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A Vineland Adaptative Behavior Scales (Escalas Vineland de Comportamento Adaptativo, em tradução para o português) é um instrumento de avaliação do comportamento adaptativo que pode ser aplicado desde o nascimento até a idade adulta (90 anos).
O principal objetivo da sua utilização é identificar critérios que podem ajudar no diagnóstico de deficiências intelectuais e transtornos do desenvolvimento. Além de servir como apoio para profissionais clínicos na elaboração de planos educacionais e intervenções que auxiliam na autonomia do indivíduo.
A escala Vineland é um dos protocolos usados na clínica da Genial Care para avaliação da criança, junto ao Denver II. Neste artigo, explicamos mais detalhes sobre a avaliação e sua importância no processo de elaboração da intervenção ABA< para o autismo.
O que avalia a escala Vineland?
O principal objetivo da escala Vineland é avaliar os comportamentos adaptativos da pessoa. Ou seja, identificar se ela tem habilidades que permitem que se adapte efetivamente em diversos ambientes: em casa, na escola, no trabalho e na comunidade de modo geral.
Quando falamos de pessoas com desenvolvimento atípico, como deficiência intelectual, é comum identificar limitações nesses comportamentos adaptativos. Sendo assim, conquistar a independência pode ser algo mais dificultoso para as pessoas com desenvolvimento considerado típico.
Por esse motivo, a aplicação da Vineland é necessária. É por meio desta avaliação que será possível medir os comportamentos adaptativos e, a partir daí, planejar intervenções para ajudar em seu desenvolvimento e autonomia.
Além disso, ela ainda ajuda as pessoas cuidadoras a entenderem mais sobre as dificuldades da criança e saber como agir.
Como funciona?
A Vineland tem um tempo de aplicação que varia entre 30 minutos e 1 hora e meia e avalia 117 itens/comportamentos. Ela é usada para medir o comportamento adaptativo de indivíduos com:
- Deficiências intelectuais e de desenvolvimento;
- Transtorno do Espectro Autista (TEA);
- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH);
- Lesão cerebral pós-traumática;
- Deficiência auditiva e visual;
- Doença de Alzheimer.
Dentro dela, o comportamento adaptativo na escala é subdividido em 5 grandes áreas:
- Comunicação (67 questões) – subdividida em receptiva, expressiva e escrita;
- Habilidades Diárias (92 perguntas) – habilidades pessoais, domésticas e comunitárias;
- Socialização (66 questões) – relações interpessoais, brincadeiras e lazer, habilidades de enfrentamento;
- Habilidades motoras (36 questões) – motricidade grossa e habilidades motoras fina;
- Comportamento Desajustado (36 questões) – projetado para avaliar comportamentos mal-adaptativos, como obstinação, impulsividade, teimosia, agressividade, ansiedade, introversão, negativismo, alteração de humor etc.
A partir desta separação, surgem outros modelos da escala Vineland:
Vineland II
Desenvolvida pela psicóloga Sara S. Sparrow e revisada nos anos de 1984, 2005 e 2008, a Vineland II está organizada em torno de 4 grandes domínios que, por sua vez, se subdividem em 11 subdomínios:
- Comunicação – Receptiva, Expressiva e Escrita
- Autonomia – Pessoal, Doméstica e Comunitária
- Socialização – Relações Interpessoais, Lazer e Regras Sociais
- Função Motora – Fina e Grossa.
Vineland III
A Vineland III foi desenvolvida pela Dra Celine Saulnier, membra do conselho clínico da Genial Care, em 2016. As mudanças propostas tiveram como base todo trabalho desenvolvido anteriormente por Sara Sparrow.
Nela, os principais domínios mensurados são:
- Comportamento adaptativo;
- Comunicação;
- Habilidades cotidianas;
- Socialização;
- Habilidades motoras;
- Comportamentos mal adaptados.
Sua aplicação no Brasil consiste em três formulários de aplicação:
- Formulário de Entrevista – com escores normativos para todas as idades
- Formulário de Pais/Cuidadores – com escores normativos para todas as idades
- Formulário dos Professores – com dados normativos para examinados de 03 a 21 anos de idade.
Sendo que cada um deles está disponível em uma versão extensa (mais longa) e uma versão de níveis e domínio (mais curta).
Quem pode aplicar?
Assim como ocorre com o Denver II, a recomendação é que a escala Vineland deve ser aplicadaapenas por profissionais da psicologia, psiquiatria, terapia ocupacional, neuropsicologia e profissionais da área da saúde.
Na Genial Care, o uso do Vineland faz parte do nosso processo de avaliação da criança junto ao protocolo Denver II.
Já para as pessoas cuidadoras, usamos avaliações como Mindfull selfcare scale, responsável por avaliar o bem-estar, uma vez que a saúde do núcleo familiar também é importante no processo de desenvolvimento. Conheça mais sobre nossos serviços!