Pesquisar
torne-se
3
especialidades
5
data-curso-360
2
5
07-curso
Dias
Horas
Min
Dias
Horas
Min
uma mulher de blusa cinza, uma criança de blusa rosa e uma adolescente de blusa cinza aparecem sentadas no chão em frente a uma mesa de madeira brincando de tomar chá

Modelo SCERTS da terapia ocupacional: o que é e como ajuda crianças com TEA?

O Modelo SCERTS é uma abordagem abrangente multidisciplinar educacional para melhorar as habilidades de comunicação e socioemocionais de crianças e adultos com TEA e distúrbios relacionados. Esse modelo, baseado em pesquisas científicas, se concentra na construção de competências em comunicação social, regulação emocional e apoio transacional (de aprendizado).

Seu foco está nos desafios mais significativos enfrentados por todo núcleo familiar, trabalhando sempre com a parceria família-profissional, tendo a família como centro de tudo.

O SCERTS reconhece que a maior parte do aprendizado na infância acontece em contextos sociais e distintos de atividades e experiências diárias. Dessa forma, nessa abordagem existe um esforço maior para apoiar o desenvolvimento de crianças durante a rotina do dia a dia com o núcleo familiar, ambientes escolares e comunitários. 

Exatamente por isso, essa é uma prática amplamente usada para a inclusão de alunos com autismo, visando formas seguras e eficientes de garantir experiências adaptadas que valorizem as necessidades das crianças no espectro em todos os espaços que elas estão presentes.

Neste texto, você vai entender melhor o que é o Modelo SCERTS e como ela atua na educação, aprendizado e qualidade de vida das pessoas com transtornos do espectro autista.

O que é Modelo SCERTS?

O Modelo SCERTS é um instrumento guia para algumas práticas essenciais para o desenvolvimento da pessoa autista. A sigla SCERTS vem do inglês Social Communication, Emotional Regulation & Transactional Support. Ela é divida em desenvolvimento de focos específicos, que são:

  • “SC” Comunicação social: da comunicação funcional, espontânea, de expressão emocional e das relações seguras e de confiança entre crianças e adultos;
  • “ER” Regulação Emocional: da capacidade de manter um estado emocional bem regulado para conseguir lidar com desgastes diários, estando disponível para interagir e aprender;
  • “TS” Suporte Transacional: desenvolvimento e implementação de suportes para ajudar parceiros a responderem às necessidades e interesses da criança, modificando e adaptando o ambiente para garantir ferramentas que aprimorem o aprendizado. Também são desenvolvidos planos específicos para dar suporte educacional e emocional às famílias e fomentar o trabalho em equipe entre os profissionais.

O objetivo central desse modelo é desenvolver habilidades de comunicação social e questões socioemocionais do indivíduo com TEA, permitindo que eles possam construir sua autonomia e independência.

Ele é um modelo bastante novo que foi criado em 2005 por um grupo de profissionais dos Estados Unidos. Os envolvidos incluem a equipe de Barry Prizant, Amy Wetherby, Emily Rubin e Amy Laurent, que têm formação em Fonoaudiologia, Educação Especial, Psicologia Comportamental e do Desenvolvimento, Terapia Ocupacional e Prática Centrada na Família.

O estudo e publicação completos da criação dessa abordagem é de 2006 e se chama “Modelo SCERTS: Uma Abordagem Educacional Abrangente para Crianças com Transtornos do Espectro do Autismo”.

Ele chegou ao Brasil um ano após a publicação, em 2007 pela Casa da Esperança (Fortaleza) e em 2008, na Mão Amiga (Rio de Janeiro).

Quais são as bases do SCERTS?

Existem alguns pilares essenciais para o desenvolvimento do SCERTS, além de um processo de avaliação bem coordenado que ajuda a equipe a medir o progresso da criança e determinar quais são os apoios necessários que os parceiros sociais (educadores, familiares e colegas) precisam usar no dia a dia.

São eles:

  • As metas e objetivos funcionais, significativos e apropriados para o desenvolvimento das crianças;
  • Respeito das diferenças individuais no estilo de aprendizagem, interesses e motivações;
  • Compreensão da cultura e estilo de vida da família;
  • O envolvimento da criança em atividades significativas e propositais ao longo do dia;
  • Suportes desenvolvidos e usados ​​de forma consistente entre parceiros, atividades e ambientes;
  • Mapeamento do progresso de uma criança – regular ao longo do tempo;
  • Medicação frequente da qualidade do programa para garantir responsabilidade e resultados.

Em tudo que diz respeito à comunicação social, o SCERTS prevê a organização de estratégias e metas que focam no desenvolvimento da comunicação desde os estágios pré-verbais, passando pela aquisição da linguagem simbólica até chegar em níveis mais avançados.

Já pensando nos suportes transacionais, essa abordagem foca em promover a capacidade de aprender, prestar atenção e se sentir incluído das pessoas autistas. Muitas vezes são usados suportes visuais para garantir que os componentes do plano de ensino possam ser atingidos.

O Modelo SCERTS pode ser usado com outras abordagens?

Todas as estratégias do Modelo SCERTS fazem parte de um método sistemático, que garante que habilidades específicas, previamente entendidas como objetivos educacionais de uma pessoa, sejam selecionadas e aplicadas de maneira consistente ao longo do dia.

Por isso, esse modelo pode incorporar práticas de outras abordagens, incluindo a ciência ABA, Denver, TEACCH, DIR/Floortime e outras. Isso porque o SCERTS tem como centro a pessoa autista e sua família, assim como o ensino de habilidades em todos os contextos.

Sua estrutura fornece um suporte para o desenvolvimento de atividades sociais nos mais variados ambientes, desde os semi estruturados até os mais naturais. Além disso, a família e suas prioridades devem ser avaliadas constantemente nos objetivos e as metas educacionais precisam estar adequadas ao nível de desenvolvimento e repertório da criança.

Todo o modelo se preocupa com a participação do núcleo familiar, pessoas cuidadoras e da equipe multidisciplinar durante as estratégias, já que acredita que essa configuração é a que melhor se adequa às necessidades da pessoa com TEA.

Vale lembrar que, assim como outras práticas e terapias para autismo, a aplicação do Modelo SCERTS requer o conhecimento especializado de um time de profissionais, sempre trabalhando de maneira cuidadosa e coordenada em parceria com pais e familiares.

Se você está procurando outros conteúdos sobre intervenções para pessoas com autismo e quer conhecer mais as práticas que existem, continue navegando pelo nosso blog nas diversas categorias. Temos muitos conteúdos para ajudar sua família:
Blog Genial Care

Conheça nosso atendimento para autismo

Esse artigo foi útil para você?

MEC: novas diretrizes para educação de crianças com autismo Just Dance + 3 jogos virtuais para conscientização da neurodiversidade Pessoas com TEA tem direito ao Benefício de prestação continuada (BPC)? 20/10 | Dia Mundial de combate ao Bullying Diagnóstico de autismo: por onde começar? Bradesco Saúde: novo plano de saúde parceiro da Genial Care Apraxia da fala: como ela impacta pessoas autistas? 4 Sinais de AUTISMO em bebês 13/10: dia do terapeuta ocupacional Dia mundial da Saúde Mental Jornada da Terapia Ocupacional – Integração Sensorial 29/10 – ONLINE Debate sobre neurodivergência na Alesp: veja como foi 21/09: Luta Nacional das Pessoas com Deficiências (PCDs) Rock in Rio: sala sensorial para pessoas autistas e com deficiências ocultas Omint: novo plano de saúde parceiro da Genial Care O que é rigidez cognitiva? Como usamos a CAA aqui na Genial Care? Dia do Psicólogo: entenda a importância do profissional no autismo Psicomotricidade: saiba o que é e qual sua relação com Autismo 3 séries sul-coreanas sobre autismo pra você conhecer! 5 atividades extracurriculares para integração social de crianças no TEA Existe reembolso para autismo pelo plano de saúde? Como ajudar crianças com TEA a treinar habilidades sociais? Câmara aprova projeto que visa contratação de pessoas autistas O que é Integração sensorial de Ayres? Olimpíadas 2024: conheça a história e atletas com TEA Dia Mundial de Conscientização da Síndrome do X Frágil Dia Nacional do Futebol: inclusão e emoções das pessoas com TEA Se o autismo não é uma doença, por que precisa de diagnóstico? Aprovado Projeto de Lei que obriga SUS aplicar a escala M-CHAT em crianças de 2 anos Dia mundial do Rock: conheça 5 bandas com integrantes autistas Como aproveitar momentos de lazer com sua criança autista? Senado: debate público sobre inclusão educacional de pessoas com TEA Emoções no autismo: saiba como as habilidades emocionais funcionam Dia do cinema nacional: conheça a Sessão Azul Por que precisamos do Dia do Orgulho Autista? Conheça o estudo retratos do autismo no Brasil 2023 | Genial Care Dia Mundial do Meio Ambiente: natureza e a interação de crianças TEA Pessoas com TEA tem direito ao Benefício de prestação continuada (BPC)? Cássio usa camiseta com número em alusão ao Autismo Marcos Mion visita abrigo que acolhe pessoas autistas no RS Existem alimentos que podem prejudicar a saúde de pessoas autistas? Escala M-CHAT fica de fora da Caderneta da Criança O que são níveis de suporte no autismo? Segunda temporada de Heartbreak High já disponível na Netflix Símbolos do autismo: Veja quais são e seus significados Dia Mundial de Conscientização do Autismo: saiba a importância da data Filha de Demi Moore e Bruce Willis revela diagnóstico de autismo Brinquedos para autismo: tudo que você precisa saber! Dia internacional das mulheres: frases e histórias que inspiram Meltdown e Shutdown no autismo: entenda o que significam Veja o desabafo emocionante de Felipe Araújo sobre seu filho autista Estádio do Palmeiras, Allianz Parque, inaugura sala sensorial Peça teatral AZUL: abordagem do TEA de forma lúdica 6 personagens autistas em animações infantis Canabidiol no tratamento de autismo Genial Care recebe R$ 35 milhões para investir em saúde atípica Autismo e plano de saúde: 5 direitos que as operadoras devem cobrir Planos de saúde querem mudar o rol na ANS para tratamento de autismo Hipersensibilidade: fogos de artifício e autismo. O que devo saber? Intervenção precoce e TEA: conheça a história de Julie Dutra Cezar Black tem fala capacitista em “A Fazenda” Dia do Fonoaudiólogo: a importância dos profissionais para o autismo Como é o dia de uma terapeuta ocupacional na rede Genial Care? O que é rigidez cognitiva? Lei sugere substituição de sinais sonoros em escolas do Rio de janeiro 5 informações que você precisa saber sobre o CipTea Messi é autista? Veja porque essa fake news repercute até hoje 5 formas Geniais de inclusão para pessoas autistas por pessoas autistas Emissão de carteira de pessoa autista em 26 postos do Poupamento 3 torcidas autistas que promovem inclusão nos estádios de futebol Conheça mais sobre a lei que cria “Centros de referência para autismo” Como a Genial Care realiza a orientação com os pais? Dia das Bruxas | 3 “sustos” que todo cuidador de uma criança com autismo já levou Jacob: adolescente autista, que potencializou a comunicação com a música! Síndrome de asperger e autismo leve são a mesma coisa? Tramontina cria produto inspirado em criança com autismo Como a fonoaudiologia ajuda crianças com seletividade alimentar? Genial Care Academy: conheça o núcleo de capacitação de terapeutas Como é ser um fonoaudiólogo em uma Healthtech Terapeuta Ocupacional no autismo: entenda a importância para o TEA Como é ser Genial: Mariana Tonetto CAA no autismo: veja os benefícios para o desenvolvimento no TEA Cordão de girassol: o que é, para que serve e quem tem direito Como conseguir laudo de autismo? Conheça a rede Genial para autismo e seja um terapeuta de excelência Educação inclusiva: debate sobre acompanhantes terapêuticos para TEA nas escolas Letícia Sabatella revela ter autismo: “foi libertador” O que é discalculia e qual sua relação com autismo? Rasgar papel tem ligação com o autismo? Quem é Temple Grandin? | Genial Care Irmãos gêmeos tem o mesmo diagnóstico de autismo? Parece autismo, mas não é: transtornos comumente confundidos com TEA Nova lei aprova ozonioterapia em intervenções complementares Dicas de como explicar de forma simples para crianças o que é autismo 5 livros e HQs para autismo para você colocar na lista! Como é para um terapeuta trabalhar em uma healthcare? Lei n°14.626 – Atendimento Prioritário para Pessoas Autistas e Outros Grupos Como fazer um relatório descritivo?