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Você sabia que autismo não é uma doença mental? Embora muitas pessoas ainda pensem que o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma enfermidade, nada verdade não é. Essa confusão acontece porque relacionam o fato do transtorno ser desde o nascimento da criança até o fim da vida.
Quer entender porque autismo não é doença e quais as nomenclaturas corretas? Confira esse conteúdo até o fim.
O que é autismo?
Começando do princípio, sabemos que o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), como hoje é chamado, é uma condição relacionada ao desenvolvimento do cérebro que modifica a forma como indivíduos que estão no espectro veem e compreendem o mundo, e até a forma como se relacionam com as outras pessoas.
Assim, podemos dizer que pessoas com autismo têm dificuldades de interação social e comunicação. Existe ainda uma diferença dentro do próprio espectro.
Ou seja, enquanto alguns conseguem realizar a maioria das atividades de vida diária sem apoio, outros precisam de ajuda até em tarefas consideradas simples.
Tipos de autismo
Existem diferentes níveis de suporte (conhecidos como graus de autismo) para o diagnóstico:
- Autismo nível 1 – autismo leve (pouca necessidade de suporte)
Dificuldade para iniciar interações sociais e apresentar interesse reduzido por interações. Inflexibilidade no comportamento e em trocar de atividades. - Autismo nível 2 – autismo moderado (necessidade de suporte substancial)
Déficits graves nas habilidades de comunicação verbal e não verbal, com prejuízos aparentes mesmo ao receber apoio. Limitação em iniciar ou responder a interações. Dificuldade em lidar com mudanças e comportamentos restrito/ repetitivos. - Autismo nível 3 – autismo severo (muita necessidade de suporte substancial)
Déficits graves nas habilidades de comunicação verbal e não verbal causam prejuízos graves de funcionamento. Grande limitação em iniciar e responder a interações. Extrema dificuldade em lidar com mudanças e grande sofrimento para mudar o foco ou ações.
Por que autismo não é doença?
O autismo faz parte do que chamamos de Transtorno do Espectro Autista (sigla TEA). Ou seja, não é uma doença. Para entender mais sobre a definição de doença, síndrome e transtorno, leia abaixo:
- Doença: toda alteração biológica do estado de saúde de um ser que se manifesta por um conjunto de sintomas perceptíveis ou não. É também tudo aquilo que causa enfermidade, mal ou moléstia.
- Síndrome: provoca um conjunto de sinais e sintomas. Estes ocorrem ao mesmo tempo, e podem ter causas variadas, assemelhando-se a uma ou a várias doenças. Denominamos como síndrome condições que ainda não têm uma causa bem definida.
- Transtorno: já os transtornos são condições de ordem psicológica e/ou mental que geram comprometimento na vida normal de uma pessoa.
Então por que existe um CID para autismo?
Os documentos oficiais que determinam as nomenclaturas e forma de diagnóstico de TEA são o DSM (Manual Estatístico e Diagnóstico de Doenças Mentais) e o CID (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde).
O primeiro é da Associação Americana de Psiquiatria, e está em sua 5ª edição. Utilizado por profissionais dos Estados Unidos para diagnóstico e entendimento de diversos transtornos e condições, incluindo o autismo.
Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) desenvolveu o CID, seguindo as orientações já publicadas no DSM. Ele é o documento usado por profissionais brasileiros para o diagnóstico. Sua versão mais atual é a 11ª, que passou a vigorar esse mês.
A própria nomenclatura e classificação do TEA dentro desses dois documentos mudou de acordo com os anos. Antigamente, o autismo fazia parte do que chamamos de Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGDs), e seu diagnóstico podia ser de:
- Autismo clássico
- Autismo infantil
- Síndrome de Asperger
- Entre outros.
Mas, a partir dessas novas edições, usa-se o termo Transtorno do Espectro do Autismo, subdividido em:
- Autismo nível 1
- Autismo nível 2
- Autismo nível 3.
Mas apesar dos dois documentos levarem o termo doença no nome, o autismo não é considerado doença. Te explicamos o porquê a seguir.
Autismo não diz respeito à saúde física
O autismo afeta a comunicação e interação social de um indivíduo, além de poder trazer comportamentos restritos e repetitivos. Essas alterações não ferem a saúde física do indivíduo, mas podem gerar:
- Medo
- Irritabilidade
- Choro
- Crises mais intensas.
Autismo tem cura?
Pelo fato de não existir uma cura para o autismo, o TEA não é considerado doença. O que também faz com que ele não seja considerado uma doença mental.
Ao contrário disso, o autismo é um transtorno ou uma condição e pessoas com autismo não precisam ser curadas. Mas, sim, apoiadas e ajudadas no que precisam para se desenvolverem e conseguirem criar independência e autonomia em suas vidas.
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