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Genes do Autismo: imagem mostra dois DNA's em foto ampliada de telescópio.

Genes do autismo: estudo inédito identifica 134 genes ligados ao TEA

Foram identificados 134 genes ligados ao autismo em um novo estudo. A pesquisa foi conduzida por estudiosos do hospital pediátrico canadense Hospital For Sick Children e publicada no periódico científico Cell no dia 10 de novembro de 2022.

Essa é a maior análise genética feita sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) até agora. O estudo contou com 20 mil dados genéticos extraídos do maior conjunto de genoma completo de autismo do mundo, o MSSNG.

Neste artigo, te explicamos mais sobre o estudo e sua importância para as causas do autismo.

Sobre o estudo

A extração dos 20 mil genomas foi feita da seguinte maneira:

  • 7 mil de pessoas com Transtorno do Espectro Autista;
  • 13 mil irmãos e familiares das pessoas com TEA.

Depois da extração, os pesquisadores usaram a técnica de sequenciamento completo do genoma – sigla WGS). Com isso, conseguiram encontrar 134 genes ligados ao autismo.

Conforme a publicação, a maioria das variações estava ligada ao número de cópias dos genes (CNVs). Segundo o portal Varsomics, esse nome é dado às duplicações de genes, ou seja, ganho ou aumento de conteúdo genômico ou deleções (perda ou diminuição de conteúdo genômico).

Outro ponto importante é que algumas se tratavam de variantes raras, que haviam sido associadas ao autismo em apenas 14% dos participantes do estudo. Além disso, pesquisadores apontaram mudanças importantes na genética do autismo. Esse segundo ponto foi possível graças à comparação de famílias com apenas um indivíduo autista e famílias com vários membros no espectro – chamadas de “famílias multiplex”.

Pontuação poligênica

Comparado a estudos anteriores relacionados à genética e autismo, a mudança que mais surpreendeu pesquisadores foi a pontuação poligênica. Essa nomenclatura se refere à estimativa da probabilidade de uma pessoa nascer com autismo, e que é calculada pelo agrupamento dos efeitos de milhares de variantes comuns em todo genoma.

Diferente do que imaginavam, a pontuação poligênica não foi maior em famílias com mais de uma pessoa autista. Uma interpretação desse dado é que existe a possibilidade do autismo estar ligado a essas variantes raras dentro desses núcleos familiares. Nesse caso, a herdabilidade dos genes do autismo vem de um dos pais.

Banner sobre a Rede Genial de terapeutas com mulher sorrindo com o rosto pouco inclinado para sua esquerda.

Quais são as causas do autismo?

As causas do autismo ainda não foram totalmente esclarecidas, mas um grande número de estudos já determinou a genética como principal fator no desenvolvimento do TEA.

Além disso, fatores ambientais também podem se tornar fator de risco para o diagnóstico. Aqui estão incluídos:

  • Exposição a ácido valproico: presente em medicamentos para transtorno bipolar e epilépticos;
  • Idade paterna: mães jovens e homens mais velhos ou pais com mais de 50 anos.

Existem ainda fatores em estudo, mas que não foram totalmente comprovados. Enquanto isso, devido à importância da genética para o autismo, exames de sequenciamento genético têm sido cada vez mais comuns.

Quem carrega os genes do autismo?

O questionamento sobre quem carrega o gene do autismo — o pai ou a mãe da criança — é bem comum em famílias com diagnóstico de autismo. Nisso, é preciso entender, primeiramente, que existe uma diferença importante entre genética e hereditariedade:

  • Genética: os genes estão presentes em todos os organismos vivos, isso vale desde bactérias e vírus até plantas e humanos. Esse campo estuda, principalmente, a transmissão de características biológicas de uma geração para outra, passando pela hereditariedade e variação entre os organismos;
  • Hereditariedade: é a transmissão de características de pais para filhos. Aqui, são abrangidas informações genéticas e fenotípicas que, quando transmitidas dos pais aos descendentes, são chamadas de hereditárias.

Assim, é importante esclarecer que o autismo pode ser causado pela genética, mas nem sempre será hereditário. Isso significa que o autismo da criança não se desenvolve todas às vezes devido a genes passados pelo pai ou pela mãe.

Ainda sobre esse assunto, em 2019 o período JAMA Psychiatry trouxe as seguintes confirmações:

  • De 97% a 99% dos casos de autismo são causados pela genética;
  • Destes, 81% eram hereditários e
  • De 1% a 3% tinham origem em fatores ambientais.

Como saber se tenho gene de autismo?

A maneira de identificar se o pai ou a mãe têm os genes do autismo é por meio da realização de exames de sequenciamento genéticos. Mas é sempre importante lembrar que essas investigações não devem, nunca, acontecer numa tentativa de não ter mais filhos no espectro. Como pontua a geneticista Graciela Pignatari: “Exame genético não deve ser usado para fins de eugenia”.

Além disso, o autismo não é doença e não tem cura. O que existem são intervenções com objetivo de melhorar a qualidade de vida e dar mais independência para pessoas no espectro. Conheça mais sobre as causas do autismo:

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