Suspeita de autismo

Parece autismo, mas não é: transtornos comumente confundidos com TEA

Pais e pessoas cuidadoras podem confundir outros transtornos de desenvolvimento com o TEA, especialmente quando se trata de comunicação, interação social e desenvolvimento.

Os sinais de autismo podem ser observados ainda na primeira infância, onde a criança apresenta foco excessivo em determinados objetos, não faz contato visual e não tem expressões faciais, não emite sons e não reage quando é chamado.

Apesar disso, muitos sinais de autismo só aparecem por volta dos 2 anos de idade. Além disso, existem outros sinais ligados a dificuldade de desenvolvimento de comunicação e apresentar padrões restritos e repetitivos.

Muitas vezes, confundir o autismo com outros transtornos de desenvolvimento pode acontecer quando as pessoas cuidadoras começam a comparar os marcos de desenvolvimento de uma criança com a outra.

Por isso, existem outros transtornos do desenvolvimento que possuem sinais semelhantes ao TEA, e precisam de intervenções para se desenvolverem de forma saudável, explorando todas as possibilidades possíveis de aprendizado.

Por exemplo, a hiperlexia, conhecida como síndrome de leitura precoce, acaba sendo confundida com o autismo por carregar consigo o estereótipo de ‘super gênio’, um dos mitos do autismo.

Outro transtorno é a hiperatividade, que pode estar ligada ao TEA ou não. Por conta da dificuldade de concentração, o movimento contínuo dos pés e mãos e a dificuldade de permanecer em apenas um lugar, ela é confundida com o autismo.

A Síndrome do X Frágil é semelhante ao autismo, pois apresenta dificuldades em aprendizagem e no desenvolvimento da autonomia, mas ela é uma causa genética identificável. Enquanto a SXF é detectada por exames de sangue específicos, o autismo está ligado à genética e ambiente, sem um exame diagnóstico definido.

Essa comparação de transtornos de desenvolvimento com o TEA ainda diz muito a respeito da necessidade de conscientização que precisa ser colocada em prática. Além disso, muitas pessoas típicas colocam pessoas atípicas em uma caixinha única, e o que não é verdade: cada pessoa com TEA é diferente da outra!

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