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Mulher cuidando de sua saúde mental em casa.

A importância da saúde mental na vida de pessoas neurodivergentes

O Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado em 10 de outubro, é uma data essencial para promover a conscientização sobre a saúde mental para todas as pessoas. Quando falamos de pessoas neurodivergentes, como autistas, pessoas com TDAH, dislexia e outros transtornos, isso é ainda mais importante.

Isso porque, muitos estudos e pesquisas apontam a alta prevalência de pessoas autistas e outras neurodivergências de sofrerem com ansiedade, depressão e pensamentos suicidas.

Por isso, é muito importante olharmos para diferentes aspectos do desenvolvimento de pessoas neurodivergentes, entendendo sobre desenvolvimento mental e como essa jornada impacta na qualidade de vida e independência ao longo da vida.

Este artigo explora a relevância dessa data para pessoas neurodivergentes, abordando estratégias de cuidado e inclusão, além de esclarecer questões frequentemente pesquisadas. Continue lendo para aprender!

Por que 10 de outubro é o Dia da Saúde Mental?

O dia 10 de outubro foi escolhido pela Federação Mundial de Saúde Mental (World Federation for Mental Health) em 1992, como uma data simbólica para reforçar o compromisso global em discutir temas importantes relacionados à saúde mental e alertar sobre os cuidados necessários que precisamos como indivíduos.

Esse dia serve como um lembrete de que o bem-estar mental é tão importante quanto a saúde física. Um exemplo bastante claro disso foi o que vivemos na pandemia de Covid-19, na qual a OMS considerou uma crise global de saúde mental, com aumento estimado de 25% dos casos de depressão e ansiedade.

Para as pessoas neurodivergentes, essa data também representa um momento de reivindicar suporte especializado e políticas públicas que considerem suas necessidades, reconhecendo que a saúde mental delas é frequentemente negligenciada.

O que é transtorno mental?

Transtornos mentais são disfunções das atividades do cérebro que podem gerar algum tipo de prejuízo significativo, sejam eles físicos e emocionais. Dessa forma, esses distúrbios podem influenciar o pensamento, comportamento, humor, raciocínio, saúde, memória e concentração.

Alguns tipos comuns de transtornos mentais são:

  • Ansiedade;
  • Depressão;
  • Esquizofrenia;
  • Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC).

Esses transtornos variam em gravidade e podem impactar a capacidade de uma pessoa em realizar atividades diárias, interagir socialmente e manter o equilíbrio emocional.

Para as pessoas neurodivergentes, o impacto dos transtornos mentais pode ser mais complexo, pois suas características neurológicas únicas podem aumentar a vulnerabilidade ao estresse e à ansiedade.

Um estudo publicado pela British Journal of Psychiatry, mapeou que pessoas diagnosticadas com TEA tem até 9 vezes mais chances de suicídar-se, se comparado com o restante da população.

Qual a diferença entre doença e transtorno mental?

A principal diferença entre distinção doença e transtorno mental está, sobretudo, no diagnóstico e tratamento. Quando falamos de doenças existe uma causa definida, padrões de sintomas e medidas terapêuticas padronizadas para o tratamento.

Já transtornos referem-se a uma trajetória diagnóstica bastante ampla e variada de pessoa para pessoa, multifatorial e com várias possibilidades de tratamento ou intervenções que buscam melhorar a qualidade de vida.

Como é o panorama da saúde mental no Brasil?

A cada 3 anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lança um Atlas de Saúde Mental Mundial que compila todos os dados fornecidos pelos países sobre as políticas públicas, legislações, recursos humanos disponibilizados e utilização de serviços sobre saúde mental.

Com a última atualização em 2020, unificando dados de 173 países, incluindo o Brasil, o relatório aponta quais são os maiores desafios e impactos da saúde mental. Nele é possível ver o crescimento de 25% de questões como depressão e ansiedade a partir da pandemia.

Um ponto importante é que existem diversos fatores que podem influenciar o desenvolvimento de transtornos mentais, como:

  • Ambiente em que vivemos;
  • Experiências sociais;
  • Situações socioeconômicas;
  • Saúde;
  • Eventos traumáticos.

Além disso, fatores como estresses de ocasiões cotidianas, de trabalho e família, são importantes de serem considerados, assim como a dependência de substâncias químicas.

A relação entre saúde mental e neurodiversidade

A neurodiversidade se refere à variedade de cérebros humanos e às diferenças nas maneiras como processamos informações e interagimos com o mundo. Ou seja, são inúmeras variações possíveis do sistema neurológico humano, variações que são completamente naturais.

Pessoas neurodivergentes muitas vezes enfrentam desafios adicionais em termos de saúde mental devido à pressão social para se conformar a padrões neurotípicos. A exclusão social e o bullying são fatores que contribuem para altos níveis de depressão e ansiedade em populações neurodivergentes.

Dessa forma, é importante encontrar maneiras de garantir o equilíbrio emocional, social e psicológico de uma pessoa. Ter uma boa saúde mental permite que as pessoas enfrentem o estresse da vida, trabalhem produtivamente e contribuam para suas comunidades.

Para pessoas neurodivergentes, a saúde mental vai além da ausência de transtornos, e abrange a criação de um ambiente que acolha suas diferenças.

Algumas ações podem ajudar e contribuir nesse sentido, como:

  • Intervenções terapêuticas: encontrar terapias que mais se adaptam às necessidades de pessoas neurodivergentes é uma forma de oferecer ferramentas para lidar com pensamentos negativos e desenvolver habilidades sociais.
  • Terapia ocupacional focada em integração sensorial: pessoas com autismo ou TDAH, por exemplo, podem se beneficiar de terapias que ajudem a regular a resposta sensorial ao ambiente, criando maneiras de ter menos crises e desregulação por conta dos estímulos.
  • Redes de apoio: grupos de apoio formados por pessoas neurodivergentes podem oferecer um espaço seguro para compartilhamento de experiências e desenvolvimento de estratégias de enfrentamento.
  • Ações de autocuidado: rotinas de autocuidado devem considerar os desafios específicos enfrentados por pessoas neurodivergentes, como hipersensibilidade sensorial. Técnicas e estratégias que respeitem os limites sensoriais de cada pessoa são fundamentais.

Conclusão

O Dia Mundial da Saúde Mental é uma data essencial para reforçar a importância de um cuidado mais inclusivo e abrangente, que considere as necessidades das pessoas neurodivergentes.

Garantir que cada individualidade seja respeitada e que suas dificuldades em relação à saúde mental sejam atendidas é um passo importante para promover uma sociedade mais acolhedora e justa.

É fundamental que todas as pessoas busquem ajuda especializada para cuidar da saúde mental.Terapeutas de confiança e que garantam um espaço acolhedor e de empatia vão ajudar a encontrar caminhos mais confortáveis para trilhar no dia a dia.

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