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Professora brincando com alunos que entregaram o relatório descritivo para início das aulas letivas.

Educação infantil: 7 passos para fazer o relatório descritivo da criança com autismo

Um relatório descritivo de aluno é algo fundamental quando falamos na educação infantil e desenvolvimento escolar de uma criança com TEA. Isso porque, esse relatório terá as principais informações daquela criança, com suas habilidades e dificuldades.

Esse relatório descritivo é uma oportunidade essencial para que a família dê informações que auxiliem a instituição a dar o melhor suporte para aquela pessoa, garantindo o respeito e acolhimento necessários para a socialização, desenvolvimento e aprendizado.

No entanto, esse processo de escrever um esse relatório descritivo do aluno autista para a escola pode ser bastante desafiador para a família, que não sabe bem por onde começar ou o que adicionar.

Neste texto, feito em parceria com a terapeuta Bruna Manzolli, da Rede Genial, trazemos 7 passos para você aprender a montar o relatório descritivo de uma criança com autismo. Ao final, temos um modelo próprio para você baixar e usar com sua criança!


Conversa com Zoe Mailloux

O que é um relatório descritivo de aluno autista?

De modo geral, um relatório descritivo ou carta de apresentação, como também é conhecido, foca em contar mais sobre aquela criança:

  • Como ela é;
  • Qual seu nível de necessidade de suporte;
  • O que ela gosta;
  • O que não gosta;
  • E também alguns comportamentos desafiadores que costuma ter e qual a melhor forma de abordar a situação.

Dessa forma, um relatório descritivo de educação infantil precisa ter as principais questões que irão nortear e servir como diretrizes para ajudar professores e outros profissionais da educação a observarem os comportamentos do desenvolvimento da criança.

Como fazer um relatório de uma criança com autismo?

Existem alguns pontos principais que não podem ficar de fora na hora de construir esse documento e que precisam estar compilados e organizados de forma assertiva para quem for ler. São eles:

  • Aspectos cognitivos;
  • Aspectos psicomotores;
  • Aspectos sensoriais;
  • Comorbidades;
  • Comportamento;
  • dos conteúdos acadêmicos;
  • Grau e nível de aprendizagem e assimilação
  • Habilidades adaptativas;
  • Habilidades sociais;
  • Linguagem e comunicação;
  • Sono e alimentação.

Além disso, podem ser adicionados outros detalhes que ajudam na compreensão e direcionamento desses profissionais, explicando mais sobre o desenvolvimento motor da criança, sua participação nas aulas, quanto de interesse demonstra em determinados assuntos e até mesmo como é a interação com outras crianças.

Por que fazer um relatório descritivo da criança com autismo?

Em primeiro lugar, é importante falar sobre a importância de um relatório descritivo da criança com autismo para a escola.

Este documento funciona como uma carta de apresentação sobre a criança para a escola, ajudando professores a conhecerem melhor o repertório e necessidades dela.

Como sabemos, o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado pelas dificuldades na interação e comunicação social e a presença de padrões de comportamento restritos e repetitivos — como a ecolalia e as estereotipias.

Além disso, cada pessoa autista é única e deve ter suas particularidades respeitadas.

Por esse motivo, é importante que a equipe multidisciplinar que acompanha o desenvolvimento da criança faça uma avaliação para conhecê-la melhor e criar e aplicar um modelo de intervenção que respeite suas singularidades.

Com a escola, é o mesmo. Além de ser um espaço de convivência e aprendizado fundamental para pessoas com autismo, as crianças costumam passar boa parte do tempo nas escolas.

Por isso, é essencial que a equipe pedagógica as conheça e consiga estimulá-las da melhor maneira para impactar seu desenvolvimento.

Existe diferença entre um relatório descritivo ou carta de apresentação de crianças autistas?

Tanto um relatório descritivo quanto uma carta de apresentação são documentos com objetivo de fornecer informações detalhadas sobre a criança autista, destacando suas características, necessidades, habilidades e desafios específicos.

A maior diferença entre eles é que o relatório descritivo é algo mais detalhado e geralmente escrito por profissionais da saúde ou terapeutas que acompanham o desenvolvimento da criança.

Ele fornece uma análise abrangente da criança autista, incluindo seu histórico médico, diagnóstico, desenvolvimento cognitivo, habilidades de comunicação, comportamentos sensoriais e estratégias de intervenção eficazes

Já uma carta de apresentação é uma versão mais informal do documento, muitas vezes escrita pelos pais ou responsáveis da criança.

Ela é destinada a apresentar a criança autista a novos ambientes, como uma nova escola ou atividade extracurricular, destacando suas características únicas, interesses, desafios e necessidades especiais.

Por isso, apesar de pouco diferentes, esses documentos são fundamentais quando estamos falando da adaptação escolar de crianças no espectro.

Essa carta de apresentação à escola ajuda na inclusão do aluno, como um guia para os profissionais que estejam envolvidos no cuidado dessa criança.

Ambos trazem detalhes e contam com espaços para a família preencher com as informações da criança, além de algumas explicações sobre o nível de necessidade e suporte e possíveis estratégias para lidar com comportamentos desafiadores.

7 passos para escrever um relatório descritivo ou carta de apresentação da criança autista

Segundo Bruna, a principal função do relatório descritivo é fornecer informações da criança a partir de uma visão integral, seu desenvolvimento, comportamento, dificuldades, preferências e habilidades.

“Com isso, a equipe escolar possui maior repertório para desenvolver estratégias de adaptação, participação e manejo no período escolar, além de trabalhar com nível adequado de exigência no dia a dia.”

O relatório também aumenta a possibilidade de criação de vínculo com a criança, apontando caminhos para que essa construção seja respeitosa e o mais natural possível, sabendo que o vínculo é primordial ao longo de toda vida escolar.

“A partir dos dados disponibilizados à escola, espera-se um preparo da equipe e também uma contextualização às crianças da turma, com linguagem acessível e adequada à faixa etária. Assim todos caminham juntos para uma inclusão efetiva”, comenta.

Especialista em educação inclusiva e atuando há 8 anos no cuidado de pessoas com autismo, ela traz 7 passos para você montar um relatório descritivo ou carta de apresentação da sua criança em casa

Baixe no final deste texto nosso modelo de relatório para preencher com os dados da sua criança!

1 – Comece pela introdução

Para iniciar o relatório, faça uma breve introdução apresentando a criança e o porquê de você estar fazendo aquele relatório. “Uma dica legal é que a família pode escrever como se fosse a criança no documento”, explica Bruna. Exemplo:

“Olá, eu sou a Carol. Tenho 5 anos e recebi meu diagnóstico de autismo grau 2 de suporte há pouco tempo. Esse relatório é para você me conhecer mais e saber auxiliar o meu desenvolvimento na escola”.

2 – Comece contando mais sobre a criança

A primeira informação que deve constar no relatório descritivo é justamente sobre a criança. Aqui, você pode trazer desde aspectos como idade do diagnóstico, coisas que ela gosta e o que não gosta e também sobre como se comporta e interage socialmente. Veja alguns tópicos importantes:

  • História médica da criança;
  • Desenvolvimento dela;
  • Intervenções que faz e rotina;
  • Medicamentos que usa.

Em resumo, qualquer informação que você considere importante e relevante para a escola.

3 – Converse com quem acompanha a criança

Além da família, outras pessoas envolvidas no processo de desenvolvimento da criança podem contribuir para a criação do relatório descritivo dela.

“Profissionais, terapeutas, outros professores e médicos podem ajudar a ter uma compreensão completa de como a criança se desenvolve. Possíveis efeitos colaterais de medicação, manejos adequados a comportamentos desafiadores, ferramentas para serem utilizadas no dia a dia, histórico escolar, tudo isso pode ser complementado pela equipe multidisciplinar para oferecer maior compreensão, empatia e estratégias possíveis de serem implementadas na rotina escolar”, alerta Bruna.

4 – Fale com sinceridade sobre o desenvolvimento da criança

O autismo faz com que a criança apresente alguns sinais de atraso no desenvolvimento desde cedo, o que pode ajudar inclusive na busca pelo diagnóstico.

Sendo assim, é muito importante que a família traga aspectos referentes ao desenvolvimento da criança no relatório descritivo para a escola. Aqui, podem ser mencionados atrasos ou desafios específicos do autismo.

Um exemplo disso é quando a criança tem dificuldades na coordenação motora grossa e fina, o que pode influenciar na alfabetização e processo de escrita. Sabendo disso, a equipe pedagógica pode criar estratégias junto à equipe multidisciplinar para garantir o aprendizado.

Banner sobre a Rede Genial de terapeutas com mulher segurando uma prancheta de anotações e um criança sorrindo com os braços levantados.

5 – Descreva o comportamento da criança

Além das dificuldades e atrasos no desenvolvimento, falar sobre o comportamento da criança é fundamental para auxiliar a escola a pensar em processos como a interação social, comportamentos repetitivos e desafios na comunicação que podem ser trabalhados.

“Na rotina escolar há vários desafios aos quais a criança será exposta, sejam desafios sociais, sensoriais ou pré-acadêmicos/acadêmicos. Tendo conhecimento prévio sobre o desenvolvimento integral da criança, a equipe pode pensar em formas de aumentar a previsibilidade, controlar o ambiente, definir o que pode ser utilizado com objetivo de engajar a criança, como aproveitar oportunidades de interação e também como orientar toda a comunidade escolar.”, afirma Bruna.

6 – Comente sobre a resposta da criança às intervenções

Explicar como a criança tem respondido às intervenções também é uma etapa necessária no relatório descritivo. Aqui, você pode incluir as terapias que ela faz, medicamentos que toma e outros recursos.

É muito importante trazer pontos de ação e estratégias que podem ajudar durante comportamentos desafiadores e que são praticados na intervenção terapêutica. Isso ajuda a criar uma generalização dos ensinamentos aprendidos em outros ambientes.

7 – Conclua e não se esqueça de revisar o relatório descritivo

Por último, é importante concluir o relatório ou carta de apresentação com um resumo das informações que constam ali e trazer sugestões pensadas junto à equipe multidisciplinar para auxiliar na inclusão e desenvolvimento da criança no ambiente escolar.

Depois de tudo pronto, revise o documento com a equipe que acompanha o desenvolvimento da criança e pessoas que auxiliaram a elaborá-lo e verifique se ele está claro, coerente e traz as informações de forma simples.

Seguindo essas etapas, você conseguirá um relatório descritivo eficaz da criança com autismo para a escola. Ajudando a equipe pedagógica a obter informações úteis para garantir o suporte adequado no ambiente escolar.

Conclusão

Conseguimos entender que um relatório descritivo ou até mesmo carta de apresentação, apesar de geralmente escritos por pessoas diferentes, são essenciais para fornecer informações abrangentes da criança autista.

Entre essas informações do relatório descritivo de aluno autista estão: histórico médico, diagnóstico, desenvolvimento cognitivo, habilidades de comunicação, comportamentos sensoriais e estratégias de intervenção eficazes.

Tanto o relatório descritivo quanto a carta de apresentação desempenham um papel essencial em facilitar a compreensão e o apoio à criança autista em diversos contextos sociais e educacionais.

Ambos os documentos são fundamentais para promover um ambiente inclusivo e de apoio para crianças autistas, ajudando a construir pontes de comunicação e compreensão entre a criança, seus cuidadores e a comunidade ao seu redor.

Precisa de ajuda? Clique no botão abaixo e use nosso modelo de carta de apresentação para preencher com as informações da sua criança.

Baixe nosso modelo de Relatório Descritivo

Conheça nosso atendimento para autismo

12 respostas para “Educação infantil: 7 passos para fazer o relatório descritivo da criança com autismo”

  1. Olá, sou auxiliar de desenvolvimento de dois alunos do 4° ano e as orientações aqui apresentadas foram fundamentais para que eu possa desenvolver um relatório para cada uma delas. Uma com TEA e outra com TOD

    • Olá, Ana Paula. Como vai? Esperamos que muito bem.

      Nós que agradecemos pelo seu relato. Para nós é importante saber que nossos conteúdos ajudam mais e mais pessoas no entendimento do espectro autista.

      Abraço.

  2. Adorei as orientações. Sou professora é a primeira vez que estou com uma turma de maternal crianças de 2 a 3 anos. Nesta turma tenho 3 alunos com TEA. Isso me deixa bastante angustiada do que posso fazer para ajudar meus pequeninos os 3 são não verbal. O que posso fazer pra eles desenvolver a fala?

    • Olá, Claudiane. Como vai? Esperamos que muito bem.

      Nós que agradecemos. É muito bom ler seu comentário. Assim, estamos alcançando o objetivo de informar pessoas sobre o espectro autista.

      Abraço.

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