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O PEI – Plano Educacional Individualizado – é um importante instrumento para planejamento de metas e inclusão de pessoas com autismo no ambiente escolar. Também chamado de PDI – Plano de Desenvolvimento Individual – em alguns locais, seu objetivo é garantir o aprendizado do aluno, levando em consideração suas dificuldades e necessidades.
Esse documento é elaborado de forma conjunta pela escola e também por profissionais que acompanham o aluno, como o professor regente e o professor de inclusão escolar. Apesar de ser muito importante para quem tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), o PEI também atende crianças com outras deficiências e necessidades específicas.
Neste artigo, vamos explicar mais sobre esse documento, sua importância e cuidados na elaboração.
Como elaborar PEI para pessoas com autismo?
A principal função do PEI é orientar, e documentar instruções planejadas para um aluno com deficiência, levando em consideração suas necessidades acadêmicas, sociais e comportamentais.
Esse documento é individual, justamente porque independente da deficiência, cada criança é única e suas dificuldades de aprendizado são singulares. Por esse motivo, a elaboração do PEI ou PDI começa com a observação e coleta de informações sobre o estudante e suas necessidades no ambiente escolar.
A intenção é que ele seja o mais detalhado possível, para garantir que todas as pessoas que não conhecem a criança tenham o máximo de informações possível caso precisem acompanhá-las dentro da escola.
Sendo assim, informações que não podem faltar no PEI são:
- A deficiência do aluno e aspectos dela que podem afetar envolvimento e progresso no currículo geral de educação;
- Informações de avaliação e instruções de necessidades enviadas por especialistas que acompanhar o aluno;
- Preferências do estudante;
- Informações sobre a vida e participação em comunidade;
- Necessidades de ensino exclusivas do aluno.
Quando falamos no PEI ou PDI de pessoas autistas, outras informações também são necessárias, como:
- Aspectos da comunicação;
- Aspectos da linguagem;
- Social;
- Interação entre pares;
- Recreação;
- Comportamentos interferentes;
- Comportamento adaptativo;
- Hábitos de trabalho, incluindo a atenção, distração e organização.
Para que serve o PEI no autismo?
Além das informações detalhadas do estudante, o PEI tem o objetivo de atuar no planejamento de metas para aprendizado dessas pessoas. Assim, a partir dessa documentação, a equipe multidisciplinar responsável pelas terapias de desenvolvimento da criança ajude a identificar objetivos relevantes, habilidades e áreas de necessidade para o aluno.
O PEI ou PDI é válido para os anos seguintes à data de sua elaboração. Isso porque ele objetiva a continuidade e aprimoramento do trabalho que vem sendo realizado com a criança.
Vale lembrar também que a escola é um importante ambiente de aprendizagem e inclusão para pessoas com autismo ou outras deficiências. Por isso, ela deve atuar em conjunto com a equipe multidisciplinar para garantir todas as possibilidades de desenvolvimento da pessoa no espectro.
Também por isso, é importante que os objetivos descritos no PEI estejam relacionados com as metas educacionais, aquisição de conhecimento e também com habilidades que apoiem a autonomia do aluno e respeito às regras sociais e integração na comunidade.
De acordo com o portal ABA +, aspectos que precisam ser considerados no PEI são:
- Se é realizável em um ano;
- É projetado para atender às necessidades do aluno considerando suas dificuldades para permitir que ele(a) seja envolvido e faça progressos no currículo de educação geral;
- É projetado para atender a cada um dos outros alunos com necessidades educacionais que resultam da sua deficiência.
Além disso, é importante reforçar que esses objetivos precisam ser mensuráveis. Ou seja, é preciso avaliar o desempenho do estudante conforme ele avança no aprendizado de cada objetivo do PEI.
Como funciona o processo de aprendizagem para o autista?
Pessoas com autismo têm déficits importantes na comunicação e interação social, além de apresentar padrões de comportamentos restritos e repetitivos. Por isso, o processo de aprendizagem é diferente do que ocorre com pessoas neurotípicas.
No entanto, é preciso sempre considerar aquele indivíduo como um ser único na elaboração do PEI e das intervenções para seu desenvolvimento, pois só assim será possível fazer com que essas pessoas alcancem a autonomia e independência.
Alguns instrumentos podem ser usados para acessar esse aprendizado, como:
- Suportes visuais;
- Apoio da Comunicação Suplementar e Alternativa;
- Adaptação de materiais didáticos e avaliações escolares.
A colaboração das pessoas cuidadoras, equipe multidisciplinar e profissionais escolares também é essencial nesse processo. Para aprender mais sobre autismo e inclusão escolar, acesse nosso blog.