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Atividades calmantes: 5 dicas para ajudar crianças com TEA

Sabemos que lidar e gerir emoções costuma ser um desafio grande para crianças com autismo, principalmente em momentos de crise ou desregulação emocional. Por isso, entender quais atividades calmantes podem fazer parte da rotina é uma excelente forma de ter mais qualidade de vida e bem-estar ao longo dos dias.

Sabemos que muitas crianças no espectro têm dificuldades em interpretar, organizar e responder apropriadamente às diversas informações sensoriais que estão expostas, reagindo de forma exagerada ou insuficiente em diversas situações.

Dessa forma, com essas atividades é possível ajudar pessoas autistas a reconhecerem de forma mais saudável suas emoções, para conseguir ligá-las aos eventos que a causaram, tendo maior conhecimento de possíveis gatilhos.

Então, se você é uma pessoa cuidadora, família ou alguém que deseja conhecer estratégias e atividades calmantes que podem ajudar, esse texto é para você. Conversamos com a terapeuta ABA, Júlia Amed, do time da Genial Care, e separamos algumas dicas que podem ajudar!

O que é o processamento sensorial em crianças com autismo?

Antes de falarmos em atividades calmantes para crianças com TEA, é importante entendermos o que é o processamento sensorial e como ele está ligado ao desenvolvimento dessas pessoas.

Esse processamento está ligado à forma como o nosso sistema nervoso central gerencia todas as informações recebidas pelos órgãos sensoriais, ou seja, estímulos visuais, táteis, auditivos, olfativos e por aí vai. Quando falamos de autistas, muitas vezes temos o TPS ou a disfunção desse processamento sensorial.

O TPS ou Transtorno de Processamento Sensorial é uma condição neurológica onde cérebro e sistema nervoso apresentam dificuldades para receber, processar e interpretar os estímulos, tanto internos dos sistemas sensoriais (textura, tecido, alimentos), quanto externo dos ambientes (luzes, cheiros, sons).

Por ser uma condição ligada ao sistema nervoso, esse distúrbio é considerado uma comorbidade, justamente por comprometer a qualidade de vida e o desenvolvimento da pessoa que possui transtorno sensorial.

Se a pessoa recebe estímulos demais e tem dificuldades de interpretá-los, chamamos de hipersensibilidade, que acontece quando recebe estímulos sensoriais muito fortes. Por exemplo, uma crise sensorial de hipersensibilidade pode acontecer ao ouvir barulhos de fogos de artifício ou sentir incômodo ao mastigar um alimento de textura desconhecida.

Por outro lado, temos a dificuldade de processar muitos estímulos, também existe a hipossensibilidade ou hiporesposta, que se caracteriza pela necessidade de receber mais estímulos para processá-los.

Nesse caso, a pessoa precisa de muito esforço para sentir qualquer tipo de estimulação. Por isso é comum que pessoas com hipossensibilidade estejam sempre agitadas e em movimento, pois estão ativamente buscando por esses estímulos.

A TPS também pode resultar na dificuldade de aprender novas habilidades motoras, como a coordenação motora fina, pela pessoa apresentar uma aversão ao material de estímulo, como, por exemplo, o lápis, caneta, giz de cera, etc.

Por isso é importante ficar de olho na forma como a pessoa se comporta ao estar em contato com novos estímulos, dessa forma as atividades precisam ser adaptadas para promover uma melhor qualidade de vida no processo de desenvolvimento e aprendizagem.

@genialcare

O que é a “Síndrome Sensorial” que está todo mundo falando? A nossa coordenadora de T.O., Mari Asseituno, explicou tudo nesse vídeo! Compartilhe informações verdadeiras ♥ #TPS #TranstornoBless #SíndromeBless #GioEbwank #hipersensibilidade #terapiaocupacionalautismo

♬ Aesthetic – Tollan Kim

Integração sensorial e o autismo

Quando falamos de integração sensorial e autismo, estamos nos referindo a uma das práticas mais conhecidas da Terapia Ocupacional. Seu foco está em ajudar as pessoas que tenham dificuldades sensoriais, auxiliando no processamento de texturas, cheiros, sons e gostos.

Durante essas atividades, os profissionais de T.O. utilizam o interesse e a motivação da criança, onde desenvolve a intervenção num contexto de brincadeiras que envolve cuidadosamente experiências sensoriais como:

  • Toque;
  • Movimento;
  • Sensações musculares/articulares;
  • Equilíbrio;
  • Notoriedade de espaço e lugar.

Nesse aspecto, utilizar de atividades calmantes, pode ser um grande aliado para ajudar as crianças com dificuldades no processamento sensorial, garantindo que tenham um desenvolvimento mais autônomo e saudável.

Dicas de atividades calmantes para crianças com autismo

4 crianças brincando de quebra cabeça

Agora que você já sabe o que é o processamento sensorial e como as atividades calmantes podem ser usadas como técnicas para ajudar crianças em crises a diminuírem a sensação de que algo está incomodando, chegou o momento de conhecer algumas dicas que podem ser usadas no dia a dia.

Vale ressaltar que: toda criança é única e tem seu próprio repertório e necessidades, por isso é fundamental entender o perfil específico da pessoa e apenas usar dicas que fazem sentido no contexto dela.

Se tiver alguma dúvida ou precisar de suporte para adicionar atividades calmantes na rotina, lembre-se de conversar com a equipe multidisciplinar que acompanha o desenvolvimento dessa criança e entender o que faz mais sentido na rotina dela.

Júlia separou 5 dicas de atividades calmantes que podem ajudar a família nesse momento:

  1. Validar as emoções da criança: de uma forma sucinta – sem ficar falando muito e encher a criança de estimulação sonora, dizer que entende que ela está triste/brava/chateada e que está tudo bem, e aquilo vai passar;
  2. Deixar a criança buscar um item ou atividade de conforto dela para se acalmar: o brinquedo favorito, um jogo, bichinho de pelúcia ou qualquer item que possa ajudar ela a se regular emocionalmente;
  3. Criar um ambiente seguro e que não tenha muitos estímulos: ou seja, sem muitos sons, luz forte, cheiros intensos, já que tudo isso pode dificultar a regulação sensorial da criança no momento de crise;
  4. Atividades calmantes são aquelas que ela se interessa: procure deixar disponíveis itens de interesse, algo que não exija que a criança cumpra uma tarefa, ou aprenda algo novo, além de fazer sempre com pessoas que ela gosta, confia e tem o vínculo estabelecido.
  5. Foque na estimulação que a criança gosta: se a criança gosta de estimulação visual, procure por brinquedos coloridos, com luzes, uma daquelas garrafas sensoriais que tem glitter e bolinhas coloridas. Se ela gosta de estimulação auditiva, foque em livros musicais, brinquedos com sons e instrumentos. E se ela gosta de estimulação tátil, uma boa podem ser as massinhas, bacias com bolinhas de gel, geleca, etc.

A psicóloga afirma que “é interessante no momento de crise retirar demandas, ou seja: não é o momento de fazer perguntas (por mais que sejam para te dar um “norte”), mandar a criança fazer algo ou inserir diversas instruções”.

“É legal também mostrar atividades que a criança já tenha masterizado (ou seja, totalmente aprendido) e que não exigem a ajuda de ninguém, criando um ambiente que ela se interessa.”

Atividades calmantes ajudam em momentos de crise?

Atividades calmantes: 2 crianças sentadas na grama meditando

Como falamos, o TPS pode gerar crises sensoriais fortes por conta de estímulos internos e externos. Por isso, conhecer e entender quais atividades calmantes funcionam para criança é uma excelente forma de diminuir essas crises e promover uma melhor qualidade de vida no processo de desenvolvimento e aprendizagem.

As dicas que estão aqui são apenas o começo do que pode ajudar sua criança nesses momentos, mas toda a família pode testar novas possibilidades dentro da rotina e ver o que faz sentido.

Atividades como Yoga, Equoterapia, Musicoterapia, Pintura e outras podem ser uma ótima forma de diminuir a sobrecarga sensorial e ansiedade de uma criança com TEA. Converse com o pequeno sobre seus interesses, gostos e repertório, e veja o que pode ser adicionado ao dia a dia.

Aqui em nosso blog temos um conteúdo sobre brincadeiras que ajudam na integração sensorial, vale a pena ler e continuar aprendendo:

5 Brincadeiras de integração sensorial no autismo

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