Pesquisar
torne-se
3
especialidades
5
data-curso-360
2
5
07-curso
Dias
Horas
Min
Dias
Horas
Min
homem e menino abraçados olhando para frente

2º Congresso Extraordinário: vamos falar sobre estereótipos e o diagnóstico de autismo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social e pela presença de padrões de comportamentos restritos e repetitivos.

Por isso, é muito comum ouvir sobre estereótipos relacionados ao autismo, construídos pelo coletivo, e que representam algo mais “padronizado” para identificar possíveis pessoas no espectro.

Mas, ao contrário desse pensamento, também existem alguns estereótipos que podem dificultar o acesso ao diagnóstico, justamente por ficarem longe desse imaginário social que é construído sobre o TEA.

Aqui na Genial Care, queremos desconstruir todas essas concepções falsas sobre o transtorno e trazer cada vez mais informação verdadeira para falar sobre as singularidades e possibilidades do espectro autista.

Como parte da nossa campanha de conscientização do mês de abril, chamamos alguns dos nossos convidados do 2º Congresso Extraordinário para falar sobre o tema. Continue lendo para conhecer essas pessoas e aprender cada vez mais sobre autismo!

O que são estereótipos?

Os estereótipos são generalizações, padronizações ou crenças que a sociedade constrói. Eles funcionam como ideias preconcebidas que simplificam a experiência e vivência das pessoas em determinado assunto, criando “rótulos” e padronização de comportamentos.

Dessa forma, os estereótipos podem se manifestar como ideias preconcebidas, imagens mentais ou expectativas sobre como os membros desse grupo devem se comportar, pensar ou sentir.

Essas concepções podem ser influenciadas por diversos fatores, incluindo cultura, mídia, experiências pessoais e socialização.

Os estereótipos muitas vezes podem ser prejudiciais, pois levam a discriminação, preconceito e tratamento injusto das pessoas que são alvo dessas generalizações.

E qual a ligação dos estereótipos com o autismo?

Os estereótipos estão frequentemente presentes na forma como o autismo é percebido e compreendido por muitas pessoas.
Quantas vezes você já ouviu alguém associar a imagem de autistas “em seu mundo próprio” e se balançando para frente e para trás? Ou até mesmo associar a cor azul e o gênero masculino para pessoas com TEA?

Infelizmente, esses estereótipos podem levar a uma série de equívocos e dificuldades, tanto para as pessoas com autismo quanto para suas famílias e profissionais de saúde.

Principalmente porque alguns desses estereótipos podem estar ligados a representações de ações e comportamentos que fazem parte da vida de alguém com TEA, que são as “estereotipias”.

Estereotipias e autismo

As estereotipias são movimentos repetitivos que o indivíduo faz ao longo dos dias. A presença delas de forma frequente é um dos sinais que podem indicar o TEA.

Isso porque uma das características apontadas como díade do autismo, junto a dificuldades na comunicação e interação social, é justamente a existência de padrões de comportamento restritos e repetitivos.

As estereotipias costumam acontecer quando uma pessoa está sobrecarregada por estímulos sensoriais do ambiente e usa essas ações repetitivas para se reorganizar e processar o que está sentindo.

Outro termo comum para as estereotipias é stims, do inglês, “estímulo”. Essa nomenclatura é a mais usada por pessoas autistas para se referir a esses comportamentos.

Principalmente porque elas acreditam e reforçam que o principal objetivo desses movimentos é ajudar a controlar os estímulos excessivos, que muitas vezes podem causar crises e comportamentos desafiadores.

Assim, mesmo causando estranhezas para outras pessoas, as estereotipias podem ser benéficas para pessoas com TEA, já que ajudam a aliviar a ansiedade, acalmar e concentrar.

Conheça Akin e Tio Faso e suas percepções sobre os estereótipos ligados ao autismo

Akin, tem 23 anos, é um homem trans, autista, TDAH com altas habilidades e superdotação. Ele gosta muito de música, crochê e ler livros.

Akin 

Já Fábio Souza, ou Tio Faso como é mais conhecido, tem 41 anos, é autista, TDAH e superdotado, todos diagnosticados tardiamente. Ele também é pai de uma criança autista de 5 anos. Ele trabalha com desenvolvimento de software e pós-graduando em Inteligência Artificial. Ao lado da esposa, tem há mais de 15 anos uma empresa dedicada à produção de conteúdo infantil com protagonismo PCD.

Tio Faso

Para eles, os estereótipos relacionados ao autismo tiveram alguns impactos direcionados ao diagnóstico, especialmente quando falamos das diferenças entre as idades dos dois.

Akin acredita que muitas pessoas, por muito tempo, achavam que o autismo era uma questão que afetava somente um determinado grupo.

“Nunca levavam em consideração autistas pretos, indígenas, mulheres e os demais recortes importantes que podem existir. No meu caso, isso fez com que por muito tempo nem sequer considerassem o autismo, justamente por eu não me parecer com o que associavam a um autista”.

“Infelizmente essa é a realidade de muitos autistas que fogem dos estereótipos, são invisibilizados”, afirma ele.

Já para Fábio essa ligação pode ser separada em duas fases: a infância e a vida adulta, pois para ele, a adolescência foi um momento em que “passou batido” sem ninguém suspeitar de nada.

“Na infância eu não tive diagnóstico porque as minhas particularidades (atraso na fala, atraso para andar e eu me mexer pouco) não eram reconhecidas como sinais de alerta, mas sim como “preguiça” pelos profissionais da época”.

“Já na fase adulta, por eu ser muito funcional e aparentemente estar conseguindo tocar a vida (trabalhando, ter feito faculdade, estar casado e com filho) fora encarado como coisas que nenhum autista faria, logo eu não poderia ser um”.

Existe diferença entre gerações e como os estereótipos influenciam a identidade de pessoas autistas?

Para Tio Faso o conhecimento sobre autismo foi importante, já que antes disso e até mesmo de sua suspeita ele percebeu que a busca por profissionais que acreditavam que o TEA era apenas clássico ou que era mais difícil ser diagnosticado em adultos.

Por isso é importante que outros autistas falem sobre suas experiências porque isso ajuda cada vez mais pessoas a compreenderem que talvez possa estar no espectro e, por fim, buscar avaliação profissional competente e especializada.

“Isso permite que a gente observe e se identifique. Muitos autistas que eu via na internet falam coisas com as quais eu não me identificava até cruzar com uma, a Selma Sueli, que é extremamente comunicativa, mas solta e mais velha como eu – olhei, me identifiquei e finalmente percebi que poderia MESMO ser autista”.

Akin, por outro lado, fala que para as gerações anteriores, o autismo ainda é muito tratado como tabu. “Eu tive a sorte de nascer numa época em que, por conta da tecnologia, as informações eram mais difundidas e começou-se a trabalhar pela desconstrução do estereótipo do que é um autista”.

Ele acredita que para as gerações seguintes, o acesso ao diagnóstico e as informações sobre o espectro será mais facilitado, podendo mudar o caminho e facilitar diagnósticos para muitas pessoas.

Exatamente por isso, é muito importante falarmos sobre autismo e quebrarmos mitos e informações falsas a respeito do transtorno. Assim, cada vez mais pessoas se sentiram representadas e poderão ter acessos mais rápidos a possíveis laudos.

Participe do 2º Congresso Extraordinário da Genial Care

Para continuarmos essa conversa e conseguirmos ampliar ainda mais o diálogo e amplificar a importância dessa mensagem, teremos a segunda edição do nosso Congresso Extraordinário em parceria com a Revista Autismo. O evento acontecerá no dia 25 de abril, ao vivo no canal de YouTube da Genial Care, às 19h.

Tio Faso e Kin Sá estarão em nosso segundo “Congresso Extraordinário”, uma parceria da @genialcare e @revistaautismo!

Tio Faso e Akin participaram como convidados, e continuaram conversando sobre suas percepções e jornada de diagnóstico de TEA.

Queremos você presente nesse evento para participar e construir espaços de trocas cada vez maiores em nossa sociedade. Ele será recheado de informações verdadeiras e acessíveis para todos, impactando a vida das pessoas com autismo e seus cuidadores.

Faça sua inscrição agora mesmo e garanta sua participação em um evento tão importante quanto esse. Continue a conhecer o Tio Faso, Akin e outras pessoas no espectro. Cadastre-se aqui:

Congresso extraordinário 2024

Conheça nosso atendimento para autismo

Esse artigo foi útil para você?

MEC: novas diretrizes para educação de crianças com autismo Just Dance + 3 jogos virtuais para conscientização da neurodiversidade Pessoas com TEA tem direito ao Benefício de prestação continuada (BPC)? 20/10 | Dia Mundial de combate ao Bullying Diagnóstico de autismo: por onde começar? Bradesco Saúde: novo plano de saúde parceiro da Genial Care Apraxia da fala: como ela impacta pessoas autistas? 4 Sinais de AUTISMO em bebês 13/10: dia do terapeuta ocupacional Dia mundial da Saúde Mental Jornada da Terapia Ocupacional – Integração Sensorial 29/10 – ONLINE Debate sobre neurodivergência na Alesp: veja como foi 21/09: Luta Nacional das Pessoas com Deficiências (PCDs) Rock in Rio: sala sensorial para pessoas autistas e com deficiências ocultas Omint: novo plano de saúde parceiro da Genial Care O que é rigidez cognitiva? Como usamos a CAA aqui na Genial Care? Dia do Psicólogo: entenda a importância do profissional no autismo Psicomotricidade: saiba o que é e qual sua relação com Autismo 3 séries sul-coreanas sobre autismo pra você conhecer! 5 atividades extracurriculares para integração social de crianças no TEA Existe reembolso para autismo pelo plano de saúde? Como ajudar crianças com TEA a treinar habilidades sociais? Câmara aprova projeto que visa contratação de pessoas autistas O que é Integração sensorial de Ayres? Olimpíadas 2024: conheça a história e atletas com TEA Dia Mundial de Conscientização da Síndrome do X Frágil Dia Nacional do Futebol: inclusão e emoções das pessoas com TEA Se o autismo não é uma doença, por que precisa de diagnóstico? Aprovado Projeto de Lei que obriga SUS aplicar a escala M-CHAT em crianças de 2 anos Dia mundial do Rock: conheça 5 bandas com integrantes autistas Como aproveitar momentos de lazer com sua criança autista? Senado: debate público sobre inclusão educacional de pessoas com TEA Emoções no autismo: saiba como as habilidades emocionais funcionam Dia do cinema nacional: conheça a Sessão Azul Por que precisamos do Dia do Orgulho Autista? Conheça o estudo retratos do autismo no Brasil 2023 | Genial Care Dia Mundial do Meio Ambiente: natureza e a interação de crianças TEA Pessoas com TEA tem direito ao Benefício de prestação continuada (BPC)? Cássio usa camiseta com número em alusão ao Autismo Marcos Mion visita abrigo que acolhe pessoas autistas no RS Existem alimentos que podem prejudicar a saúde de pessoas autistas? Escala M-CHAT fica de fora da Caderneta da Criança O que são níveis de suporte no autismo? Segunda temporada de Heartbreak High já disponível na Netflix Símbolos do autismo: Veja quais são e seus significados Dia Mundial de Conscientização do Autismo: saiba a importância da data Filha de Demi Moore e Bruce Willis revela diagnóstico de autismo Brinquedos para autismo: tudo que você precisa saber! Dia internacional das mulheres: frases e histórias que inspiram Meltdown e Shutdown no autismo: entenda o que significam Veja o desabafo emocionante de Felipe Araújo sobre seu filho autista Estádio do Palmeiras, Allianz Parque, inaugura sala sensorial Peça teatral AZUL: abordagem do TEA de forma lúdica 6 personagens autistas em animações infantis Canabidiol no tratamento de autismo Genial Care recebe R$ 35 milhões para investir em saúde atípica Autismo e plano de saúde: 5 direitos que as operadoras devem cobrir Planos de saúde querem mudar o rol na ANS para tratamento de autismo Hipersensibilidade: fogos de artifício e autismo. O que devo saber? Intervenção precoce e TEA: conheça a história de Julie Dutra Cezar Black tem fala capacitista em “A Fazenda” Dia do Fonoaudiólogo: a importância dos profissionais para o autismo Como é o dia de uma terapeuta ocupacional na rede Genial Care? O que é rigidez cognitiva? Lei sugere substituição de sinais sonoros em escolas do Rio de janeiro 5 informações que você precisa saber sobre o CipTea Messi é autista? Veja porque essa fake news repercute até hoje 5 formas Geniais de inclusão para pessoas autistas por pessoas autistas Emissão de carteira de pessoa autista em 26 postos do Poupamento 3 torcidas autistas que promovem inclusão nos estádios de futebol Conheça mais sobre a lei que cria “Centros de referência para autismo” Como a Genial Care realiza a orientação com os pais? Dia das Bruxas | 3 “sustos” que todo cuidador de uma criança com autismo já levou Jacob: adolescente autista, que potencializou a comunicação com a música! Síndrome de asperger e autismo leve são a mesma coisa? Tramontina cria produto inspirado em criança com autismo Como a fonoaudiologia ajuda crianças com seletividade alimentar? Genial Care Academy: conheça o núcleo de capacitação de terapeutas Como é ser um fonoaudiólogo em uma Healthtech Terapeuta Ocupacional no autismo: entenda a importância para o TEA Como é ser Genial: Mariana Tonetto CAA no autismo: veja os benefícios para o desenvolvimento no TEA Cordão de girassol: o que é, para que serve e quem tem direito Como conseguir laudo de autismo? Conheça a rede Genial para autismo e seja um terapeuta de excelência Educação inclusiva: debate sobre acompanhantes terapêuticos para TEA nas escolas Letícia Sabatella revela ter autismo: “foi libertador” O que é discalculia e qual sua relação com autismo? Rasgar papel tem ligação com o autismo? Quem é Temple Grandin? | Genial Care Irmãos gêmeos tem o mesmo diagnóstico de autismo? Parece autismo, mas não é: transtornos comumente confundidos com TEA Nova lei aprova ozonioterapia em intervenções complementares Dicas de como explicar de forma simples para crianças o que é autismo 5 livros e HQs para autismo para você colocar na lista! Como é para um terapeuta trabalhar em uma healthcare? Lei n°14.626 – Atendimento Prioritário para Pessoas Autistas e Outros Grupos Como fazer um relatório descritivo?