com a criança, podendo ser:
- Psicólogos;
- Terapeutas ocupacionais;
- Pedagogos.
Normalmente, ele pode ser um estudante ou recém-formado que recebe orientações e supervisão da equipe de especialistas que já cuida do desenvolvimento da criança.
O que faz um acompanhante terapêutico (AT)?
Os acompanhantes terapêuticos desempenham um papel crucial na vida da criança, atuando como uma figura de apoio e facilitador durante as diferentes atividades e interações do dia a dia.
Sua principal função é garantir que a criança com TEA aproveite todos os recursos da escola e realize as atividades e propostas pedagógicas e sociais da melhor forma possível.
Com isso, são capazes de ajudar na promoção da autonomia e independência da criança, adaptando suas estratégias de acordo com as necessidades específicas de cada paciente.
Dessa forma, o acompanhante terapêutico transformou-se em um aliado importante no processo de manutenção de vínculos sociais e na participação ativa na qualidade de vida das pessoas com autismo, principalmente no ambiente escolar.
Qual papel no profissional AT no ambiente escolar?
O Profissional de Acompanhamento Terapêutico (AT) é essencial no ambiente escolar de crianças autistas, oferecendo suporte individualizado e adaptado às necessidades específicas desses alunos.
Sua atuação nesse contexto é fundamental para promover a inclusão, o desenvolvimento acadêmico e a socialização. Entre os principais benefícios dessa troca, podemos citar:
Acompanhamento individualizado
O AT trabalha de forma próxima e individualizada com a criança com autismo, identificando suas habilidades, desafios e necessidades. Com esse conhecimento, ele pode criar estratégias personalizadas para apoiar o aluno em suas atividades acadêmicas e sociais, buscando sempre desenvolver suas habilidades e promover a autonomia.
Facilitação da comunicação
A comunicação é uma área crítica para muitas crianças com autismo, e o acompanhante terapêutico desempenha um papel-chave ao facilitar a interação entre o aluno e seus colegas e professores.
Ele pode utilizar métodos de comunicação alternativa e recursos visuais para tornar a comunicação mais eficaz e ajudar o aluno a expressar suas necessidades e pensamentos de maneira clara.
Mediação social
Para alunos com autismo, a interação social pode ser desafiadora. Assim, esse profissional atua como um mediador social, incentivando a participação do aluno em atividades grupais e auxiliando-o a compreender as dinâmicas sociais.
Dessa forma, a criança tem a oportunidade de se envolver com seus colegas de classe e construir relacionamentos positivos.
Apoio ao desenvolvimento de habilidades acadêmicas
O AT colabora com professores e outros profissionais da escola para adaptar as atividades acadêmicas e torná-las mais acessíveis ao aluno com autismo.
Ele pode utilizar estratégias de ensino diferenciadas e recursos adaptados, garantindo que o aluno possa aprender de acordo com suas capacidades individuais.
Colaboração com a equipe escolar e família
O acompanhante terapêutico trabalha em colaboração com a equipe escolar, os professores e os pais do aluno com autismo.
Essa colaboração é essencial para garantir que o suporte seja contínuo e consistente tanto na escola quanto em casa. Assim, a troca de informações entre eles permite uma compreensão mais abrangente das necessidades da criança e um planejamento de intervenções mais eficaz.
Qual a importância do acompanhante terapêutico para a criança com TEA?
O papel do AT é acompanhar e auxiliar a criança autista em suas atividades diárias, como na escola, na terapia e em situações sociais.
Por isso, esse profissional contribui para o desenvolvimento da criança autista na escola, facilitando o processo de inclusão e ajudando-a quebrar barreiras de socialização e/ou aprendizagem.
Um AT tem um olhar muito direcionado para os objetivos de aprendizagem da pessoa no espectro, fornecendo suporte para o bem-estar do aluno, potencializando sua independência e autonomia em diferentes esferas sociais.
Como cada criança com autismo é única e tem necessidades diferentes, o acompanhante terapêutico pode precisar ter total conhecimento das intervenções e estratégias para atender às necessidades individuais dessa criança, por isso é tão importante estar em contato com a equipe multidisciplinar.
Além disso, um AT pode ajudar no desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação, que são frequentemente desafiadoras para as crianças com autismo.
Esse profissional pode ensinar e ajudar a criança a se comunicar de forma mais assertiva, a interagir com os outros de maneira mais eficaz e a lidar com as mudanças e transições que podem causar estresse infantil.
Outro benefício importante do acompanhante terapêutico é o apoio emocional que ele pode oferecer à criança e à sua família.
O acompanhante pode ajudar a criança a lidar com a ansiedade, a frustração e outras emoções negativas que podem surgir devido às dificuldades que enfrentam. Essa abordagem proativa contribui para a redução de crises e melhora a qualidade de vida da criança e de sua família.
Além disso, ele pode oferecer orientação e suporte aos pais, ajudando-os a entender melhor o transtorno e a lidar com os desafios diários na rotina do pequeno.
Existe lei que determine a presença de um AT em sala de aula?
Muitos pais se perguntam quanto custa para que os filhos tenham um acompanhante terapêutico na sala de aula, ou até mesmo como conseguir esse profissional. Nesse ponto, é muito importante que a família conheça as leis e direitos da pessoa autista e saiba o que reivindicar.
De acordo com a Lei Berenice Piana (nº 12.764/12), que institui os direitos dos autistas e suas famílias em várias esferas sociais, todo aluno autista que demonstre dificuldades acentuadas de convívio social e manejo comportamental, tem direito a um acompanhante especializado em sala de aula.
“Art. 3o São direitos da pessoa com transtorno do espectro autista: Parágrafo único. Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular, nos termos do inciso IV do art. 2º, terá direito a acompanhante especializado”. (LEI Nº 12.764/12, BRASIL).”
Além disso, ao instituir a Política de Proteção dos Direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista, essa mesma legislação garante, nos casos comprovados, o direito da criança autista ser matriculada em escola regular (pública ou particular) com acompanhante especializado em sala.
Importante frisar que: embora no momento da publicação desta lei não tenha sido definido quais são as funções do acompanhante terapêutico, o Decreto 8.368/14 pontua que esse profissional deve estar integrado ao contexto escolar e ter domínio no acompanhamento de crianças autistas e com outras deficiências, dentro da escola.
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Conclusão
Ficou clara a importância de um acompanhante terapêutico no desenvolvimento da criança com autismo. O suporte dedicado e personalizado fornecido por esses profissionais pode fazer uma diferença significativa na vida da criança com autismo e suas famílias.
O AT desempenha um papel fundamental para garantir a inclusão e o desenvolvimento pleno de crianças com autismo. Sua atuação individualizada, aliada ao suporte à comunicação, mediação social e colaboração com a equipe escolar e família, possibilita que o aluno com autismo alcance seu potencial máximo, desenvolvendo-se academicamente e socialmente em um ambiente educacional acolhedor e inclusivo.
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Como ajudar uma criança autista se adaptar à escola nova