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Terapeuta ocupacional da Genial Care

Quais são as responsabilidades de um terapeuta ocupacional?

Quando se trata do desenvolvimento e bem-estar das crianças com autismo, o terapeuta ocupacional é um dos profissionais essenciais para as intervenções e melhora na qualidade de vida dessa pessoa.

Isso porque, a terapia ocupacional no autismo foca em promover, manter e desenvolver habilidades necessárias para que as crianças consigam se adaptar de forma funcional ao dia a dia e em diferentes ambientes, como em casa e na escola, por exemplo.

Mas mesmo o terapeuta ocupacional sendo peça-chave na jornada de intervenção e apoio às crianças autistas, algumas famílias e pessoas cuidadoras podem ficar em dúvidas do que, de fato, faz esse profissional e quais suas responsabilidades na rotina de intervenção.

Neste artigo, vamos entender melhor as responsabilidades no desenvolvimento infantil e o papel que um terapeuta ocupacional desempenha no futuro de pessoas autistas. Confira!

O que é a terapia ocupacional?

Antes de mais nada, vale relembrarmos o que é essa especialidade, para podermos entender o que faz um terapeuta ocupacional na sua rotina de intervenção com TEA.

A terapia ocupacional é uma disciplina da área da saúde cujo objetivo é ajudar as pessoas a participarem das atividades diárias que são significativas para elas. Para alcançar esse objetivo, o terapeuta ocupacional avalia as ocupações em que o indivíduo está inserido considerando o seu DESEMPENHO OCUPACIONAL.

O desempenho ocupacional é definido é a maneira como um indivíduo desempenha ou performa uma ocupação. Nesse sentido, as tecnologias utilizadas pela especialidade são orientadas para a autonomia de pessoas que apresentam dificuldade em ser incluídas e participar socialmente. Isso acontece, muitas vezes, porque esses indivíduos têm alguma limitação:

  • Física;
  • Sensorial;
  • Cognitiva;
  • Psicológica;
  • Social.

Além disso, os terapeutas ocupacionais consideram o contexto em que as ocupações ocorrem. Por exemplo, um prejuízo físico pode ter maior impacto em um contexto de trabalho, de produtividade, do que em um contexto de lazer, que envolve a participação social do sujeito.

Um profissional da terapia ocupacional, frequentemente abreviado como T.O., trabalha com pessoas de todas as idades, incluindo crianças, adultos e idosos, para melhorar sua qualidade de vida e independência.

Todas as estratégias e práticas da T.O. focam em entender, promover, desenvolver e aprimorar as habilidades necessárias para uma adaptação funcional e saudável em diversos ambientes.

Além disso, profissionais de terapia ocupacional podem ajudar a criança a desenvolver muito mais autonomia, autoconfiança e interação social ao longo da vida.

Qual o papel de um terapeuta ocupacional?

Um terapeuta ocupacional pode ser responsável tanto por ajudar em atividades do dia a dia, quanto na parte sensorial da criança. A abordagem desse profissional será direcionado pelo desempenho ocupacional do indivíduo e por isso avaliar os déficits de processamento sensorial ajudam na identificação de barreiras na aprendizagem.

Essa terapia envolve diversas abordagens para desenvolver habilidades e ampliar o desempenho ocupacional, considerando não apenas os aspectos físicos, emocionais, sociais e psicológicos de cada pessoa, mas também as demandas da tarefa e o contexto em que esta ocorre.

Apesar do trabalho do terapeuta ocupacional estar muito ligado às intervenções para pessoas com autismo, existem muitas outras demandas que podem ser de responsabilidade da equipe de T.O. que atende a criança.

5 Responsabilidades do terapeuta ocupacional para o desenvolvimento infantil

Existem diversas responsabilidades de um terapeuta ocupacional, mas aqui estamos focando naquelas que estão diretamente ligadas ao desenvolvimento infantil atípico.

Esse profissional pode melhorar a consciência corporal, coordenação motora, imagem e esquema corporal, a memória, concentração e a capacidade de resolver problemas de uma pessoa. Além disso, também é importante promover ações que estejam relacionadas ao repertório e necessidades da pessoa.

Vamos conhecer algumas delas:

1. Avaliação precisa e individualizada

O ponto de partida de qualquer terapeuta ocupacional é uma avaliação individualizada, detalhada e personalizada, sempre em conjunto com outros profissionais da equipe multidisciplinar.

Isso porque, cada criança é única, com desafios e necessidades específicas.

Os terapeutas ocupacionais precisam utilizar sua expertise para avaliar diversas habilidades, como motoras, sensoriais e de comunicação, identificando áreas do desenvolvimento em que a criança enfrenta dificuldades e quais barreiras precisam ser ultrapassadas.

Aqui na Genial Care, a avaliação do desenvolvimento da criança serve como base sólida para o plano de intervenção de cada criança, sendo feita em 3 dias. A partir dessa avaliação Global são identificadas as áreas de desenvolvimento que têm maior prejuízo funcional, o que direciona para uma avaliação dessa especialidade mais aprofundada e assertiva de habilidades.

Assim, quando uma criança vai iniciar os atendimentos, ela passa por essa avaliação como forma de garantirmos que estaremos olhando para suas dificuldades e para os seus potenciais.

Para nós, esse processo inclui o levantamento de pontos de desenvolvimento da criança e da família através de formulários de anamnese e aplicação de protocolos validados no Brasil, como o Vineland, um dos protocolos que usamos internamente.

2. Desenvolvimento de estratégias terapêuticas individuais

Com base na avaliação da especialidade, os terapeutas ocupacionais desenvolvem estratégias terapêuticas individuais, focando em atividades e intervenções que visam melhorar as habilidades motoras finas e grossas, a coordenação, a regulação sensorial e a independência nas atividades diárias.

Cada plano de ação é adaptado às necessidades específicas da criança, garantindo que o progresso seja significativo e relevante para seu repertório.

3. Promoção da independência e bem-estar

Em crianças com autismo, por exemplo, a T.O. pode se concentrar em melhorar as habilidades de brincar, interagir e realizar tarefas do dia a dia de forma independente usando a Integração Sensorial, uma das práticas mais conhecidas nessa especialidade.

Seu principal objetivo é ajudar pessoas com dificuldades sensoriais, ou seja, auxiliar no processamento de texturas, sons, cheiros, gostos, brilho e movimento, por exemplo.

Quando olhamos para o desenvolvimento de habilidades complexas, compreender como o processamento sensorial ocorre e como isso impacta no ganho de capacidades motoras, é essencial para a tomada de decisão clínica.

Além disso, esses profissionais ajudam as pessoas a superarem barreiras emocionais e psicológicas que podem ser difíceis para sua participação plena na vida cotidiana.

4. Suporte para desenvolvimento das AVDs

Um dos principais focos das estratégias de um terapeuta ocupacional são as atividades da vida diária (AVDs). Com isso, a especialidade consegue promover a independência da criança em suas atividades diárias para que ela consiga desenvolver as habilidades necessárias para realizar essas tarefas com a menor assistência possível.

Dentro disso, algumas das principais atividades que a terapia ocupacional se encarrega de ensinar a criança são:

  • Ir ao banheiro;
  • Pentear o cabelo;
  • Colocar os sapatos;
  • Escovar os dentes.

Além disso, também é possível trabalhar no desenvolvimento da coordenação motora em atividades como:

  • Subir e descer escadas com equilíbrio;
  • Pular com os dois pés;
  • Jogar e segurar a bola com as duas mãos;
  • Segurar o lápis com a mão para escrever.

Vale reforçar que essas atividades podem ajudar crianças com qualquer nível de necessidade de suporte no autismo.

É importante ressaltar que o alvo de intervenção da Terapia Ocupacional estará sempre relacionado a Atividades de Vida Diária que sejam significativas, para a criança, para a dinâmica familiar, para a sua participação em diversas áreas da vida.

Assim, mesmo aquelas com “autismo severo” podem ser beneficiadas com o aprendizado de atividades básicas, para conquistar maior autonomia.

5. Comunicação e parceria com pais e pessoas cuidadoras

Um terapeuta ocupacional não trabalha apenas com as crianças, mas também desempenha um papel fundamental na capacitação dos pais e pessoas cuidadores.

Esses profissionais fornecem orientações práticas sobre como apoiar o desenvolvimento da criança em casa e outros ambientes externos do terapêutico, e como incorporar as terapias ocupacionais na rotina diária.

Essa parceria é essencial para garantir que o progresso alcançado na clínica seja sustentado em casa, criando um ambiente de apoio contínuo. Aqui na Genial Care, fazemos isso por meio da orientação parental, um serviço de apoio, educação e orientação para os responsáveis, como forma de diminuir os comportamentos desafiadores.

Além dos encontros, também oferecemos treinamento para os cuidadores, que inclui o aprendizado de conceitos e estratégias e aplicações e práticas de regulação emocional.

O papel da COFFITO na terapia ocupacional

Existem diversas responsabilidades de um terapeuta ocupacional, mas aqui estamos focando naquelas que estão diretamente ligadas ao desenvolvimento infantil atípico.

Existe um código de ética estabelecido pela COFFITO — Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional — que garante entendimento dos principais deveres e responsabilidades de um terapeuta ocupacional. Entre eles podemos destacar:

  • Abordar aspectos do desenvolvimento e desempenho das pessoas, dando apoio ao engajamento de ações que melhoraram a qualidade de vida;
  • Selecionar e adaptar os métodos, estratégias e abordagens da terapia ocupacional de acordo com cada pessoa, direcionando o processo de intervenção;
  • Aplicar intervenções para maximizar as ações em atividades da vida diária e atividades instrumentais da vida diária;
  • Ensinar pais e pessoas cuidadoras como elas podem realizar estratégias além do ambiente terapêutico e promover a generalização das ações;
  • Coletar dados e informações de toda a jornada, acompanhando resultados e possíveis pontos de melhorias;
  • Oferecer acompanhamento regular e suporte para as famílias e crianças.

Conclusão

Em resumo, as responsabilidades de um terapeuta ocupacional vão além da terapia em si.

Esses profissionais são especialistas em avaliar as necessidades únicas de cada criança, desenvolver estratégias personalizadas e capacitar os pais a desempenhar um papel ativo no progresso de seus filhos.

Com sua expertise e compromisso, eles atuam ativamente na melhoria da qualidade de vida das crianças com autismo e na construção de um futuro mais brilhante.

Aqui em nosso blog, temos uma categoria completa com conteúdos sobre essa especialidade, vale a pena ver mais:

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