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A Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) é parte de um conjunto de práticas baseadas em evidências para a população com TEA. Assim como as intervenções baseadas em antecedentes, que já vimos anteriormente.
Essa estratégia é utilizada para possibilitar que pessoas que não conseguem se comunicar de maneira efetiva passem a ter como estabelecer relações de aprendizado, sociais e afetivas mais produtivas e saudáveis.
Neste texto, apresentamos a CAA, desde seus objetivos até sua implementação em um plano de intervenções para a pessoa autista.
O que é a prática baseada em evidências?
São chamadas de práticas baseadas em evidências, intervenções investigadas a partir do método científico e apresentaram dados positivos para a queixa de alguma população específica.
No caso do autismo, essas são as intervenções que têm estudos suficientes demonstrando eficácia para melhora de algum aspecto do desenvolvimento de indivíduos no espectro. Inclusive já apresentamos anteriormente algumas dessas estratégias, no texto Técnicas recomendadas para o autismo.
O que é Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA)?
A comunicação alternativa e aumentativa (CAA) pode ser entendida como um conjunto de intervenções que visa tornarmais efetiva a comunicação de um indivíduo. Para esse fim são utilizados sistemas de comunicação que não são essencialmente verbais vocais (como a fala), e que podem ou não ter algum tipo de recurso como auxílio.
Essas estratégias são extremamente importantes para que o desenvolvimento da criança autista ocorra de maneira saudável, sendo muitas vezes crucial para a inclusão escolar, estabelecimento de relações sociais e aprendizado de novas habilidades.
Assim como qualquer outro conjunto de intervenções, a implementação da CAA deve ser feita por meio da avaliação por uma equipe multidisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar, para garantir que as necessidades da pessoa no espectro sejam atendidas.
Quais são os tipos de comunicação alternativa?
Como citado acima, a CAA pode ou não utilizar algum tipo de auxílio para potencializar a comunicação de um indivíduo.
Isto é, algumas pessoas precisam de recursos além do próprio corpo ou necessitam da mediação de outro indivíduo para se comunicar efetivamente. Um exemplo de CAA que não utiliza nenhum suporte é a linguagem de sinais.
Já, quando se fala de CAA com auxílio, alguns exemplos de suporte são:
- Placas com imagens;
- Fotografias;
- Tablets ou computadores.
Uma forma de comunicação alternativa e aumentativa muito presente no contexto do autismo é o PECS, que é caracterizado por ser um sistema no qual a pessoa troca figuras por acesso a itens ou atividades.
Quais benefícios da CAA?
A comunicação alternativa possibilita o desenvolvimento da autonomia de pessoas com múltiplas dificuldades de comunicação.
Quando pensamos em crianças no espectro, esse é um ponto bastante importante, já que essa intervenção pode possibilitar a devida inclusão escolar, contato mais efetivo com pares e familiares, além de potencializar o ensino de outros comportamentos importantes para o seu desenvolvimento saudável.
Apesar das inúmeras vantagens dessas estratégias, existem alguns cuidados necessários ao inseri-las em um programa de intervenção. O próximo tópico apresenta alguns deles.
Quais cuidados devem ser tomados para uso da CAA?
Assim como qualquer estratégia de ensino de novos comportamentos, ao iniciar o uso de alguma ferramenta de comunicação alternativa e aumentativa, é necessário que haja uma avaliação por toda equipe para ser oferecida a melhor alternativa para a criança.
E isso só é possível por meio de uma análise funcional individualizada do caso, isto é, somente analisando quais são as dificuldades daquela criança e quais são os comportamentos que ela já emite, que é possível escolher de maneira adequada a melhor estratégia.
Além disso, para que de fato seja desenvolvida a autonomia da criança no espectro, todos que convivem com ela devem ser treinados para o manejo adequado da CAA escolhida. Portanto, familiares, professores e outros profissionais que atuam com a criança devem receber orientação a respeito da intervenção.
Saiba mais sobre práticas baseadas em evidências para o autismo, acesse nossoblog.