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a imagem mostra uma mulher mais velha de camiseta vermelha com uma criança sentadas no chão assoprando bolhas de sabão

Ensino de comportamentos com ABA: quais estratégias utilizar?

Derivada do inglês Applied Behavior Analysis, a ABA (Análise do Comportamento Aplicada) é uma ciência que foca em promover o ensino de novas habilidades e reduzir comportamentos desafiadores, como as crises, por exemplo.

Quando pensamos nas intervenções com pessoas no espectro, o ensino de comportamentos com ABA é usado de forma individualizada e com embasamento científico para ajudar a potencializar a saúde, bem-estar e rotina.

Os comportamentos que essa terapia propõe desenvolver são sempre aqueles que podem ser observados e aplicados à vida cotidiana. Todas as sessões são sempre baseadas no repertório e evolução do comportamento dos indivíduos.

Neste texto, você vai entender quais são as estratégias mais usadas no ensino de comportamentos com ABA e como essa abordagem pode fazer toda a diferença na vida de uma criança com autismo.

Como funcionam as intervenções baseadas em ABA?

A ABA é a ciência de aprendizagem indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o tratamento de pessoas com desenvolvimento atípico, especialmente o TEA.

Como seu objetivo principal é observar, explicar e analisar a relação entre comportamento humano, ambiente e aprendizagem, suas intervenções precisam ser estruturadas de forma individualizada.

Para que elas sejam de qualidade, é preciso seguir algumas etapas fundamentais, como:

  1. Avaliação comportamental;
  2. Definição dos objetivos do indivíduo;
  3. Planejamento de estratégias e ações;
  4. Implementação da intervenção;
  5. Reavaliação contínua.

As intervenções devem ser feitas com uma equipe multidisciplinar de profissionais especializados como psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros. Esse time pode mudar de acordo com as necessidades de aprendizagem de cada pessoa.

O ensino de comportamentos com ABA possui algumas características essenciais, que são:

  • Focar no aprendizado de habilidades socialmente relevantes;
  • Focar na promoção da generalização dessas habilidades para que elas sejam colocadas em prática fora do contexto clínico;
  • Ter objetivos comportamentais pré-estabelecidos bem descritos e observáveis;
  • Ser passível de registro para uma evolução mensurável.

Quais são as estratégias de ensino de comportamentos com ABA?

Muitas pessoas acreditam que as estratégias de ensino de comportamento com ABA são uma série de exercícios repetitivos, criando uma forma única e específica de resposta, além de comportamentos robotizados.

Isso não é verdade, já que as técnicas aplicadas são sempre planejadas de acordo com o repertório e necessidades individuais de cada criança. Esses métodos visam uma variedade de habilidades e podem ser aplicados em várias estratégias diferentes.

Independente da estratégia escolhida pelo profissional, a motivação e o reforço positivo sempre vão existir. Isso porque, a criança precisa estar motivada. Faz parte do processo de ensino como um todo, independente da técnica que você for usar para ensinar.

Com os reforçadores é possível estimular que os comportamentos positivos, que procuramos para determinadas situações, voltem a acontecer com frequência. É possível usar diferentes objetos e situações como reforçadores, como: brinquedos, elogios, jogos, abraços, desenhos, entre outros.

Vamos conhecer algumas dessas estratégias.

  • Ensino naturalístico

A ABA naturalista, ou ensino naturalístico como também é conhecido, é uma das várias estratégias de ensino de comportamentos com ABA voltadas para o autismo. Com ela, é possível priorizar estratégias para aumentar a motivação e a generalização, sempre mantendo o interesse da criança.

Nessa intervenção, o profissional sempre irá usar a motivação da pessoa no espectro, buscando aprendizado por meio de atividades que são reforçadoras.

O Ensino incidental faz parte das estratégias naturalísticas, sendo usado para melhorar a linguagem e outras habilidades ligadas à comunicação de pessoas no espectro. Também ajuda a transferir uma habilidade de uma situação para outra, incentivando a interação social.

Além disso, o Método Denver e Jasper PRT também fazem parte dessas estratégias.

  • Treino em Tentativa Discreta (DTT)

Também conhecido como ABA estruturado, o Ensino por Tentativas Discretas tem como objetivo garantir mais autonomia e independência para crianças com TEA, por meio do ensino de novas habilidades.

Essas estratégias são estruturadas, ou sejam, apresentam etapas pré-estabelecidas, e precisam ter alguns elementos, como:

  • Apresentar instruções;
  • Dicas (se houver);
  • Respostas (da criança);
  • Consequências (a forma como o aplicador reage quando o comportamento acontece repetidamente).

Além disso, essa forma de ensino divide a aprendizagem de uma tarefa maior em passos menores, para que ela aconteça etapa por etapa de forma discreta, durante uma série de tentativas.

  • Instrução Direta (DI)

A instrução direta é uma forma de ensino com sistema padronizado, ou seja, nesse método são usadas várias instruções sequenciais que a pessoa consiga alcançar o objetivo, como lições ou roteiros.

Existe um passo a passo estruturado, além de muito diálogo para explicação de informações e instruções em uma forma ordenada e sequencial. É muito importante que toda essa sequência de etapas respeite as habilidades do cotidiano da pessoa com TEA, entendendo o repertório para não criar barreiras que possam dificultar a comunicação.

Qual estratégia de ensino de comportamentos com ABA é a melhor?

As técnicas listadas acima são apenas algumas das estratégias usadas no ensino de comportamentos com ABA, além dela, existem várias outras possibilidades que o profissional pode usar nas sessões.

Por isso, não existe uma melhor ou pior que a outra. Mas sim, estratégias alinhadas à necessidade da pessoa e que ajudem a alcançar os objetivos definidos pelos terapeutas especialistas. Assim, é essencial que tudo seja feito de forma individualizada, levando sempre em consideração a singularidade de cada pessoa.

É muito comum que sejam usadas várias técnicas ao mesmo tempo, evitando o desinteresse e tédio da criança. Diante disso, é fundamental que pais e pessoas cuidadoras conversem sempre com a equipe multidisciplinar para entender qual o melhor caminho a ser seguido.

Como a ABA é uma ciência e não uma técnica fechada, todos os seus resultados são baseados em evidências científicas, dados de pesquisas. Para isso usamos as práticas baseadas em evidências científicas para o autismo.

Você pode conhecer mais sobre elas clicando no link abaixo:
Práticas Baseadas em Evidências

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