Genial Care

Pesquisar
Rubi: Criança olhado desenho em papel.

RUBI Sessões 1 e 2: Princípios comportamentais e estratégias preventivas

Esse é o segundo volume da sequência que preparamos para apresentar o RUBI, um treinamento parental que, como falamos anteriormente, tem o objetivo de capacitar cuidadores de crianças com TEA no manejo de comportamentos desafiadores.

Neste texto são apresentadas as duas primeiras sessões do manual, para que pais e, especialmente, profissionais possam conhecer mais deste material. Vamos?

Para quem o RUBI é indicado?

Apesar do programa ser direcionado para crianças com TEA em idade pré-escolar, alguns estudos o utilizaram com crianças no espectro com idade de até 14 anos. Além disso, outro estudo utilizou o RUBI com crianças com TDAH entre 5 e 14 anos, também com dados positivos.

Ainda que a aplicação do manual tenha sido possível em idades diversas e quadros diferentes do TEA, o objetivo em todas as situações foi o mesmo: manejar comportamentos desafiadores.

E é claro que se a aplicação for direcionada a crianças mais velhas haverão adaptações necessárias a serem feitas como: reforçadores apropriados para a idade ou elencar como alvo realização da lição de casa, por exemplo para crianças em idade escolar.

Mas, existe alguma forma de garantir que o profissional está utilizando corretamente o manual? Como sabemos se estamos de fato oferecendo a intervenção manualizada? É sobre isso que falamos abaixo.

Como garantir que estou utilizando o RUBI corretamente?

Sempre que um profissional passa a oferecer um tratamento manualizado, é necessário que haja a preocupação em garantir a fidelidade ao tratamento. Ou seja, é importante que sejam seguidos os princípios que norteiam a intervenção.

Por isso, os autores do RUBI oferecem algumas fichas no formato de checklist que estabelecem os pontos centrais que devem ser cobertos em cada sessão. Dessa forma, o profissional pode monitorar se está atingindo os principais objetivos esperados naquela etapa do tratamento.

Agora, qual o formato das sessões do programa? A seguir oferecemos a descrição das duas primeiras sessões do RUBI.

Sessão 1: Princípios comportamentais

A primeira sessão tem como objetivo principal apresentar os princípios básicos da análise do comportamento aplicada (ABA), como o modelo A-B-C de registro do comportamento.

Além dos objetivos gerais da sessão, são descritos os objetivos comportamentais dos próprios cuidadores e os materiais necessários para a execução dessa etapa.

O que é A-B-C do comportamento?

O modelo ABC é uma ferramenta de registro e análise de um comportamento. Ele funciona da seguinte forma:

  • A: são registrados os antecedentes – tudo que acontece antes – do comportamento escolhido para ser registrado e analisado.
  • B: é registrado comportamento alvo escolhido.
  • C: são registradas as consequências – tudo que acontece depois – deste comportamento.

E são as informações coletadas a partir do A-B-C que permitem que sejam escolhidas as melhores estratégias para o manejo do comportamento analisado.

No caso do RUBI, que é direcionado para comportamentos desafiadores, com o registro dos antecedentes e consequências é que os profissionais e pais podem discutir e colocar em prática estratégias preventivas para diminuir a chance desse comportamento surgir, além de qual melhor forma de manejar quando ele aparece.

O que são estratégias preventivas? O próximo tópico cobre justamente esse ponto.

Sessão 2: Estratégias de prevenção

Ao final de cada sessão são dadas algumas atividades como lição de casa para os cuidadores exercitarem o que aprenderam durante a sessão. Dessa forma, o encontro seguinte sempre começa com a revisão desses exercícios.

Após o momento de revisão, são apresentados os alvos da nova etapa. A segunda sessão tem como objetivo principal apresentar estratégias de prevenção, ou seja, formas de manejo que evitem que comportamentos desafiadores ocorram.

Aqui são apresentadas 8 categorias de prevenção:

  1. Evitar situações ou pessoas: certos ambientes ou pessoas podem fazer parte do que antecede o comportamento desafiador, dessa forma, uma estratégia preventiva pode ser evitá-los ou diminuir a exposição da criança a eles.
  2. Controle do ambiente: partes do ambiente podem promover maior chance do comportamento desafiador ocorrer. Um exemplo disso seria: se a visão do Ipad durante o momento de realização de uma tarefa, aumenta a chance da criança se recusar a seguir uma instrução, guardá-lo em um local que a criança não possa vê-lo é uma forma de controlar o ambiente para prevenir que esse comportamento ocorra.
  3. Realizar tarefas em pequenas doses ou pequenos passos: ao colocar a criança em alguma situação potencialmente estressante, é possível fazer isso por um tempo reduzido ou em pequenos passos, evite o surgimento de comportamentos desafiadores.
  4. Mudar a ordem dos eventos: essa estratégia pressupõe a mudança na cadeia de eventos. Por exemplo: se uma criança tem dificuldade de parar uma atividade prazerosa para realizar uma tarefa, uma alternativa é fazê-la realizar a demanda e somente depois iniciar a atividade de preferência.
  5. Reagir aos primeiros sinais do problema: ao perceber que o comportamento da criança está mudando, ela está ficando mais agitada, por exemplo, uma possível forma de prevenir comportamentos difíceis de manejar é ao primeiro sinal de mudança já reagir levando a criança para se acalmar.
  6. Mudar como uma pergunta ou demanda é feita: em alguns momentos a forma como uma demanda é colocada pode facilitar com que a criança reaja negativamente, dessa forma, é importante observar se há outras possíveis formas de apresentar tarefas que não promovam uma resposta de difícil manejo.
  7. Evitar eventos que aumentam a vulnerabilidade emocional: estar com fome, sono ou alguma dor, são exemplos de eventos que podem facilitar com que a resposta da criança seja desafiadora, dessa forma pode ser interessante que os cuidadores prestem atenção em formas de evitar que a criança chegue a um estado de vulnerabilidade que pode levá-la a reagir negativamente.
  8. Usar pistas visuais ou auditivas: imagens, listas e alarmes são algumas das possibilidades para ajudar a criança na transição de um ambiente para o outro ou de uma atividade para a outra, pois dão previsibilidade do que irá acontecer.

Ao final da sessão são apresentadas as tarefas de casa dos pais, para que eles coloquem em prática a observação, registro e análise de estratégias de prevenção que foram colocadas em prática ao longo da semana.

Se você quer saber mais sobre como o RUBI funciona, fique de olho no nosso blog! O próximo texto da sequência apresentará as sessões 3 e 4: Rotina diária e Reforçamento 1.

Conheça nosso atendimento para autismo

Esse artigo foi útil para você?

Filha de Demi Moore e Bruce Willis revela diagnóstico de autismo Lei obriga SUS a aplicar Escala M-chat para diagnóstico de autismo Brinquedos para autismo: tudo que você precisa saber! Dia internacional das mulheres: frases e histórias que inspiram Meltdown e Shutdown no autismo: entenda o que significam Veja o desabafo emocionante de Felipe Araújo sobre seu filho autista Estádio do Palmeiras, Allianz Parque, inaugura sala sensorial Cássio usa camiseta com número em alusão ao Autismo Peça teatral AZUL: abordagem do TEA de forma lúdica 6 personagens autistas em animações infantis Canabidiol no tratamento de autismo Genial Care recebe R$ 35 milhões para investir em saúde atípica Se o autismo não é uma doença, por que precisa de diagnóstico? Autismo e plano de saúde: 5 direitos que as operadoras devem cobrir Planos de saúde querem mudar o rol na ANS para tratamento de autismo Hipersensibilidade: fogos de artifício e autismo. O que devo saber? Intervenção precoce e TEA: conheça a história de Julie Dutra Cezar Black tem fala capacitista em “A Fazenda” Dia do Fonoaudiólogo: a importância dos profissionais para o autismo Como é o dia de uma terapeuta ocupacional na rede Genial Care? O que é rigidez cognitiva? Lei sugere substituição de sinais sonoros em escolas do Rio de janeiro 5 informações que você precisa saber sobre o CipTea Messi é autista? Veja porque essa fake news repercute até hoje 5 formas Geniais de inclusão para pessoas autistas por pessoas autistas Como usamos a CAA aqui na Genial Care? Emissão de carteira de pessoa autista em 26 postos do Poupamento 3 séries sul-coreanas sobre autismo pra você conhecer! 3 torcidas autistas que promovem inclusão nos estádios de futebol Conheça mais sobre a lei que cria “Centros de referência para autismo” 5 atividades extracurriculares para integração social de crianças no TEA Como a Genial Care realiza a orientação com os pais? 5 Sinais de AUTISMO em bebês Dia das Bruxas | 3 “sustos” que todo cuidador de uma criança com autismo já levou Jacob: adolescente autista, que potencializou a comunicação com a música! Síndrome de asperger e autismo leve são a mesma coisa? Tramontina cria produto inspirado em criança com autismo Como a fonoaudiologia ajuda crianças com seletividade alimentar? Genial Care Academy: conheça o núcleo de capacitação de terapeutas Como é ser um fonoaudiólogo em uma Healthtech Terapeuta Ocupacional no autismo: entenda a importância para o TEA Como é ser Genial: Mariana Tonetto CAA no autismo: veja os benefícios para o desenvolvimento no TEA Cordão de girassol: o que é, para que serve e quem tem direito Como conseguir laudo de autismo? Conheça a rede Genial para autismo e seja um terapeuta de excelência Educação inclusiva: debate sobre acompanhantes terapêuticos para TEA nas escolas Letícia Sabatella revela ter autismo: “foi libertador” Divulgação estudo Genial Care O que é discalculia e qual sua relação com autismo? Rasgar papel tem ligação com o autismo? Quem é Temple Grandin? | Genial Care Irmãos gêmeos tem o mesmo diagnóstico de autismo? Parece autismo, mas não é: transtornos comumente confundidos com TEA Nova lei aprova ozonioterapia em intervenções complementares Dicas de como explicar de forma simples para crianças o que é autismo 5 livros e HQs para autismo para você colocar na lista! Como é para um terapeuta trabalhar em uma healthcare? Lei n°14.626 – Atendimento Prioritário para Pessoas Autistas e Outros Grupos Como fazer um relatório descritivo? 7 mitos e verdades sobre autismo | Genial Care Masking no autismo: veja porque pessoas neurodivergentes fazem Como aproveitar momentos de lazer com sua criança autista? 3 atividades de terapia ocupacional para usar com crianças autistas Apraxia da fala (AFI): o que é e como ela afeta pessoas autistas Por que o autismo é considerado um espectro? Sala multissensorial em aeroportos de SP e RJ 18/06: dia Mundial do orgulho autista – entenda a importância da data Sinais de autismo na adolescência: entenda quais são Diagnóstico tardio da cantora SIA | Genial Care Autismo e futebol: veja como os torcedores TEA são representados MMS: entenda o que é o porquê deve ser evitada Tem um monstro na minha escola: o desserviço na inclusão escolar Autismo e esteriótipos: por que evitar associar famosos e seus filhos Diagnóstico tardio de autismo: como descobrir se você está no espectro? Autismo e TDAH: entenda o que são, suas relações e diferenças Eletroencefalograma e autismo: tudo que você precisa saber Símbolos do autismo: Veja quais são e seus significados Neurodivergente: Saiba o que é e tire suas dúvidas Como ajudar crianças com TEA a treinar habilidades sociais? Prevalência do autismo: CDC divulga novos dados Show do Coldplay: momento inesquecível para um fã no espectro Nova temporada de “As Five” e a personagem Benê Brendan Fraser e seu filho Griffin Neuropediatra especializado em autismo e a primeira consulta Dia da escola: origem e importância da data comemorativa Ecolalia: definição, tipos e estratégias de intervenção Park Eun-Bin: descubra se a famosa atriz é autista Síndrome de Tourette: entenda o que aconteceu com Lewis Capaldi 10 anos da Lei Berenice Piana: veja os avanços que ela proporcionou 7 passos para fazer o relatório descritivo da criança com autismo Diagnóstico tardio de autismo: conheça a caso do cantor Vitor Fadul Meu filho foi diagnosticado com autismo, e agora? Conheça a Sessão Azul: cinema com salas adaptadas para autistas Síndrome sensorial: conheça o transtorno de Bless, filho de Bruno Gagliasso Escala M-CHAT: saiba como funciona! Déficit na percepção visual: Como a terapia ocupacional pode ajudar? 3 aplicativos que auxiliam na rotina de crianças autistas 3 Animações que possuem personagens autistas | Férias Geniais