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Mãos segurando figuras que simbolizam a regulação emocional. Cada uma tem um semblante distinto como raiva, felicidade e apreensão.

Regulação emocional da família na vida do autista

Há um provérbio famoso referente ao desenvolvimento de uma criança em uma família: “é necessária uma aldeia para criar uma criança”.

Isso porque, a jornada de cuidar de uma criança com autismo é repleta de desafios e conquistas. A regulação emocional da família desempenha um papel fundamental nesse processo, pois afeta tanto o bem-estar dos pais quanto o progresso da criança.

De acordo com a pesquisa “Retratos do autismo no Brasil em 2023: um estudo Genial Care e Tismoo.me”, feita com pessoas autistas, cuidadores e profissionais da área, quando questionados sobre as principais dificuldades nos cuidados da criança autista, 68% dos cuidadores reforçaram terem tempo para descanso e para cuidarem de si mesmos, esse dado impacta diretamente na regulação emocional dos pais, no autocuidado e na saúde familiar.

Neste artigo, exploraremos como a regulação emocional da família é fundamental para o desenvolvimento de uma criança autista e oferecemos estratégias práticas para apoiar pais e pessoas cuidadoras nesse caminho. Acompanhe!

O que é a regulação emocional?

regulação emocional: menino de olhos fechados na frente de uma janela

A regulação emocional é a habilidade que uma pessoa tem de reconhecer, compreender e gerenciar seus próprios sentimentos, pensamentos e comportamentos de uma forma saudável e eficiente.

Descobrir jeitos de controlar nossas emoções é mega importante no nosso dia a dia. Ajuda a manter nossos relacionamentos saudáveis e, o mais legal, a cuidar de nós mesmos, não importa onde a gente esteja.

Quando a gente fala de famílias com crianças autistas, a regulação emocional é sobre os pais e quem cuida conseguirem entender e manejar as próprias emoções enquanto encaram os desafios dessa jornada. E é também ajudar a criança a aprender a lidar com as emoções, considerando as barreiras que o autismo pode trazer.

Entendendo a regulação emocional no dia a dia

Podemos quebrar a regulação emocional em algumas etapas fundamentais, como:

Reconhecer as emoções: identificar e botar nome nas emoções. Saber quando estamos felizes, tristes, frustrados ou com medo é o começo para controlar elas.

Entender as emoções: depois que a gente reconhece, é legal entender por que elas aparecem. Descobrir o que faz essas emoções brotarem, tanto para os pais quanto para a criança com autismo.

Controlar as emoções: aqui é a habilidade de lidar com as emoções de um jeito positivo. Pode ser técnicas de relaxamento, estratégias legais para enfrentar problemas e saber expressar essas emoções de um jeito saudável.

Mostrar as emoções: é importante expressar as emoções de um jeito saudável. Isso envolve conversar abertamente sobre elas, tanto entre a família quanto com a criança com autismo.

Dar suporte uns aos outros: a regulação emocional na família envolve o apoio mútuo entre os pais e cuidadores. Isso significa que os membros da família devem estar dispostos a apoiar uns aos outros emocionalmente, especialmente quando enfrentam desafios relacionados ao autismo.

Esses passos são apenas algumas dicas para manter as emoções reguladas e cuidar um do outro, especialmente quando há desafios relacionados ao cuidado de crianças com autismo.

Regulação emocional e autismo

A regulação emocional no contexto do autismo vai além: ela desempenha um papel fundamental no bem-estar geral da família e no desenvolvimento da pessoa autista.

Ao conviver com o autismo, a capacidade de compreender e gerenciar as emoções não apenas impacta o indivíduo em si, mas também influencia a dinâmica familiar.

Observar e compreender os comportamentos da pessoa autista possibilita pensar em estratégias e intervenções específicas para ajudar a criança a expressar suas emoções de maneira positiva em diferentes situações desafiadoras.

Nesse contexto, é importante reconhecer que criar uma criança com autismo requer apoio coletivo. Além dos pais, outros membros da família desempenham um papel significativo.

Por isso, buscar orientação quando necessário e incentivar a interação do filho com parentes contribui não apenas para o desenvolvimento da criança, mas também fortalece os laços emocionais entre ela e outros membros da família. Essa rede de apoio é essencial para o crescimento e bem-estar emocional da criança com autismo.

Estratégias para promover a regulação emocional na família

Uma das estratégias para lidar com essa sensação é incluir a presença de outros familiares no dia a dia da sua criança. Isso permite que todos estejam cientes de tudo que está acontecendo, consigam se envolver de forma ativa e ninguém saia sobrecarregado.

Além disso, a regulação emocional envolve o reconhecimento, a compreensão e a gestão das emoções, de todo o núcleo familiar, principais responsáveis pelo desenvolvimento saudável da criança.

Por isso, ela desempenha um papel essencial na criação de um ambiente acolhedor e estável para o desenvolvimento da criança. Aqui estão alguns pontos importantes:

Autoconhecimento: os pais precisam entender suas próprias emoções. Isso pode envolver a busca de apoio de profissionais de saúde mental quando necessário;

Educação: aprender sobre o autismo e como ele altera a cognição e o comportamento da criança pode ajudar a reduzir a ansiedade e a frustração dos pais;

Comunicação aberta: fomentar um ambiente de comunicação aberta onde todos os membros da família se sintam à vontade para expressar suas emoções é essencial;

Autocuidado: priorizar o autocuidado é fundamental para manter a estabilidade emocional. Isso pode incluir exercícios, meditação, hobbies ou qualquer atividade que ajude a relaxar;

Rede de apoio: buscar o apoio de grupos de pais, terapeutas e outros profissionais que trabalham com autismo pode ser uma fonte valiosa de suporte emocional.

Como trabalhar as emoções com pessoas autistas?

emoções no autismo: mulher adulta segura em uma das mãos imagem de carinha feliz e na outra imagem de carinha triste. Criança aponta para rosto feliz

Entender e praticar a regulação emocional é fundamental para criar um ambiente positivo e estável para a criança autista.

Quando os pais, familiares e pessoas cuidadoras podem gerenciar suas próprias emoções de maneira saudável, eles estão melhor preparados para apoiar a regulação emocional da criança, promovendo seu desenvolvimento emocional e social.

Para começar, separamos algumas dicas:

1. Converse sobre o comportamento da criança com outros familiares

Ao observar o comportamento do seu filho — como um detetive —, você identifica quais são os gatilhos emocionais e as intervenções adequadas para cada momento.

Dividir esse conhecimento com seus familiares contribui para que eles conheçam melhor a sua criança e participem das estratégias de cuidado que ela ou você precisarem.

2. Permita que a criança passe um tempo com os avós, tios e primos

Vivenciar momentos com outras pessoas da família contribui para fortalecer os laços emocionais entre seu filho e seus parentes.

Além disso, também permite que ele amplie seus aprendizados, percepções e perspectivas singulares na jornada de comportamento.

3. Divida os cuidados com outros familiares e permita que eles vivenciem isso sozinhos

Além de dividir sobre o comportamento da criança com outros familiares, permita que eles vivenciem os cuidados do seu filho sozinhos e aprendam como cuidar da sua criança, principalmente quando falamos dos pais.

Observe a relação e os cuidados do pai da sua criança com olhos livres, pois ele também está em uma jornada de aprendizado do comportamento e das intervenções que seu filho precisa para se expressar melhor.

4. Se você tiver mais um filho, inclua as necessidades dele no dia a dia da criança com autismo

família brincando na cama, mãe, pai, dois filhos e um cachorro

Reserve um tempo para incentivar atividades prazerosas que incluam a presença do irmão neurotípico e da criança com autismo, de preferência algo que os dois gostam.

Esse tipo de estratégia contribui com o aprendizado da criança atípica, reforça o momento de atenção dos pais para o dia a dia dos filhos e estreita o relacionamento das crianças uma com a outra.

É importante ter certeza de que cada pessoa da família está tendo as suas necessidades cumpridas.

5. Se não puder fazer isso com a sua família, faça com os seus amigos

Além de manter contato com os seus amigos para se regular emocionalmente, também conte com eles na hora de criar seu filho. Muitas pessoas no mundo não têm a família como rede de apoio, mas encontram isso em seus amigos.

Conclusão

A regulação emocional da família na vida do autista é sem dúvidas um fator determinante para o bem-estar de todos os envolvidos. Esse é um processo contínuo que exige esforço e compreensão!

Lembre-se de que cada criança com autismo é única, e o que funciona para uma família pode não funcionar para outra. O importante é buscar ajuda, aprender continuamente e oferecer um ambiente amoroso e estável para a criança prosperar, sempre considerando suas necessidades e repertório.

Nossa missão na Genial Care é tornar os pais e mães protagonistas no cuidado da criança com o autismo, com o propósito de fazer com que toda a rede de cuidado, e a própria criança, atinja o máximo potencial!

Somos uma rede de cuidados de saúde atípica especializada no cuidado e desenvolvimento de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e suas famílias. Unimos modelos terapêuticos próprios, suporte educacional e tecnologia de ponta para maximizar a qualidade de vida e o bem-estar de todas as pessoas envolvidas no processo de intervenção.

Estamos aqui para apoiar todo cuidador em uma jornada que, muitas vezes, não se sente preparado para viver, justamente por ser um novo caminho. Por isso, queremos mostrar que é um caminho possível como qualquer outro.

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Terapeuta em clínica de autismo. Ela está com menina autista.

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