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RUBI: psicóloga está sentada em um sofá e conversa com casal sentado à sua frente

RUBI para treino parental: o que é? Para que serve?

O RUBI é um programa de treinamento parental criado em 2002 por pesquisadores norte-americanos. Este manual tem como objetivo capacitar cuidadores a manejar comportamentos desafiadores de crianças no espectro do autismo.

Este texto é o primeiro de uma sequência que preparamos para apresentar o manual para pais e, especialmente, para profissionais que atuam com crianças com TEA. Vamos lá?

O que é o RUBI?

O RUBI é um manual voltado para o treino de pais/cuidadores de crianças autistas que apresentam comportamentos desafiadores. Alguns exemplos desses padrões de comportamento são:

  • Recusa em seguir a rotina;
  • Comportamentos agressivos da criança em direção ao outro ou;
  • Comportamentos agressivos da criança em direção a ela mesma.

Dado que essa é uma queixa comum vinda de mães, pais ou pessoas cuidadoras, pesquisadores americanos se inspiraram em manuais de treinamento parental para crianças neurotípicas, que já tinham suporte científico, em conjunto com a literatura científica sobre TEA e deficiência intelectual, para construir esse programa.

A sigla RUBI se refere a Research Units in Behavior Intervention Autism Network (Unidades de pesquisa em intervenção comportamental – rede de autismo) e o manual pode ser encontrado pelo título Parent training for disruptive behavior – The RUBI Autism Network (Treinamento parental para comportamentos desafiadores – A rede de autismo RUBI). Sendo assim, RUBI é um apelido que a comunidade clínica deu para esse protocolo.

O conteúdo do manual se baseia nos princípios da ciência do comportamento aplicada (ABA). E ensina os pais desde descrever e analisar o comportamento desafiador, até estratégias de prevenção destes comportamentos.

Além disso, são também ensinadas habilidades de comunicação funcional e de manutenção dos ganhos obtidos com a intervenção, para que, assim, após terminar o protocolo os pais e a criança saibam como dar continuidade ao uso das habilidades aprendidas.

Mas quais são os principais objetivos deste protocolo? Abaixo estão alguns dos focos desta intervenção.

Para que serve o RUBI?

Alguns dos objetivos do RUBI listados no manual são:

  • Reduzir comportamentos desafiadores;
  • Ensinar habilidades de vida diária;
  • Ensinar habilidades de comunicação funcional;
  • Capacitar pais no manejo do comportamento de seus filhos.

Ou seja, não são especificadas apenas habilidades que devem ser aprendidas pela criança com TEA, mas também habilidades que devem ser treinadas nas pessoas cuidadoras.

A seguir, explicamos qual a estrutura e as principais características do manual.

Como esse treino parental funciona?

O protocolo RUBI tem 11 sessões centrais, além de várias sessões opcionais para garantir que as necessidades individuais de cada criança sejam atendidas. Todas elas têm duração média de uma hora a uma hora e meia e devem ser realizadas semanalmente.

Apesar dos autores indicarem que é importante que ambos pais/cuidadores participem do treinamento, uma pessoa é designada como cuidador principal e deve estar presente em todos os encontros.

Após o encerramento das sessões centrais e complementares, as visitas domiciliares e os encontros passam a ser espaçados e é mantido o contato por telefone. Dessa forma, garante-se que os cuidadores tenham a oportunidade de aplicar o que aprenderam durante os encontros.

Tendo em vista a estrutura deste protocolo, quais são os profissionais que podem aplicá-lo? A seguir estão algumas das recomendações dos autores.

Quem pode aplicar o RUBI?

Os autores do RUBI indicam que o manual será melhor aproveitado por profissionais que tenham experiência no trabalho com crianças no espectro do autismo ou que tenham conhecimento prévio dos princípios da análise do comportamento aplicada (ABA).

Além disso, apesar do manual seguir uma ordem específica, os pesquisadores responsáveis por ele indicam que o clínico tem liberdade para introduzir conceitos ou intervir na medida do que a família precisar.

É importante lembrar que todo protocolo deve ser utilizado considerando não só suas evidências científicas, mas também o conhecimento do profissional e as características culturais e pessoais da pessoa que receberá a intervenção. Uma prática é verdadeiramente baseada em evidências quando considera esses três fatores.

Na Genial Care utilizamos o manual RUBI nas intervenções que oferecemos às famílias e todos os profissionais que atuam tanto com a criança, quanto com os cuidadores, são especialistas em ABA ou têm experiência prévia no atendimento de crianças com TEA.

Se você quer saber mais sobre o RUBI fique de olho nos próximos textos que vamos lançar, o próximo apresentará um pouco das evidências científicas do protocolo.

Além disso, se você tem interesse em saber mais sobre nosso trabalho ou sobre TEA, leia nosso blog e se inscreva para a nossa newsletter.

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